sábado, 17 de janeiro de 2015

O absurdo da semana

“Fora o fato que pode ocasionar um incidente internacional. Já tive na indonésia e o que mais se vê por lá é o uso de drogas ilícitas. Hipocrisia. A quantidade q o cara foi pego era para uso próprio. Mas como tudo é associado a tráfico de drogas... Hipocrisia associada à ‘dinheirama’”

Esse comentário, que eu me reservo o direito de omitir o nome do autor, eu peguei no facebook de um amigo que conhece o “Curumim”, o Marco Archer, que vai ser fuzilado hoje na Indonésia, pedindo clemência (foto).

Fala sério: se treze quilos de cocaína eram para uso próprio ele poderia ter escolhido um meio mais barato de se matar...

5 comentários:

  1. Existem três questões para serem analisadas: a pena de morte, o tráfico de drogas e a cidadania brasileira.

    Sou contra a pena de morte, mas ela existe em vários países, quem viaja para outro país tem que procurar conhecer as leis do país e não tentar muda-las depois de terem sido condenadas.

    Tráfico de drogas não tem que ser baseado em quantidade, o Brasil faz isso por que quer, mas nos EUA não existe isso. Um executivo brasileiro foi preso nos EUA por que encontraram alguns comprimidos cuja venda era proibida lá, mas permitida no Brasil, o cara tinha receita médica e teve que responder processo, não lembro como terminou. Tráfico é entrar no país com qualquer coisa não declarada, inclusive dinheiro. Não conheço nenhum país que proíba o uso de dinheiro. Então se o cara estava com drogas (poderia até ser remédio em vez de cocaína), o tráfico foi de drogas.

    Ser cidadão brasileiro significa ter nascido no Brasil, ou ter recebido a cidadania do governo brasileiro. Se ser brasileiro fosse critério de inocência não haveria necessidade de código penal, mas sim de um código para estrangeiros.

    Apenas por curiosidade: porque não se manifestam sobre as remunerações dos trabalhadores braçais que vão para EUA, Europa e Japão e ganham muito mais do que se estivessem no Brasil?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. (argento) ... se inveja matasse! ... "morri" de inveja por não ter escrito isso, Bingo!

      Excluir
  2. Não conheço a fundo o caso em tela, mas por dedução dos fatos encontrado na mídia quero fazer uns comentários sobre o que aconteceu com o Marcos e que tem acontecido com outros mulas.
    1. A quantidade de droga transportada por ele era realmente pequena para uma grande operação.
    2. Li nas notícias que o raios-X pegou a droga dentro dos tubos da asa delta. Isto não procede porque Raios X pegam reflexos metálicos e não sei se os tubos eram de alumínio ou Fibra de carbono, mas raios X não pegam cocaína. Se fossem cães farejadores seria outra coisa.
    3. Penso que ele foi usado por uma quadrilha que poder até ser local, que transportava uma quantidade muito maior de droga na mesma viagem e que entregou a mula para que na comoção causada pela apreensão, a outra droga passasse despercebida.
    4. Isto é uma tática usada permanentemente por traficantes que usam alguém como boi de piranha.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Raio X não pega reflexo de coisa alguma, ele atravessa os materiais e deixa sinais na chapa física ou em leitores eletrônicos (scanners), quanto mais denso o material menor a intensidade do sinal. Se havia cocaína dentro dos tubos a densidade foi alterada e os sinais resultantes não correspondiam com tubo de alumínio, resultando na verificação dos referidos tubos.

      Essa tática do boi de piranha não faz sentido, apreender cocaína com uma pessoa não evita que as outras sejam revistadas.

      Excluir
  3. Marco levou U$ 10 mil de peruanos pela "mulagem" e isso é tráfico. Um outro brasileiro que ficou preso por oito anos lá, foi pego com apenas três gramas de haxixe para seu consumo. A cana é dura e tem aviso em tudo que é canto, até no aeroporto: traficou, morreu.

    ResponderExcluir