segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Ex-senadora Ana Rita (PT) e o seu PLS que culpa a vítima e solta o ladrão

Ana Rita
A palavra “esgar”, segundo o Houaiss, significa “careta de escárnio”. O sufixo “io” indica, entre outras coisas, ideia de coletivo - como, por exemplo, o de mulher, que é mulherio. Tomo a liberdade de criar um neologismo por justaposição baseado nas duas, formando “esgario”, cujo significado fica sendo a “coleção de caretas de escárnio, deboche e chacota, com que os membros do Partido dos Trabalhadores contemplam seus eleitores após praticarem toda a sorte de atos ilícitos e/ou brindarem os mesmos com suas costumeiras sandices e incompetências”.

A criação é uma homenagem, ainda que tardia, à ex-senadora Ana Rita (o mandato terminou dia 31), do PT do Espírito Santo, cujo sobrenome é Esgario.

Saibam por quê:

Senadora apresenta projeto que torna pessoas que praticam furto em vítimas da mídia publicitária
Revolta Brasil, enviado pelo comentarista Carlos:

A senadora Ana Rita Esgario (PT-ES) apresentou o PLS - PROJETO DE LEI DO SENADO, Nº 44 de 2011. O projeto pede para que sejam despenalizadas condutas tidas como furto de coisas de pequeno valor pequeno valor. Segundo o projeto, quem comete esse tipo de crime é na verdade vítima da grande mídia publicitária e esta conduta não deve ser avaliada no ponto de vista penal, más sim, social.

Segundo o projeto apresentado pela senadora, é justificável furtar objetos de pequeno valor devido a “insignificância” dado o pífio valor de determinado bem. O projeto ainda defende, que a pessoa que comete crimes de pequeno potencial ofensivo, como é o caso de furto de objetos de pequeno valor, são na verdade vítimas do meio social e da mídia publicitária. Um dos argumentos apresentados no projeto é que em muitos casos as propagandas são tão ardilosas que é muito difícil resistir, e mesmo sem dinheiro uma pessoa acaba subtraindo a coisa levado pelo desejo incontrolável que a propaganda promoveu.

Veja um trecho do projeto:

“Não é uma questão de punição do ponto de vista penal. É social. Essas pessoas não são perigosas, não pegam em armas, não agridem ninguém. Essas pessoas têm dificuldade de lidar com a incapacidade financeira. Hoje, você tem uma questão de propaganda de xampus, comida, iogurtes e roupas que é insuportável. É muito difícil você resistir. Isso não justifica pegar nada que seja dos outros. Mas uma vez que não deu pra resistir a essa vontade, isso é um problema que deveria ser levado a um serviço social. (…) Muitas dessas mulheres têm um perfil único. São sempre pessoas com grande dificuldade financeira, de baixa escolaridade e com uma dificuldade muito grande de se colocar no mercado de trabalho.” Para acessar o projeto na íntegra acesse a página do Senado Federal.

Outro argumento apresentado pelo projeto é que a despenalização do furto de coisas de pequeno valor irá colaborar para desafogar o sistema carcerário brasileiro, que a muito está sobrecarregado.

Atualmente o projeto está sendo avaliado pela CCJ – Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.

Se for ao plenário para votação e for aprovado, o infrator do crime do furto não será mais preso, sendo apenas lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência e cumprirá medidas alternativas. Na prática esse projeto se assemelha ao projeto que foi aprovado e já é lei desde 2006 (Lei 11343/06) que despenalizou o crime de posse de drogas ilícitas, e transformou o infrator de bandido em doente. Agora este projeto infeliz transforma o infrator do furto de bandido em vítima da sociedade e das mídias publicitárias.

Ou seja, esse absurdo culpa não só a mídia publicitária, mas também quem é vítima dos furtos, o tal “meio social”, ou seja, nós todos que temos dez merréis para comprar um tênis mais maneiro ou uma bike com marchas.

Ana Rita: vai arranjar uma trouxa de roupa para lavar no tanque, que seu mal é falta do que fazer. Mente vazia é oficina do tinhoso.

P.S.: Esse Projeto de Lei pode ser de 2011, mas vai ficar eternamente lembrado como uma das coisas mais imbecis que a mente humana (?) pode produzir.

2 comentários:

  1. (argento) ... he he he, primeiro não cumprem o que prometem, depois criam a "cultura da vitimização", com dirreito a "lei específica" que transfere a sua vítima para vítima da sociedade - depois, de instalados e seguros, passam à etapa seguinte: a segregação e o externínio

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    1. (argento) ... sem contar que mantendo as "vitimas" impunes cria a condição ideal para exercer mais Controle Social ...

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