Completamente fora de qualquer mercado de trabalho após 25
anos de síndrome do pânico e livre dela há dez anos, hoje eu luto para me
manter fazendo o que gosto: pintar e escrever. É lógico que às vezes tenho que
fazer algumas concessões irrecu$ávei$ de amigos; um projetinho aqui, uma reforminha
ali, mas vou tocando.
Tenho um amigo de 83 anos, fiscal do INSS aposentado e muito
bem de vida (honestamente), que vive me azucrinando para que eu faça algum
concurso e entre para uma carreira, ainda que breve, pública. Não seria difícil
passar e traria tranquilidade à minha esposa que vive preocupada com as contas
para pagar no final de cada mês. Acontece que essa ideia sempre me causou
arrepios e hoje causa mais ainda, porque com 61 anos e aposentadoria para breve,
a única coisa que eu poderia fazer como servidor público seria aumentar o
buraco das aposentadorias e pensões. Eu não me sentiria bem por isso, nem por
ter que conviver com eventuais apaniguados do sistema e nem tampouco pela
característica falta de meritocracia que norteia essas instituições.
Eu ando com sérias dúvidas sobre as minhas origens e acho
que não sou brasileiro, porque uma recente pesquisa do Instituto FSB em
Brasília apontou o que eu já sabia faz tempo em relação ao Brasil inteiro: 70%
dos trabalhadores acham que “a melhor alternativa para melhorar de vida” é “passar
em concurso público” e apenas 2% querem trabalhar em uma empresa privada. Abrir
o próprio negócio? Só 26% que, possivelmente, pensam em prestar serviços para o
governo. Ainda mais agora, que a roubalheira foi descriminalizada e institucionalizada
pelo PT.
Como bem lembrou Fernando Rodrigues hoje na Folha ao
perguntar sem dar a resposta sobre o que teria acontecido se Steve Jobs fosse
brasileiro? Existiria a Apple?
Eu respondo: Claro que não! Se não estivesse morto, aposentado
ou fosse funcionário fantasma, estaria trabalhando no Serpro para desenvolver
e-mails seguros para um poste que nem sequer sabe falar, que dirá escrever.
Juro que nem sei o porquê
de ter escrito esse post, já que eu queria mesmo é falar sobre privatização. Xiiii, tenho a impressão que os alemães (Alz und Heimer) andam me rondando...
Parabéns pela honestidade! Foi bom saber que existe gente honesta e de caráter entre os direitistas. Agora alguns conselhos, que se fossem bons pra valer ninguém forneceria de graça, exceto os esquerdistas honestos e também de caráter: Desista do serviço público. Entrou um partido no poder que (aos poucos) está moralizando maioria dos cargos públicos. Aquela história de "fulano está por aí, olha o paletó dele lá na cadeira" é coisa do passado, graças a Deus! Claro que ainda ocorrem alguns deslizes aqui e acolá, mas a raça está em extinção.
ResponderExcluirSe quiser produtividade nos projetinhos ou nas reforminhas, aqui em BH tem um cara (não camarada) que se sentou na prancheta nos tempos da régua T e normógrafo, nem tecnígrafo havia. Hoje, com o AutoCad, um formato A1 todo detalhado fica pronto em menos de dois dias inteiros de trabalho.
Quanto ao (Als und Heimer) continue com a mente em atividade, leia muito e não descuide da alimentação.
Juro que não dispenso meus croquis nunca! Lógico que não mais régua T ou paralela ou normógrafo, mas nada melhor que minha lapiseirinha Pilot 0.5 que conservo até hoje.
ExcluirObrigado pela visita.
Tudo que vem do fundo do coração como este depoimento vale mais do que qualquer post sobre política ou outro tema.
ResponderExcluirEste é você verdadeiro, e isto explica a qualidade de seus textos.
Vivemos numa sociedade tão doente moralmente que quando tentamos agir de acordo com nossas convicções, não aceitando subir ao custo de outro descer, não aceitando se agarrar numa teta do governo para garantir vida abastada, buscando não ser um peso para ninguém, recebemos tantas críticas, sugestões e conselhos para que deixemos de ser o que somos e nos adequar a esta imundice que está aí, que acabamos pirando!
Parece que sempre somos os errados na história, quando na realidade estivemos sempre certos, porém no tempo/espaço errado!
Este modelo esquerdista de sociedade não foi feito para homens de verdade.
Fique tranquilo que o alemão não passa nem perto de você, sabemos que a sinceridade e a honestidade, são motivos de chacota para os comunistas, e isto está tão impregnado na nossa sociedade que temos medo ou vergonha de sermos sérios, honestos e sinceros.
O Brasil precisa de você!
ps: sobre a pintura, tenho uma parede para pintar aqui em casa.... rsrsr
Bom, quanto a pintar sua parede, se quiser, além dela, seu chão e seus móveis pintados em arte abstrata, tudo bem. Eu já borro tudo pintando uma mancha (quadrinho pequeno com pequenas pinceladas), imagine uma parede...
ExcluirBom, quanto ao "resto", só posso confirmar que sou verdadeiro, o que normalmente sempre me trouxe mais aporrinhações que alegrias. Tudo o mais é por sua conta e muito me envaidece.
Muito obrigado.
Abração
Nao mate o Toma Mais Uma. Continue a escrever, eu venho aqui de tao longeeeeeeeeee.
ResponderExcluirO chateau do Vincenzo voce nao precisa pintar, é bem rustico e fica entre arbustos.
He He He - enquanto brigarem o Tico e o Teco, há esperança - ruim é quando entram em crcondância.
ResponderExcluirFica esperto!, um abraço