quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Enquanto Constantino trata do Verissimo, eu trato do Santayana

Enquanto Constantino trata do Verissimo, eu trato de Santayana, o intelequitual de segunda. Segunda série primária - ele não passou disso. Não que eu dê muita bola para isso, tanto que eu considero Millor Fernandes um dos maiores intelectuais que o Brasil já teve, apesar dele só ter cursado quatro anos de escola. A comparação é até injusta, porque é entre um sujeito inteligentíssimo e um outro, limitadíssimo, que não pensa, apenas copia os catecismos comunistas.

Desta vez, o negócio do Mauro Santayana é com a Copa, com desdobramentos. E começa:

“(Hoje em Dia) - Pudesse voltar atrás, e talvez o Presidente Lula não tivesse apresentado a candidatura do país à Copa do Mundo de 2014.”

Começo a rir a bandeiras despregadas. Lula recusar a possibilidade de jactar-se por ser o presidente que trouxe a Copa para cá? Só da cabeça do Mauro mesmo!

“Com sua ingenuidade, lassidão e, as (sic) vezes, ‘salto alto’ - pura arrogância e soberba, segundo seus inimigos - o PT não percebeu, em 2007, que, em política, toda vitória aparente pode ser usada contra o vitorioso, até prova em contrário.”

Tá bom, eu desculpo a falta de crase. Afinal, Mauro tem problemas sérios com a falta de instrução e com seu autodidatismo. Mas ingenuidade, lassidão e salto alto são motivos para atacar o governo e não elogiar...

“Considerando-se os recursos que envolvia, e sua importância estratégica para o governo e a Nação, a Copa deveria ter sido tratada - sem licitação ou terceirização - do planejamento à execução, como uma operação de Estado. Se o governo tivesse constituído uma estatal binacional com a China, aproveitando a experiência de Pequim na organização das Olimpíadas, os estádios, por exemplo, estariam prontos em poucos meses e seu custo não seria de um centavo a mais que o previsto.”

Já era de se esperar que Santayana traçasse o inevitável caminho que é aconselhado nas suas cartilhas ensebadas: o estatismo. Um cara que escreve em jornais não pode se fazer de tão inocente assim. Pega mal. A coisa é óbvia e os fatos recentes - de onze anos para cá - servem como parâmetro. Se o governo do PT nunca conseguiu entregar o que prometeu - casas, escolas, creches, trem-bala, estradas de ferro, saneamento, transposições de rios, etc. -, se em quase a totalidade das suas obras em andamento há provas incontestáveis de desvio de dinheiro e se ele não serve nem como fiscal de obras no caso da própria Copa, sugerir estatizar alguma coisa não serve nem como piada: é leviandade pura.

“Na comunicação, a Copa continua sendo tratada como festa e não como um projeto nacional com investimento, retorno, criação de empregos e renda definida, e os altos e baixos na relação com a FIFA beiram o improviso.”

“Na comunicação”?... Não entendi. Será que se “na comunicação” a Copa fosse tratada como coisa séria mudaria alguma coisa no país da piada pronta?

“Enquanto isso, cidadãos voltam às ruas, e com eles, episódios absurdos e constrangedores, como o protagonizado por soldados da PM contra um manifestante em São Paulo. Os soldados envolvidos poderiam alegar que estavam sendo ameaçados, se estivessem correndo do rapaz - como foi o caso do coronel agredido por manifestantes em junho - e não o contrário. Cercado por homens fardados, armados e perigosos, que o perseguiam, com a evidente intenção de agredi-lo, e - como se viu pelo vídeo - provavelmente, matá-lo, era o rapaz - mesmo que estivesse portando um estilete - que estava em situação de legítima defesa, e não os soldados.”

Antes de mais nada, aviso que dessa vez “condensei” três parágrafos em um só, já que Mauro é adepto do mesmo “estilo” de PHAmorim - uma frase por parágrafo -, muito usado por quem quer dar a impressão que escreveu muito sem ter escrito nada. Mas, voltando ao assunto, essa é a apoteose da inversão de valores! Santayana simplesmente queria que a polícia estivesse correndo do rapaz para que ele pudesse, aí sim, conjecturar se o tal “pacifista” de estilete e coquetel molotov realmente ameaçou os guardas a ponto de lhes provocar uma reação que justificasse os tiros. É um piadista. para ele a polícia não tem que impor a ordem a todo custo e sim esperar ser agredida para reagir, de preferência pedindo por favor e oferecendo flores aos agressores.

“E, também, porque a oposição não pode fingir apoiar os ‘anti-copa’, enquanto sua polícia persegue e acua, agride, ataca e atira em quem protesta contra o evento, como vimos em São Paulo.”

É claro que a única polícia que “persegue e acua, agride, ataca e atira” é a da oposição. Quando ela baixa o pau lá em Brasília, governada por um petralha mais sujo que pau de galinheiro, tá tudo limpo...

Aliás, para que polícia, não é mesmo? Se ela ataca, está errada e se reage, idem, é melhor mesmo deixar que os black blocs prossigam seu “trabalho” de microdestruição do país sem serem importunados, já que da macrodestruição, o PT já está cuidando muito bem!

Não é mesmo, seu Santayana?... 

8 comentários:

  1. A copa é um projeto nacional, deveriam ter cria uma empresa binacional com a China para construir os estádio e a polícia da oposição agride quem se manifesta contra a copa. Por favor, em que planeta eu estou?

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  2. Milton, por favor explique: empresa binacional com a China?

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    1. "Se o governo tivesse constituído uma estatal binacional com a China, aproveitando a experiência de Pequim na organização das Olimpíadas, os estádios, por exemplo, estariam prontos em poucos meses e seu custo não seria de um centavo a mais que o previsto." Foi o que disse o Santayana. Pergunte a ele...

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  4. Acabo de ver na Euronewsque houve violecia no Rio, o povo protestando contra os transportes publicos, destruiram maquinas de tickets.
    Protestar é um direito,destruir é burrice, se bem que no final da contas quem pagará as novas maquinas sera o povo atraves dos impostos recolhidos.
    Quanto mais destruicao menos meios sobram para aplicar em obras que com certeza a cidade necessita.

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    1. Theresa, eu tenha a impressão que os físicos teóricos vão descobrir que o Brasil está localizado entre duas dimensões contraditórias, por isso acontecem certas coisas. Protesto para melhorar o transporte público incendeia ônibus e protesto de policiais realiza operação padrão. O Brasil melhoraria muito se a polícia protestasse todos os dias e os outros não protestassem em momento nenhum.

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    2. Protestar nao significa propriamente algo ruim, desde que a violencia nao debute.
      Eu nao entendo o porque é sempre assim, saem para protestar e aparecem os violentos, na Grécia foi assim, levaram cacetadas dos policiais e parece que o cérebro entrou no lugar com as bordoadas, a violência parece ter desaparecido, desapareceram os protestos, até quando nao sei.
      Para que quebrar lojas, arrancar pedras das calcadas, sujar paredes, isso é destruir o patrimonio que é do povo.
      É o mesmo que destruir o proprio jardim.
      Claro,os violentos sao anárquicos, nao querem protestar contra coisa alguma que tenha senso, querem mesmo quebra-quebra.
      Acabarao nos bracos do povo como heróis.

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