Rio, 14 de Outubro de 1998
Foi com muito pouca convicção que
dei meu voto a Sérgio Cabral, mas dei. Aliás, foi por eliminação, pois dos
outros candidatos não se ouve falar, a não ser de suas ausências, da falta de
projetos, de nepotismo e outros deméritos. Sérgio, pelo menos tentou moralizar
a Assembléia Legislativa, conseguindo alguma coisa nesse sentido. Mas, qual foi
minha decepção ao abrir o jornal hoje, dez dias após as eleições, e tomar
conhecimento de seu apoio à candidatura de Garotinho. Essa aliança foge a
qualquer tipo de raciocínio lógico que se possa fazer, só podendo ser
explicada, mas não justificada, por vingança contra César Maia, motivada pela
troca de ofensas entre os dois nas últimas eleições para a disputa da
Prefeitura. O deputado se esquece que boa parte de seu eleitorado, pelo menos
os que têm algum critério político, votou PSDB, seu partido, e portanto contra
o PDT de Garotinho, que tanto mal fez ao Rio de Janeiro nas duas gestões de
Brizola. Sem falar no PT de Benedita que vem a reboque. Rancores por derrotas
fazem parte de um perfil de políticos que todos gostariam de tirar de
circulação. Sérgio é vitorioso, teve 300.000 votos, mas tal atitude o faz
ingressar no triste rol das minhas grandes decepções eleitorais com o agravante de ter sido o recordista em
tempo: Dez dias após as eleições é dose!
Ricardo
Froes
P.S.: Sergio era candidato a deputado estadual.
P.S.: Sergio era candidato a deputado estadual.
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