Há mais de dez anos eu venho me batendo inutilmente sobre a
necessidade da nossa oposição consultar um calendário, constatar que estamos no
Século XXI e aprender a usar as “novas mídias sociais” de maneira objetiva, mas
tudo que vejo é uma verdadeira surra diária aplicada pelos petralhas que,
apesar das suas graves limitações intelectuais, são extremamente organizados
nesse aspecto. Não importa se eles contam mentiras, se extrapolam nas ofensas
ou mesmo se cometem crimes graves como associar a imagem de Joaquim Barbosa à
de um macaco, porque, na verdade, em se tratando de manter o poder, os fins
justificam os meios - estou raciocinando à la PT.
Já que não há punição para os incontáveis crimes petralhas
na rede, caberia única e exclusivamente à oposição a tarefa de neutralizar essa
ofensiva criminosa. Caberia, porque o que se vê hoje é uma lamentável pasmaceira,
um desinteresse inexplicável pela internet que, sem dúvida, é hoje o
instrumento mais importante de comunicação.
Merval Pereira escreve hoje o artigo abaixo que fala sobre
isso:
Dilma digital
Que o PT está atento às novas mídias sociais, é sabido desde
que, nas últimas eleições, ficou claro que o partido tinha uma verdadeira
organização digital dedicada a espalhar pela rede críticas e acusações aos
adversários políticos. Há também um bem montado esquema de blogs pagos por
verba oficial para elogiar o governo petista e tentar desqualificar os
críticos, sejam eles políticos, jornalistas independentes ou cidadãos que não
se veem representados pelo governo que está aí.
Basta ver a malhação digital orquestrada recentemente contra
as atrizes globais que se vestiram de preto para protestar contra o resultado
do julgamento do Supremo tribunal Federal que, aprovando os embargos
infringentes, adiou para as calendas gregas o cumprimento das penas a que os
mensaleiros já estão condenados.
O surgimento de José Dirceu por trás do fenômeno Mídia
Ninja, depois das manifestações de junho, e os financiamentos oficiais às
atividades do grupo mostram como o partido está atento às experiências nesse
setor.
A atividade de Ricardo Augusto Poppi Martins, o assim
chamado coordenador de Novas Mídias e Outras Linguagens de Participação, ligado
ao gabinete do ministro Gilberto Carvalho, foi revelada depois de sua
participação em uma reunião na embaixada de Cuba para organizar uma campanha de
difamação da blogueira Yoani Sánchez em sua recente visita ao país.
Ele viajou em seguida para Cuba, onde participou de um
seminário sobre o uso da internet em ações políticas. Pode-se imaginar o que
aprendeu por lá, num país que controla a internet para impedir a população de
entrar em contato com o mundo.
Há nesse campo, portanto, ações oficiais e outras, ilegais
ou clandestinas, que só demonstram como o PT está à frente dos outros partidos
no uso dessas novas ferramentas virtuais. Ontem, a presidente Dilma deu novos
passos para aprofundar a atuação do governo nesse campo.
Depois das manifestações de junho, o governo está obcecado
com esse negócio de mídias sociais , disse-me um ministro. A presidente Dilma,
no terreno pessoal, abriu uma página no Facebook, anunciou que vai usar
aplicativos como o Instagram e retornou ao Twitter, que havia abandonado após a
vitória na eleição de 2010.
Aproveitou um diálogo com a personagem Dilma Bolada para
responder à revista inglesa The Economist , que faz sérias críticas ao governo
brasileiro na sua mais recente edição. No mesmo dia, lançou o @portalbrasil, o
novo site do governo federal.
O mais revelador é que, no discurso de lançamento, a
presidente associou-o a outras medidas já tomadas, como Lei de Acesso à
Informação ou o Portal da Transparência, para dizer que o seu governo reduziu o
grau de assimetria que existe entre o cidadão e o governo, no que se refere a
informações .
Ela se disse disposta a construir uma prática sistemática de
ouvir as ruas, de ouvir o que querem as universidades, de ouvir o que querem as
pessoas, a população da cidade e do campo do Brasil, dos diferentes segmentos
sociais, e ouvir as redes sociais, ter com as redes sociais também uma interação
.
Continuando com a política de usar internamente a disputa
com os Estados Unidos sobre a espionagem cibernética - esse assunto e o Mais
Médicos foram os temas mais lembrados pelos cidadãos ouvidos pela mais recente
pesquisa Ibope, que mostrou uma subida da popularidade da presidente -, a
presidente Dilma voltou a repisar a necessidade de proteger a rede social para
impedir que ela se transforme em um campo de batalha cibernético entre países .
É evidente que o governo, qualquer governo, tem mais e melhores
condições que os partidos que estão fora dele para fazer o diabo numa eleição,
como a própria Dilma admitiu recentemente. A ideia de um governo mais aberto ao
cidadão-contribuinte e a participação pessoal da presidente nas redes sociais
são uma boa maneira não apenas de aproximar-se do eleitor, mas também de
desmentir a imagem de uma gerentona inflexível e raivosa. Mesmo que não passe
de puro marketing.
Sera que a atual presidente do país poderia ter o nível básico de alfabetizacao? E o lula da siilva com certeza se encontra no nível rudimentar, a dilma pode muito bem estar pendente entre o rudimentar e o básico.
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