Da juventude deslumbrada à velhice gagá sem amadurecer

A estagiária e a diplomata

Apesar de ter anunciado uma forte ação internacional contra a espionagem dos EUA, o governo brasileiro enviou para a reunião da cúpula de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) que discutiria justamente esse tema ontem, em Genebra, uma diplomata de baixo escalão que acabou substituída, durante o dia, por uma estagiária.

O Brasil chegou a patrocinar a convocação do encontro, ao lado de Alemanha e países escandinavos. Mas nas duas horas de reunião a delegação brasileira não pediu a palavra uma só vez e a estagiária se limitou a tomar nota do que dizia cada um dos participantes. Enquanto isso, a embaixadora do Brasil na ONU, Maria Nazareth Farani Azevedo, promovia um almoço para sua despedida do cargo.

A presidente Dilma Rousseff promete usar seu discurso na Assembleia-Geral da ONU na semana que vem para levantar o assunto. Ontem, porém, ONGs e diplomatas de vários países se surpreenderam diante do silêncio do governo do Brasil.

O resto é blablablá.

No sábado eu passei os olhos em um artigo do Cacá Diegues no Globo onde ele se desmanchaem elogios a um conhecido seu que vai lançar um livro agora - não guardei o nome do sujeito e nem o jornal - onde narra torturas que teria sido vítima no tempo dos militares, um assunto altamente suspeito que já deu no saco - não há hoje nenhum “revolucionário” que não diga que sofreu tortura, nem puta.

Pois bem, entre uma narrativa e outra sobre choques, paus de arara, queimaduras, Cacá elogia a inteligência do sujeito, no entanto termina com a surpreendente revelação que o coitadinho foi contra o Plano Real e é fã incondicional do regime da Coreia do Norte!

Agora me expliquem como é que um sujeito que é tiete do Kim Jon-un pode ser considerado inteligente?

E o que é que uma coisa tem a ver com a outra?

É simples. Os nossos “formadores de opinião”, como Cacá Diegues, Chico Buarque, Veríssimo, Caetano e outros, são umas mulas vaidosas que, por medo de perderem prestígio por serem politicamente incorretos, continuam defensores ferrenhos das mesmas ideias que defendiam quando eram moleques e foram emprenhados pelos ouvidos pela possibilidade de uma nova ordem mundial, um comunismo onde a noção de liberdade só existia nas cabecinhas ocas de todo jovem deslumbrado e que não fazem o menor sentido quando defendidas por velhos, a não ser os gagás.

Hoje, apesar de eventualmente ainda conseguirem arrebanhar uma meia dúzia de idiotas de cabeça oca, eles não passam de caricaturas de intelectuais que, por essa obstinação pela coerência com o que lhes enfiaram na cabeça anos atrás, são capazes de se passarem por ridículos para defender e apoiar desclassificados como Lula, Dilma et caterva.

Essa “inteligentzia”, que foi unânime em apoiar Dilma quando ela esbravejou com Obama sobre a suposta espionagem denunciada pelo Fantástico, foi incapaz de dedicar uma só linha a esse episódio da estagiária, que demonstra, pela importância dada pelo governo ao assunto na ONU, que as bravatas do poste foram apenas parte de uma estratégia eleitoreira nojenta, que fere a legislação na maior, com a conivência dos nossos togados de merda.