É simplesmente inacreditável que O Globo tenha tido o
desplante de fazer um mea culpa fajuto afirmando com todas as letras que o “Apoio editorial ao golpe de 64 foi um erro”.
Confesso que, não fosse a inexistência de opções, teria cancelado
minha assinatura do jornal ontem mesmo.
Se não há como negar a História, tentar contextualizá-la nos
moldes atuais é um erro boçal, para não dizer que desconfio ser também uma
covardia muito maior do que ser simplesmente “politicamente correto”, já que
não são poucas as evidências que o complexo Globo anda envolvido até o talo em
maracutaias fiscais e que só sobrevive em função de uma aproximação criminosa com
o governo petralha, hoje, seu maior anunciante.
Eu já vi essa história antes - e muitas vezes -, em que os
herdeiros incompetentes dilapidam o patrimônio deixados por seus pais. Só que
dessa vez não foi só o dinheiro que foi para o brejo: os irmãos Marinho jogaram
a memória de seu pai na mesma lama da inépcia administrativa do trio, como se o
que representou Roberto Marinho pertencesse a uma História descartável e tão
podre quanto a realidade política brasileira de hoje.
Nunca morri de amores por Roberto Marinho, mas
independentemente do meu julgamento dele como homem de ideias, não posso negar
sua importância capital em quase tudo que ocorreu no país de 1960 para cá, seja
na política, nas artes, no esporte, no jornalismo ou em qualquer outro segmento
da vida nacional.
Infelizmente para O
Globo, todo esse patrimônio sócio-político-cultural que Roberto deixou foi
transformado, por um único editorial vagabundo, em matéria fecal sem préstimo
nem para adubo, por seus próprios filhos - ou pela sua nescidade -, e vai se misturar
em uma fossa comum aos dejetos produzidos pela atual classe dominante: a
canalha petista e seus satélites.
A redação do Globo sempre foi tomada pelos comunistas - do diretor ao boy. O censor, proibido de entrar ficava lá na portaria, e de lá cortava ou não. O controle era on-off: a matéria sai inteira ou não sai. Não havia controle fino como nas ditaduras comunistas, onde os textos dos jornais era "polido" (hehe).
ResponderExcluirComunistas, assim no Globo e em todos os outros jornais importantes brasileiros, naquela época e agora. Sempre foi assim. São eles - uz cumpanhêru - que decidem quem entra, quem fica e quem sai. Mas, é tudo feito de modo politicamente correto.
A pressão que o Globo vem sofrendo - tira um financiamento aqui, faz uma maldade ali - deve ter sido enorme.
Não gostei nem um pouco.
O problema é ainda mais grave se levarmos em conta que o trio de filhos não teve o mínimo respeito pelo legado do pai. Enfim, é o destino, já que Roberto estava preparando seu filho mais velho, Paulo Roberto, que morreu em um acidente, para sucedê-lo.
ExcluirPaulo foi meu colega de classe e era uma excelente pessoa. Já dos filhos que sobraram sempre tive as piores referências. Não podia dar em outra coisa.
Bolsonaro, 2a.geração:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=Dfd0Q8W_1MI#t=124
É um clone do pai!
ExcluirCaro Ricardo, a novidade é velha. O Globo, O Estadão e a Folha deixaram de merecer algum respeito há muito tempo. O jornalismo de forma geral está praticamente extinto no Brasil, sobram os trabalhos de alguns blogs e de alguns colunistas nos grandes jornais, mas predomina a mediocridade. Veja o caso do Estadão, que faz campanha para o Serra e nem fica envergonhado com os 120% de rejeição.
ResponderExcluirSei disso, mas o que mais me revolta no caso do Globo é ver três imprestáveis fazerem isso com a memória do pai por mais dinheiro, como se eles fossem ficar pobres se não se vendessem, o que também não justificaria nada se eles não fossem crápulas da pior qualidade.
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