sábado, 26 de outubro de 2013

Juntando conceitos

Definitivamente eu não consigo me acostumar com certas coisas. Ou com muitas coisas. Sou um sujeito relativamente bem informado, leitor voraz, até de qualquer porcaria. Enfim, sou o que chamam por aí de “antenado”, mas implico com a maior parte das “atualidades” sociais e principalmente com a ideia de se considerar toda “modernidade” nesse sentido como evolução social.

O "casal" Fabio e Alexandre
Lendo hoje o caderno “Ela” do Globo - como eu disse, leio qualquer porcaria -, deparei com a seguinte manchete: “O brechó de Fabio Souza, marido de Alexandre Herchcovitch, na Oscar Freire” e, abaixo, a foto do dito cujo, um rapaz barbudo com cara de tudo, menos de “marido” de um homem. Idem para Alexandre, a “esposa”. E fui parar no Houaiss que dizia “marido: homem unido a uma mulher pelo casamento; esposo”.

Não satisfeito, busquei por “casamento”, que o mesmo Houaiss me informa que é a “união voluntária de um homem e uma mulher, nas condições sancionadas pelo direito, de modo que se estabeleça uma família legítima” e ainda aponta como sinônimo “matrimônio”, cujo elemento de composição prefixal vem da “raiz indo-europeia matr- (mãe), representada em todas as línguas indo-europeias”.

E, só para me certificar em definitivo, fui à Constituição, que diz:

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
(...)
§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§ 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
§ 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
(...)

Será que eu sou retrógrado por não aceitar que esse tipo de união contrarie definições, leis e a própria natureza? Será que eu sou “careta” por criticar a imprensa que bota pilha nesse tipo de coisa, com o agravante de cometer erros crassos ao atribuir às pessoas condições inexistentes como a de ser “marido” de um homem?

Vocês já sentiram vergonha por outras pessoas? Pois é assim que eu me sinto ao ver a exposição e exploração públicas desses novos tipos de “casais”. Ridículo! Nada contra o homossexualismo em si, nada contra duas pessoas do mesmo sexo que se amem viverem juntas, mas sim contra esse jardim zoológico midiático que transforma as pessoas em curiosidades bizarras e contra “casamentos”, “maridos”, “esposas” e famílias que não podem existir, nem de fato nem de direito.

3 comentários:

  1. A questão do "casal" homossexual já foi abortada exaustivamente, você e eu já comentamos algumas vezes no Observador Político, mas os idealistas do homossexualismo não conseguem conviver com a lógica nem com os significados das palavras, vivem baseados nos próprios desejos para satisfazerem os próprios desejos. Inevitavelmente, a expressão "casal homossexual" irá se transformar em uma palavra específica, como aconteceu com "vossa mercê" que se transformou em "você". A palavra poderá ser "cassexual" e seu significado será: dupla de homossexuais que não sabem o significado da palavra casal.

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    1. "Idealistas do homossexualismo", como você bem colocou, é o absurdo dos absurdos. Como idealizar um instinto animal - o sexo - como esses panacas querem? Como distinguir os homossexuais de nós pelo simples fato de serem apenas animais que "escolhem" trepar com indivíduos do mesmo sexo?

      Coloquei "escolhem", entre aspas, porque até hoje o homossexualismo não ficou definido como opção própria, resultado de educação, influência social, disfunção hormonal ou seja lá mais o que inventem.

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  2. Pois é, as coisas andam rapidamente, os homosexuais sempre existiram e agora até exigem que sejam chamados de "esposa ou esposo." Acho uma tremenda falta de imaginacao, deveriam procurar um adjetivo só para eles, sempre achei, pois casamento é somente entre um homem e uma mulher e ponto final.
    Em Portugal chamam de "Uniao de Facto" quando duas pessoas do mesmo sexo se unem legalmente. Penso que esta correcto nao usarem a palavra casamento, pois esta esta ocupada e pertence a nós, os heteros.
    Eu nao sei o que o futuro promete, mas tenho as minhas suspeitas, eu pessoalmente creio que no futuro nao tao distante tambem haverá uniao entre pais e filhas, maes e filhos, irmaos e irmas, nao acho nada , nada improvavel. A meia decada era totalmente impossivel alguem pensar que dois homens ou duas mulheres poderiam unir-se legalmente, hoje é um facto. Penso que com a decadencia da sociedade, a falta de valores e principalmente de moral ira realmente evoluir para que voltemos bem rapidamente para as cavernas.
    Somos animais, dizem que os humanos sao diferentes do resto por ter a capacidade de pensar, durante muito tempo quem realmente conseguia fazer uma certa diferenca eram os valores que realmente o cristianismo nos deixou como herancam claro, ha o problema genetico dizem, nao sei, nao tenho competencia alguma nesta area, mas a historia conta que os casamentos de pessoas chegadas principalmente entre as casas reais de antanho produziu muita "loucura".
    Nao sei, nos Andes embora a Igreja Católica sempre tenha lutado para que o incesto fosse erradicado ainda é uma cosntante que o pai quando chega em casa, bebado e infeliz da condicao social de vida que leva ,é comum que mulher mande a filha acalmar a ira do pai. Infelizmente ainda é assim, nao sei se acontece em todos os lares, mas que é facto corriqueiro dizem que sim.

    Talvez um novo diluvio esteja a caminho.
    Tenho que aprender a nadar e bem rapido ahahahahahhahahah.

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