sábado, 31 de janeiro de 2015

O pau do Coronel no picolé de chuchu

Do Coturno Noturno

Aqui não, violão!

De vez em quando, ainda aparecem alguns por aqui que, para responder as críticas feitas por este Blog à inconveniência do governador Geraldo Alckmin (PSDB), vêm dizer que Aécio Neves (PSDB) deve sua grande votação em São Paulo ao tucano de Pindamonhangaba. Nada mais falso. Alckmin fez o maior corpo mole no primeiro turno, montando programas muito sem graça para as visitas de Aécio ao estado. Os urnas comprovaram isso. No primeiro turno, na capital São Paulo, Alckmin fez 51,93% dos votos, enquanto Aécio fez apenas 43,69%. No segundo turno, com Alckmin já eleito, Aécio saltou para 63,81% na capital paulista, muito mais pelo apoio de Marina Silva do que do seu parceiro de PSDB. Alckmin foi eleito no primeiro turno com 57,31% no estado, contra 44,22% de Aécio. Não transferiu todos os votos. No segundo turno, o mineiro saltou para 64,31%. Então vamos parar de defender Alckmin com este argumento mentiroso. Sim, Aécio perdeu em Minas por culpa exclusivamente dele, que não percebeu a tempo a escolha errada do candidato e a campanha difamatória montada contra ele no seu estado natal. Mas não venham defender as jogadinhas de Alckmin para contrapor Aécio Neves em função dos resultados eleitorais de São Paulo. Aqui não, violão!

Outro pau:


Alckmin, o tucano inconveniente.

A política está pegando fogo em Brasília, com a Oposição minoritária tentando de todas as formas ter protagonismo nas eleições da Câmara e do Senado. Aécio Neves, presidente do PSDB, reuniu o partido e botou a tropa em ordem no apoio ao deputado Júlio Delgado (PSB) e ao senador Luiz Henrique (PMDB) para a presidência das duas casas. Está tendo que enfrentar dissidências vindas principalmente de São Paulo. Além disso, Aécio dirigiu fortes críticas a Dilma Rousseff, tendo em vista a desastrosa condução da economia do país, à corrupção desenfreada e ao estelionato eleitoral cometido por ela nas últimas eleições. Neste contexto, não havia pior dia para o governador paulista Geraldo Alckmin fazer visita para Dilma Rousseff, com o objetivo de pedir penico para solucionar a a crise hídrica que assola o seu estado. Lá está ele, com aquele sorriso jeca, bajulando Dilma e Mercadante. Logo hoje! É, sem dúvida alguma, um tucano inconveniente.

7 comentários:

  1. Qual o pecado que o Alkmin cometeu agora? Criticar um governador por se encontrar com a presidente é típico de PeTralhas, que tudo o que fazem ou deixam de fazer é pura e simplesmente militância. Dizer que o Alkmin fez corpo mole na eleição presidencial é tentar mostrar chifre em cabeça de cavalo.

    A Marina aparece na campanha do Alkmin antes do Aécio (nem sei se ele apareceu), mas a iniciativa de aparecer na campanha estadual deve partir da campanha presidencial, ou será que os rancorosos com o Alkmin esperavam que as campanhas estaduais pautassem a campanha presidencial?
    Governador tem o compromisso de governar, não é um cargo político é administrativo, comentam o encontro de governador com presidente como se fosse encontro entre Alkmin e Dilma. Gosto muito do Blog do Coronel, mas a implicância com Alkmin é patética, seria mais construtivo se publicassem aquilo que o implicante publicou:

    http://www.implicante.org/blog/crise-da-agua-e-da-energia-dilma-e-alckmin-sao-mesmo-igualmente-culpados/

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  2. Pelo seu critério então a presidência também não é um cargo político e sim administrativo?

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    1. Exatamente, os presidentes representam as políticas de estado e não de partidos. O mesmo acontece com governadores e prefeitos. Mas no Brasil, muitas pessoas acreditam que presidente, governador e prefeito devem ser igual ao Lula, passar o tempo todo no palanque eleitoral. Criticam o Lula/Dilma/PT por colocar o partido acima do estado, ao mesmo tempo criticam o Alkmin por não fazer o mesmo.

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    2. Então tá. Vai ver se algum presidente ou governador ou prefeito consegue governar sem fazer política. O último que tentou, Collor, deu no que deu.

      Não que eu ache isso certo, mas infelizmente aqui é necessário.

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    3. Ricardo, há uma grande diferença entre fazer política para governar e governar para fazer política. Nos EUA o presidente está constantemente negociando com o congresso e não é raro acontecer de receber mais apoio do partido de oposição do que do próprio partido.

      A política que os desafetos do Alckmiin exigem é uma prática igual à do PT, que é fazer campanha contra pessoas e partidos. Então vou desafiar os "revoltados", deem o exemplo e parem de abastecer seus carros com combustível da Petrobras para não colaborar com as propinas. Capisce?

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    4. A comparação com a Petrobras não tem muito a ver com a coisa. Em segundo lugar, os "desafetos" de Alkmin nunca exigiram que ele fizesse campanha contra ninguém, mas sim que tivesse coerência política, fazendo pelo PSDB o que seria normal fazer, coisa que aliás o Serra também não faz. A presunção do Alkmin é muito maior do que o caráter dele, o que o impede de considerar que há figuras bem mais importantes que ele dentro do partido, como o próprio Serra, Aécio, Fernando Henrique e Álvaro Dias.

      No entanto, por paradoxal que pareça, ele não tem o menor constrangimento em ser baba-ovo da Dilma, como ficou evidente nos últimos quatro anos. Um caráter realmente escabroso.

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    5. Baba-ovo da Dilma é o Joaquim Levy, que os "didireita" estão lambendo o saco. Quais são as atitudes do Alckmin que o fazem ser baba-ovo da Dilma, você poderia citar?

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