Chega de luto. A decepção pela decisão do Supremo de aceitar
os embargos infringentes e, com eles, esticar o julgamento da quadrilha de
mensaleiros até Deus sabe onde - com o risco de crimes graves serem prescritos,
e quadrilheiros saírem livres, leves e soltos - foi um golpe duro na confiança
na Justiça.
Escrevi dias atrás que jogava a toalha, e, quanto ao
Supremo, joguei mesmo. Se vier cadeia para aqueles que tentaram um golpe de
Estado branco contra a democracia, me considerarei no lucro. Mas, infelizmente -
admito -, não deposito esperanças no tribunal.
Isso não me impedirá de continuar a escrever apontando as
mazelas do lulopetismo que nos governa há já quase treze anos. Muito menos de
apontar, sempre, a necessidade de não jogar a toalha quanto às ELEIÇÕES - não
apenas para a Presidência, mas para o Congresso, algo para que grande parte dos
brasileiros não dá a devida atenção na hora de votar.
Insistirei, sempre, na necessidade de tirar essa gente do
poder pelo instrumento democrático do voto.
E começo hoje, dia em que dou um basta ao luto e proponho,
em seu lugar, a LUTA política, por apontar PELO MENOS 20 RAZÕES PARA VOTAR
CONTRA O PT NO ANO QUE VEM - o que significa votar contra o projeto hegemônico
de Lula.
O projeto hegemônico
de Lula é também…
1. O projeto de tomar conta do Congresso, comprando-o com
dinheiro sujo, e subordiná-lo ao Executivo,
2. O projeto daquele que o Ministério Público denunciou como
sendo “chefe da quadrilha do mensalão” - e que como tal foi aceito pelo Supremo
Tribunal -, o ex-ministro José Dirceu, o velho projeto totalitário de “bater
neles nas urnas e nas ruas”,
3. O projeto de quem cooptou a maior parte dos partidos
políticos representados no Congresso num processo obsceno de fornecimento de
cargos, verbas parlamentares, vantagens e facilidades várias, tudo o que antes
o lulopetismo criticava como sendo a “velha política” brasileira - que agora
ele próprio pratica de forma descarada, em aliança espúria com gente como Renan
Calheiros, Jader Barbalho, José Sarney, Paulo Maluf, Fernando Collor e
semelhantes, com o objetivo de manter-se no poder até onde a vista alcança.
4. O projeto de um “núcleo duro” estalinista que nunca
escondeu seu desprezo pela “democracia burguesa” - e que continua não
escondendo.
5. O projeto de Rui Falcão, aquele que, embora nascido e
cevado nela, denuncia “a elite” e ofendeu o Supremo Tribunal Federal ao
incluí-lo entre a oposição “conservadora, suja e reacionária”.
6. O projeto de Franklin Martins - que voltou a frequentar o
Planalto - e sua turma, que a cada momento ressurge dentro do PT querendo um
certo “controle social” da imprensa, sinônimo de calar a boca da imprensa
independente.
7. O projeto dos que somente aplaudiram o Supremo Tribunal
Federal APÓS a admissibilidade dos embargos infringentes - ANTES, denunciavam
as condenações impostas pela corte aos quadrilheiros ladravazes como sendo um
“golpe” da oposição e da imprensa e uma condenação arbitrária e “sem provas” -
, não aceitando as regras mais elementares da democracia e do Estado de
Direito,
8. O projeto de quem enfraqueceu o Supremo com designações
de integrantes sem currículo para estar na Corte, e depois procurou aparelhá-lo,
no transcurso do julgamento do mensalão, com certos ministros escolhidos a dedo
para absolver Dirceu et caterva.
9. O projeto daqueles que, propositalmente, martelam nos
ouvidos da opinião pública que quem se opõe aos desígnios e propósitos do
lulopetismo “é contra o Brasil”, dividindo os brasileiros entre “nós” e “eles” -
exatamente como fazia a ditadura militar com o odioso “ame-o ou deixe-o”.
10. O projeto de quem esvaziou, desmoralizou e politizou as
agências reguladoras - criadas durante o período FHC para serem entes do
Estado, e não de governos, com composição, padrão e ação técnicos -,
distribuindo-as como moeda de troca entre partidos, recheando-as de militantes
ideológicos e de gente despreparada.
11. O projeto de quem, com propósitos políticos e de atender
a uma “elite” clientelista, inchou com milhares de militantes partidários os
quadros da administração pública.
12. O projeto de quem distribuiu cargos gordos e de alto
salário em conselhos de estatais e de fundos de pensão de funcionários de
estatais a sindicalistas “companheiros” - não pela competência, em quase todos
os casos perto de nula, mas pela afinidade ideológica,
13. O projeto de quem prestou durante o lulalato, e em menor
grau continua prestando no governo Dilma, seguidas homenagens a regimes párias
como o de Cuba e o do Irã, estendeu o tapete vermelho para demagogos
autoritários como o falecido Hugo Chávez e passou a mão na cabeça de governantes
que pisoteiam interesses brasileiros, como Evo Morales, da Bolívia.
14. O projeto de quem tratou os narcoterroristas das
chamadas “Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia”, as Farc, como grupo
político legítimo no cenário colombiano, e não como os bandidos, sequestradores
e assassinos que são, mostrando por eles mais consideração do que com os
governos democráticos, mas “de direita”, de Bogotá.
15. O projeto de quem envergonhou o Brasil se abstendo de
condenar, na ONU, regimes que massacram os direitos humanos, concedendo
prioridade em desferir caneladas em aliados ocidentais, a começar pelos Estados
Unidos,
16. O projeto de quem, seguindo a cartilha de uma república
de bananas, abriu com generosidade os braços ao terrorista e assassino italiano
Cesare Battisti, concedendo-lhe o status de refugiado político e insultando uma
democracia exemplar como a Itália, tradicional amigo do Brasil e terra onde 35
milhões de brasileiros têm raízes.
17. O projeto daqueles que, na oposição, durante 22 anos
sistematicamente se opuseram, por razões ideológicas, a medidas que
beneficiavam o Brasil, de tal forma que nada que a atual oposição faça possa
nem de longe lembrar o comportamento deletério e derrotista manifestado por
Lula e o lulopetismo ao longo dos governos de quatro presidentes civis.
18. O projeto de quem, por razões ideológicas, está atado a
um Mercosul inútil, cada vez mais bolivariano, que não consegue negociar
acordos de livre comércio com ninguém importante e no qual, dando um
passa-moleque no tradicional aliado que é o Paraguai, o Brasil contribuiu para
abrigar a ditadura venezuelana, violando a “cláusula democrática” que só admite
regimes livres no grupo.
Enquanto ficamos para trás no comércio internacional, países
latino-americanos pequenos como a Costa Rica e o Panamá assinam acordos de livre
comércio com todas as grandes potências econômicas, e o Peru, o Chile e a
Colômbia unem-se ao México - que já tem acordo semelhante com os Estados Unidos
e o Canadá - na Aliança do Pacífico.
19. O projeto de quem brinca com a inflação e procura ocultá-la
debaixo do tapete, de olho nas eleições do ano que vem, garroteando e dando
prejuízos à Petrobras, interferindo nas empresas de energia elétrica e criando
uma insegurança jurídica que afasta investidores estrangeiros dos leilões de
concessão.
20. O projeto de quem está jogando pela janela as chances de
o Brasil dar um salto espetacular de progresso, com um governo medíocre, que
promove um crescimento econômico ridículo, desequilibra as contas públicas,
gasta cada vez mais com a própria manutenção e empurra com a barriga, por falta
de liderança política, reformas essenciais, como a tributária.
Por hoje está bom, não? Estão aí vinte boas razões para
votar CONTRA o lulopetismo no ano que vem.
Se fossem só essas vinte… Continuaremos com o assunto.
Sim, mas ...
ResponderExcluirOs que leram as 20 razoes sao pessoas que talvez nunca votaram PT e jamais votarao. Os petistas alfabetizados mesmo lendo as 20 razoes jamais deixaram de votar PT, para eles é tudo mentira e invencao da oposicao e dos nao petistas, para os militantes e votantes PT quem nao vota PT vota contra o Brasil. Certamente que nao devem desistir em mostrar a verdade, no entanto vai ser impossivel convencer o povinho de que o PT faz mais mal que bem ao país.