segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Mais um sobrevivente da ditadura dos índices médicos

Esqueci de mencionar o que ocorreu há uns oito anos com um amigo, então com 73.

Após o segundo stent coronariano feito em Huston - pago, porque o cara não tem plano de saúde: é só rico, riquíssimo - o médico de Otto resolveu que, apesar dos seus níveis de colesterol e de triglicerídeos estarem nos trinques, abaixo desses máximos que nos condenam à morte, ele deveria tomar as tais estatinas para baixá-los ou, sei lá, para mantê-los.

Lembro muito bem que conversamos muito a respeito, eu dizendo que não havia a menor necessidade dessa medicação e ele, embora concordasse, argumentava que ele tinha que fazer o que o médico mandava sob pena de perder a “garantia” do stent (esqueci de dizer que além de rico é pão-duro...).

Dizia eu: “dane-se a garantia, pombas, tudo que você toma de medicamento sem necessidade acaba fazendo mas mal que bem!”.

Ô boca! Seis meses depois do stent, Otto foi internado com uma pancreatite medicamentosa, devido às estatinas desnecessárias,  que quase o matou. E acabou passando um ano em uma dieta radical, principalmente sem linguiça e cerveja (e sem quase tudo), suas preferências, não fosse ele filho de alemães.

Hoje, com 81 e mais sadio que nunca, Otto, cagando e andando para as estatinas, retomou, faz tempo, seus hábitos alimentares, que incluem feijão cozido com paio e linguiça às duas da manhã, gelados e com muito alho cru e azeite. Gastronomicamente falando somos almas gêmeas...

Um comentário:

  1. Muito oportuno! - dos 3 postados copiei os arquivos para "Word" a fim de enviar aos amigos (velhos amigos e amigos velhos), também sou arredio à remédios.

    Dizem que, devido aos "progressos", o homem vive mais; mas passa maior parte do tempo indo aos "médicos"!

    Somos trigêmeos!!!

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