quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Zé Dirceu diz que “empiricamente, pela prática” o Brasil vai descer para baixo e mete o pau no governo

Quem diria... Zé Desceu, apesar do pleonasmo horroroso, cospe no prato em que comeu.

Caminhamos para uma recessão. Com o governo consciente disso, esperamos

Que 2ª feira! Calor, aumento de impostos num pacotaço anunciado pelo ministro da Fazenda, de juros e queda de energia em importantes cidades do país causada pela onda de calor inédita no pais…Ontem nem parecia uma 2ª feira, estava mais para uma 6ª feira 13. Só noticias ruins.

O aumento de impostos e dos juros são apenas consequências, desdobramentos da busca de um superavit de 1,2% do PIB este ano. A elevação dos juros visa derrubar a demanda e vem casada com o aumento do IOF – Imposto sobre Operações Financeiras para os empréstimos às pessoas físicas. Aí, também refreando o consumo.

Caminhamos assim – conscientemente, espero, por parte do governo – para uma recessão com todas as suas implicações sociais  e políticas. Fica evidente, empiricamente, pela prática, que o aumento dos juros não refreou a inflação cujas causas estão fora do alcance da politica monetária do Banco Central (BC), mas nos preços administrados, serviços e alimentos.

Assim, quando a inflação cair – se cair… – será pela queda violenta da demanda e não pela alta dos juros. O que espanta é o silêncio de nossas autoridades sobre os efeitos da atual taxa Selic de 11,75% – o sonho de consumo do mercado financeiro -e sobre o serviço da divida interna de R$ 250 bi ao ano, ou o correspondente a 6% do PIB nacional. É a maior concentração de renda do mundo no período de um ano e para uma minoria detentora dos títulos públicos de nossa divida interna.

Como a arrecadação cairá com a recessão é preciso de novo que nossas autoridades expliquem como farão o superávit e manterão os investimentos públicos e os gastos sociais.  Têm de explicar: como o pais voltará a crescer?

Fora o fato que as autoridades da área econômica diariamente criticam abertamente os bancos públicos e seu papel de vanguarda no financiamento subsidiado (porque necessário) de nossa indústria, agricultura, infraestrutura social e econômica. A pergunta que não cala é: quem os substituirá, quem continuará a desempenhar esse papel dos bancos oficiais?

Sobre o efeito maléfico e daninho dos juros altos na valorização do real e nas contas externas também nada, nem uma palavra… Nossa indústria que se vire. A semana começa, assim, com muita apreensão pelos caminhos do país. Mas podem ter certeza, com muita festa no mercado financeiro e nas redações de nossa mídia.

Mesmo que haja algum choro e ranger de dentes pelo aumento dos impostos, no fundo dirão, melhor assim que uma reforma tributária que taxe os ricos, o patrimônio e a renda, as fortunas e heranças e os fantásticos lucros financeiros. Isso, talvez, explique o silêncio dos responsáveis pela política econômica e pelo governo sobre a volta da CPMF ou de algum outro imposto ou tributo equivalente e que cumpra seu papel.

7 comentários:

  1. (argento) ... he he he he he, a quem, dos que reelegeram o governo, foi dito que haveria um "saco de maldades" desta monta? - quero saber se, além da queda dos meus "rendimentos", padrão de qualquer "economista", cairão também as Mordomias da elite que governa, os salários, as "verbas-paletó" e as aposentadorias cumulativas custeadas com "os dinheiros-de-ninguén" ...

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    1. (argento) ... outra coisa que gostaria de saber é: quanto tempo durará a "correção de rumo", dois ou quatro anos?

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    2. A questão não é quanto tempo vai durar a "correção de rumo", mas quanto tempo vão levar para "encontrar o rumo" para poder corrigir.

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    3. (argento) ... he he he, aí já é exigir muito além das "capacidades" - seria como introduzir (ops!) um novo paradigma

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  2. O Brasil é um país em que os mais miseráveis além de procriarem e viverem como ratos, elegem como governantes grandes e famintas ratazanas bolivarianas.

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    1. Esses todos que estão no governo e no PT são pré-bolivarianos, Oswaldo. Já programavam o caos há 50 anos. São múmias bolivarianas, lato sensu.

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  3. (argento) ... por falar em "correção de rumo":

    http://www.genteemercado.com.br/compras-em-supermercados-acima-de-r-400-exigirao-cpf/

    ... se a moda pega ... aumento de Controle ... "quem tem SUS, tem medo"

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