Vocês certamente já ouviram as palavras “oxente”, “gringo” e
“forró”. Diz a cultura popular que elas vêm da mesma época e local: do
Nordeste, da época em que os americanos tinham bases no Brasil, na Primeira e
Segunda Guerras Mundiais.
“Oxente”, vem de algo que os americanos repetiam muito: “Oh
Shit!” (“Oh Merda!”), e o nordestino ao ouvir a expressão dita pelos soldados
começou a usá-la a seu modo, até chegar ao que hoje se fala: “Oxente”, também pronunciada
“Oxe” (ô), mais parecido com “Oh Shit”.
A palavra “Gringo” tem uma origem parecida. Os soldados
americanos, que coçavam o saco o tempo inteiro, de vez em quando tinham que
fazer treinamentos. Nesses treinamentos, que eram sempre assistidos pelas
populações locais, quando queriam se comunicar uns com os outros para que se
movessem, exclamavam: “Green Go!” (Verde Vai), usando como referência seus
uniformes verdes camuflados, que eram conhecidos como “greens”. Daí, de tanto
ouvir a expressão, os locais quando queriam se referir aos soldados
norte-americanos, diziam que eles eram os “Gringos”.
“Forró” vem pelo
mesmo caminho. Os soldados norte-americanos, como eu disse no parágrafo
anterior, coçavam o saco o tempo inteiro, afinal, a guerra nunca chegou ao
Brasil. Por isso sempre que podiam, e podiam quase sempre, faziam festas. Só
que a maioria dessas festas era apenas para as mulheres e os soldados: os
homens das cidades não podiam entrar. De vez em quando, como os americanos não
fossem assim tão maus, e para fazer uma média com os homens enciumados, eles faziam
festas abertas para todos, que chamavam de “For All” (“Para Todos”), que, com o
tempo foi se transformando em “Forró”.
O problema é que os lexicógrafos não concordam com essas
origens, atribuindo a origem de “oxente” à aglutinação de ó gentes (ó xentes,
por sonorização), a “gringo” como sendo de origem espanhola, uma deformação de
griego “grego” (> grigo > gringo), com o sentido de língua
incompreensível em comparação ao latim, e a “forró” como forma reduzida de “forrobodó”,
uma variante atual do galego forbodó, termo privativo da região, mas comum a
todo o Portugal, associando-o a farbodão, do francês faux-bourdon,
figuradamente ‘sensaboria, desentoação’.
Como se vê, além de pouco convincente, a etimologia dos
inventores do idioma é complicada e muito pouco lógica e, sem dúvida, eu
prefiro a versão popular da coisa, muito mais interessante e clara.
O soldado chegou aqui no nordeste e viu o povo falando "Ó xente" e criou a palavra "oh Shit!" ...Coitado não sabia falar o português, mas queria por que qeuria imitar! Rsrs
ResponderExcluirQuais as suas referências???
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