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Fidel Castro se pronunciou pela primeira vez sobre o acordo
de reaproximação entre Cuba e Estados Unidos, anunciado em 17 de dezembro. O
ditador cubano, que se afastou do poder por problemas de saúde em 2006, disse
que não confia nos Estados Unidos e que não participou das negociações.
“Não confio na política dos Estados Unidos nem troquei uma
palavra com eles. Isso não significa – longe disso – uma rejeição a uma solução
pacífica dos conflitos”, escreveu Fidel em uma carta à Federação Estudantil
Universitária. A mensagem foi lida na noite desta segunda-feira na televisão
cubana.
A carta rompe um longo silêncio do ditador, que demorou mais
de um mês para se manifestar sobre a histórica reaproximação diplomática
anunciada pelo irmão Raúl Castro e pelo presidente americano Barack Obama. A
ausência de Fidel durante o processo voltou a alimentar rumores sobre seu
estado de saúde -- ele não aparece em público desde janeiro de 2014.
Apesar de “não confiar” nos americanos, Fidel evitou
criticar diretamente o acordo assinado entre Havana e Washington e defendeu em
sua carta a cooperação com “adversários políticos”. “Defenderemos sempre a
cooperação e a amizade com todos os povos do mundo e, entre eles, os nossos
adversários políticos. É o que estamos reivindicando para todos”, completou o
ex-ditador.
Reaproximação – Em um acordo costurado durante dezoito meses
de negociações secretas no Canadá e no Vaticano, Obama e Raúl Castro
concordaram em dezembro em deixar para trás décadas de hostilidades. As medidas
do acordo afrouxam décadas de restrições comerciais e financeiras sobre Cuba,
abrindo o país para as telecomunicações, construção e serviços financeiros dos
EUA. Outros decretos também permitirão viagens de americanos à ilha sem terem
de pedir permissão antes, desde que viajem por motivos de educação, religião ou
outras razões aprovadas. O fim de todas as sanções, porém, ainda depende da
aprovação do Congresso.
Esta carta me convenceu que este pulha está morto. Se estivesse vivo se pronunciaria "ao vivo" ou haveria imagens dele entregando a tal carta. Um pedaço de papel não prova que esteja vivo, o contrário.
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