Ricardo Noblat
Sabe qual é o emprego mais perigoso de Brasília?
Qualquer um que obrigue seu ocupante a conviver diretamente
com a presidente Dilma Rousseff. E com uma frequência temerária.
Veja o caso de Francisco Chagas, uma espécie de
administrador do Palácio da Alvora, residência oficial do presidente da
República. É o encarregado de serviços por lá.
Chagas suporta o mau humor de Dilma desde que ela se elegeu
pela primeira vez. Já passou por tudo. Do caso de uma ema que bicou o cachorro
de Dilma até a gripe contraída recentemente pela mãe da presidente. Dilma
culpou Chagas pela gripe. Gritou com ele. Reclamou do sistema de ar refrigerado
do palácio.
Chagas enfartou há quase 30 dias. Está de licença médica.
Veja o caso de Renato Mosca, chefe do cerimonial do Palácio
do Planalto. Está de licença médica há 3 meses. Teve um acidente vascular
cerebral. Ganhou cinco pontes de safena. Segundo os amigos, uma ponte por cada
ano trabalhado ao lado de Dilma, que antes de ser presidente foi chefe da Casa
Civil.
Mosca sempre foi um dos sacos preferidos de pancada de
Dilma. Pagou por isso.
O interino de Mosca é o diplomata Fernando Igreja. Que outro
dia foi repreendido duramente por Dilma diante de um monte de gente no Palácio
do Planalto. Igreja cometeu a tolice de tentar barrar a passagem de Dilma para
que antes dela passassem atletas paraolímpicos reunidos em um dos salões do
Planalto.
Há pouco mais de um ano e meio, Dilma não gostou da
arrumação de seus vestidos. E, numa explosão de cólera, jogou cabides em Jane,
uma das camareiras do Alvorada. Que, sem se intimidar, jogou cabides nela. O
episódio conhecido dentro do governo como ‘a guerra dos cabides’ custou o
emprego a Jane. Menos mal que não lhe tenha custado também a saúde.
Somem tudo sobre Dilma e me digam se essa mulher já não
deveria estar internada em um manicômio faz tempo.
(argento) ... sei não, pelo menos estão guarnecidos por segurança Armada, enquanto nós, trabalhadores comuns, estamos à mercê das Balas Perdidas, consequência direta do Estatuto do Desarmamento.
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