Entre as definições de genocídio no Houaiss, uma me chamou
atenção: submissão a condições
insuportáveis de vida.
Em novembro de 2010 a Odebrecht TransPort assumiu o controle
acionário da SuperVia, sistema de trens do Rio de Janeiro, onde ocorrem pelo
menos três acidentes graves por semana. O Secretário de Transportes do Rio,
Julio Lopes, simplesmente, em vez de fiscalizar e punir, dá gargalhadas enquanto
centenas de milhares de passageiros ficam sem transporte e são obrigados a
andar quilômetros debaixo de um sol de 60º. Isso é genocídio!
Otários contumazes e criminosos que lavam dinheiro
contribuem para que ladrões presos não gastem um tostão para pagar as multas a
que os mensaleiros foram condenados, enquanto os que roubam para comer por
falta de amparo do governo são presos. Isso é genocídio!
Trabalhadores (todos, inclusive empresários) são escorchados
em quase 40% de impostos sobre os seus rendimentos para, entre outras coisas,
sustentar os vagabundos da bolsa família, pouco sobrando para seu próprio
sustento. Isso é genocídio!
O povo morre nas filas dos hospitais públicos (e agora até
dos particulares) por total descaso dos canalhas que ocupam e gerem o
Ministério da Saúde e as Secretarias estaduais e municipais. Isso é genocídio!
Cinquenta mil pessoas são assassinadas por ano no Brasil pelo
pouco caso que os governos fazem da segurança, pela conivência dos políticos com
o crime organizado e desorganizado, pela covardia dos governantes e pela
inépcia da justiça. Isso é genocídio! Ou melhor, no caso, isso é carnificina (grande
massacre; chacina, extermínio, matança).
É claro que o principal motivo desse genocídio é a imoralidade,
que há onze anos domina o Brasil. E não me venham com as baboseiras que não foi
o PT que inventou a corrupção, o roubo, o desleixo, o descaso, a incompetência,
e por aí afora, porque foi esse partido-quadrilha que aperfeiçoou, instituiu e
botou em prática tudo isso, que, se já não era incipiente, pelo menos havia um
certo pejo em relação aos crimes serem feitos às claras.
Hoje os crimes, além de serem feitos às claras, são normalmente
repetidos ad nauseam e com direitos e deveres de achincalhar a verdadeira Justiça
- que depende de um entre mil magistrados -, já que a nossa é mentirosa e tíbia.
Isso é genocídio!
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