sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Era tudo mentira… Emprego com carteira assinada recua 64%

Mané Dias, sinistro do Trabalho.
Da Tribuna da Internet em notícia do iG São Paulo

O Brasil gerou 396.933 novos empregos com carteira assinada em 2014, um recuo de 64,4% em relação às 1.117.717 vagas geradas em 2013. Este é o pior resultado desde 1998, quando o governo de Fernando Henrique Cardoso gerou 387.207 mil vagas.

A última estimativa divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), antes das eleições, era de que o ano terminaria com cerca de um milhão de novos postos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). As quase 400 mil vagas geradas elevaram o estoque em quase 1%, de 2013 para 2014.

Apesar dos números negativos, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, comemora, segundo informe publicado no site do Ministério. “O Brasil vive o pleno emprego, com regiões onde a taxa de desemprego está abaixo dos 3%, caso do Rio de Janeiro e de Santa Catarina. Em 2015, como os prognósticos da economia são mais positivos que em 2014, acreditamos que vamos continuar gerando empregos”, destaca.

O ministro esquece que, apenas em dezembro, foram fechadas 555 mil vagas, pior resultado no fechamento de vagas desde 2008. No mês os setores com pior desempenho foram a indústria, com 171 mil postos a menos, a construção civil, com 132 mil postos a menos e o serviços, com 148 mil postos a menos.

O maior volume de demissões ocorreu em São Paulo, seguido de Minas Gerais e do Paraná. O resultado ainda tem forte impacto de questões sazonais, como por exemplo, a conclusão de obras na construção civil.

O balanço mostra que o salário de admissão teve aumento real na casa de 0,92%, se levado em consideração os valores médios e o INPC (ìndice oficial do IBGE que corrige os salários). As mulheres tiveram o melhor reajuste, na casa de 1,39% contra 0,84% dos homens.

De 2009 até 2014, foram gerados 5.277.071 novos empregos.

Um comentário:

  1. Um país onde a geração de empregos é atribuída aos governos vive uma ditadura. Nesse ponto o Brasil nunca teve democracia. Criar uma empresa é complicado (menos para empresas laranjas, que nunca são fiscalizadas), os encargos são elevados, a justiça trabalhista trata os patrões como bandidos e fechar a empresa (dar baixa) é mais complicado do que abrir.

    Nenhum governo brasileiro gerou emprego, todos agiram no sentido de impedir que empregos fossem gerados. Quando existe geração de emprego é porque estão distribuindo dinheiro público para grandes empresas ou porque o mercado se propõe a correr riscos.

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