Leio nos quatro cantos da internet que Celso de Mello tem o
dever de impedir, com seu “voto de Minerva”, isso ou aquilo. Claro que esses
apelos vêm de quem quer ver os tais embargos derrotados, já que os petralhas
estão mais perdidos que cego em tiroteio: se ele desaprova, seus ladrões de
estimação vão para a cadeia direto; se ele aprova, os “finalmentes” do julgamento
vão para 2014, ano de eleição, o que vai prejudicar o PT e muito.
Mas eu não sou de opinião que Celso tenha o dever de incorporar Minerva e sim de votar de acordo com as suas convicções, sejam elas
baseadas na opinião pública ou na sua razão. Afinal das contas, esse negócio de
voto de Minerva é completamente furado, já que ele só desempata a parada por
ser o último voto, o que não implica em nenhuma mudança de convicção.
Qualquer que for o voto de Celso, ele vale tanto quanto os
dos outros dez ministros. Isto não é uma defesa prévia e sim uma constatação
óbvia. Naturalmente, por juízo próprio, torço pela negação dos embargos e não
vou poupar críticas a Celso se o resultado for outro que não seu voto contra,
mas sem essa de salvador ou traidor da pátria.
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