Quadrilha reunida: Lula, Dirceu, Maranhão, Gushiken
O deputado federal Ricardo Berzoini, do PT paulista, apresentou um importantíssimo projeto para mudar o nome de Viracopos para “Aeroporto Internacional de Viracopos - Luiz Gushiken”.
Então vamos ver quem são os dois, Berzoini e Gushiken.
Berzoini:
Em 15 de setembro de 2006, a Polícia Federal prendeu dois
petistas que tentavam negociar um falso dossiê para envolver os tucanos José
Serra, então candidato a presidente, e Geraldo Alckmin, que disputava o governo
de São Paulo, no caso dos sanguessugas. O escândalo, que o então presidente
Lula atribuiu a um ‘bando de aloprados’, atingiu em cheio o adversário de
Alckmin na corrida eleitoral de 2006, Aloizio Mercadante: Hamilton Lacerda, seu
secretário de Comunicações, foi filmado entrando com uma mala no hotel onde a
transação seria feita, ao preço de 1,7 milhão de reais.
Coordenador-geral da campanha à reeleição de Lula e
presidente do PT em 2006, Berzoini tinha conhecimento de toda a operação, mas
sua participação no caso nunca foi devidamente esclarecida.
Foi afastado do comitê após o escândalo e licenciou-se da
presidência do PT. Reassumiu o cargo três meses depois e foi reeleito
presidente do PT em 2007. Berzoini, Lula e os aloprados foram alvo de uma
segunda investigação, aberta no TSE, a pedido do PSDB, por crime eleitoral. O
caso foi arquivado por falta de provas.
Gushiken:
Luiz Gushiken foi um dos fundadores do PT e como
sindicalista sempre atuou na área bancária.
Gushiken notabilizou-se pela defesa da Previ, o fundo de
previdência dos funcionários do Banco do Brasil, que durante as privatizações
promovidas pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, foi acusado de ter sido
usado para encorpar consórcios de corporações estrangeiras em leilões do setor
siderúrgico, elétrico e de telefonia.
Quando foi atropelado pelo mensalão, Gushiken perdeu o posto
de ministro e virou assessor especial do presidente, exercendo uma função
menor. Mas não resistiria por muito tempo no governo, tendo pedido demissão em
novembro de 2006.
Voltou a morar em uma chácara no interior de São Paulo e
abriu uma empresa de “consultoria em gestão empresarial”. No ano seguinte foi
multado em 30.000 reais pelo Tribunal de Contas da União. O tribunal considerou
que Gushiken firmou contratos publicitários irregulares e não fiscalizou sua
execução.
Em novembro de 2010 teve uma participação no negócio que
resultou na associação entre o Banco Panamericano e a Caixa Econômica Federal.
Sem alarde, deu uma espécie de consultoria informal ao banco de Silvio Santos.
Gushiken virou réu do processo do mensalão em 2007, por
peculato, mas em 2011 a Procuradoria-Geral da República desistiu de pedir sua
condenação alegando não ter reunido provas contra ele. Foi absolvido pelo
Supremo Tribunal Federal no julgamento que analisou o caso.
Nos últimos anos esteve envolvido em denúncias frequentes
sobre o uso das verbas da Secom.
Morreu em 13 de setembro de 2013, aos 63 anos, vítima de um
câncer no estômago.
Para terminar, a título de curiosidade, Gushiken foi budista,
rosa-cruz, umbandista, cabalista e zen-budista, até aderir à fé baha’i, uma “religião”
que atribui grande importância ao conceito de unidade das religiões, através
das quais surgiram diversos Mensageiros Divinos como incluem Krishna, Abraão,
Buda, Jesus, Maomé e, mais recentemente, o próprio Bahá'u'lláh, fundador da
suruba teológica.
Como bem disse Carlos Brickmann, se é para homenagear algum petista
dando seu nome a Viracopos, no caso há outros mais merecedores. Não é, Lula?
Não demora e vamos
ter estádio de futebol chamado Arena Beira Mar e usina chamada Hidrelétrica
Marcola.
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