Vocês sabem o que é um “jabuti” lá no Congresso? Não, eu não
estou me referindo ao quelônio da família dos testudinídeos. “Jabuti”, para
Suas Excelências, é um artigo inserido em um projeto de lei que não têm nada em
comum com seu tema.
A quadrilha episcopal reunida em Brasília tramando o golpe |
O “jabuti” dos evangélicos já tem uns meses e foi tão bem
escondido que pouca gente se deu conta. Na Medida Provisória 668, aprovada no
Congresso em junho e sancionada por Dilma, que versava originalmente sobre o
aumento de impostos sobre produtos importados, foram inseridos nada menos que
20 “jabutis”, sendo que um deles - pasmem - ampliou a isenção tributária de
igrejas às “comissões” pagas a pastores por arrebanhar fieis ou recolher mais
dízimos. O golpe - sim, foi golpe - foi costurado na surdina por Cunha,
Malafaia, Soares, Rodovalho, o pastor Samuel Ferreira, da Igreja Assembleia de
Deus no Brás – Ministério Madureira e outros com a anuência de ninguém menos
que Michel Temer, em um encontro de todos em Brasília, sendo que os dois
principais beneficiários do “jabuti” foram o pastor Silas Malafaia e o
missionário R. R. Soares.
O golpe sujo simplesmente jogou terra em cima da
investigação que a Receita Federal vinha realizando há dois anos em 178
instituições religiosas por supostas sonegações de impostos dos valores
repassados a pastores.
No Brasil, as igrejas têm isenção tributária de sua
arrecadação, porém os pastores devem declarar Imposto de Renda de seus ganhos,
e contribuir com o INSS. Como alguns pastores chegavam a receber até R$ 100 mil
a título de ajuda de custo, esses valores ficariam de fora das declarações do
IR e da percentagem equivalente ao INSS. No entanto, a Receita desconfiou que
isso fosse uma manobra para mascarar ganhos reais, e durante as investigações,
Silas Malafaia, presidente da Associação Vitória em Cristo, foi autuado em R$
1,5 milhão, e o missionário R. R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de
Deus, em R$ 220 milhões, além do bispo Robson Rodovalho, da Igreja Sara Nossa
Terra, e o reverendo Mário de Oliveira (ex-deputado federal), presidente da
Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), que também estiveram sob a mira da
Receita Federal.
Cunha, que era da Igreja Sara Nossa Terra e hoje pertence à
Assembleia de Deus, afirmou que o artigo não cria uma regra nova. “Apenas
esclarece a regra antiga, porque do jeito que estava, dava desculpa para lavrar
auto de infração contra as igrejas.”
(argento) ... sacumé, né?, Arnaldo, "quem tem Impõe, quem não tem ...", é a regra ...
ResponderExcluirA César o que é de César, a Deus o que é de Deus. Não seria razoável que as igrejas contribuíssem com dez por cento (dízimo) daquilo que arrecada para a previdência social. Ou só é razoável pegar dez por cento da aposentadoria dos outros para contribuir com a igreja?
ResponderExcluir(argento) ... talvez, o mais forte opositor à C"p"MF sejam as igrejas ditas evangélicas ...
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