Lapidação ou apedrejamento é uma forma de execução de
condenados à morte. Meio de execução muito antigo, consistente em que os
assistentes lancem pedras contra o réu, até matá-lo. Como uma pessoa pode
suportar golpes fortes sem perder a consciência, a lapidação pode produzir uma
morte muito lenta.
NO JUDAÍSMO
A lei mosaica, expressa nos primeiro cinco livros tanto da
Bíblia Cristã como da Bíblia Hebraica, prevê a morte por apedrejamento em
dezoito situações
Bestialidade cometida por homem.
Bestialidade cometida por mulher.
Blasfêmia
Relações sexuais com uma virgem comprometida.
Relações sexuais com enteada.
Relações sexuais com mãe.
Relações sexuais com madrasta.
Ao amaldiçoar os pais.
Instigar indivíduos à idolatria.
Idolatria.
Instigar comunidades à idolatria.
Necromancia.
Sacrificar o próprio filho ao deus Moloch.
Homossexualidade.
Pitonismo.
Rebeldia dos filhos contra os pais.
Desrespeitar o shabat.
Bruxaria.
NO CRISTIANISMO
Na Mitologia Cristã, segundo a Lei Mosaica, a lei escrita
diretamente pelo dedo de Deus nas tábuas dadas ao Profeta Moisés no Monte Sinai,
há várias razões que podem condenar uma pessoa à morte por apedrejamento:
Sacrifícios e culto a
divindades pagãs:
“7 Se seu irmão, filho de seu pai ou de sua mãe, ou seu
filho, sua filha, ou a esposa que repousa em seus braços, ou o amigo íntimo
quiser seduzir você secretamente, convidando: ‘Vamos servir outros deuses’
(deuses que nem você nem seus antepassados conheceram, 8 deuses de povos
vizinhos, próximos ou distantes de você, de uma extremidade da terra à outra),
9 não faça caso, nem dê ouvidos. Não tenha piedade dele, não use de compaixão,
nem esconda o erro dele. 10 Pelo contrário: você deverá matá-lo. E para
matá-lo, sua mão será a primeira. Em seguida, a mão de todo o povo. 11
Apedreje-o até que morra, pois tentou afastar você de Javé seu Deus, que o
tirou do Egito, da casa da escravidão. 12 E todo o Israel ouvirá, ficará com
medo, e nunca mais se fará em seu meio uma ação má como essa.”
“todo israelita ou estrangeiro que habita em Israel e que
sacrificar um de seus filhos a Moloc, será punido de morte. O povo da terra o
apedrejará.”
Crimes sexuais, como
adultério, estupro, não virgindade no casamento ou incesto:
“13 Se um homem se casa com uma mulher e começa a detestá-la
depois de ter tido relações com ela, 14 acusando-a de atos vergonhosos e
difamando-a publicamente, dizendo: ‘Casei-me com esta mulher mas, quando me
aproximei dela, descobri que não era virgem’, 15 o pai e a mãe da jovem pegarão
a prova da virgindade dela e levarão a prova aos anciãos da cidade para que
julguem o caso. 16 Então o pai da jovem dirá aos anciãos: ‘Dei minha filha como
esposa a este homem, mas ele a detesta, 17 e a está acusando de atos
vergonhosos, dizendo que minha filha não era virgem. Mas aqui está a prova da
virgindade da minha filha!’ E estenderá o lençol diante dos anciãos da cidade.
18 Os anciãos da cidade pegarão o homem, mandarão castigá-lo 19 e o multarão em
cem moedas de prata, que serão entregues ao pai da jovem, por ter sido difamada
publicamente uma virgem de Israel. Além disso, ela continuará sendo mulher
dele, e o marido não poderá mandá-la embora durante toda a sua vida. 20 Se a
denúncia for verdadeira, isto é, se não acharem a prova da virgindade da moça,
21 levarão a jovem até à porta da casa de seu pai e os homens da cidade a
apedrejarão até que morra, pois ela cometeu uma infâmia em Israel, desonrando a
casa do seu pai. Desse modo, você eliminará o mal do seu meio. 22 Se um homem
for pego em flagrante tendo relações sexuais com uma mulher casada, ambos serão
mortos, tanto o homem como a mulher. Desse modo, você eliminará o mal de
Israel.23 Se houver uma jovem prometida a um homem, e um outro tiver relações
com ela na cidade, 24 vocês levarão os dois à porta da cidade e os apedrejarão
até que morram: a jovem por não ter gritado por socorro na cidade, e o homem
por ter violentado a mulher do seu próximo. Desse modo, você eliminará o mal do
seu meio. 25 Contudo, se o homem encontrou a jovem no campo, a violentou e teve
relações com ela, morrerá somente o homem que teve relações com ela;”
O capítulo 20 do Livro de Levítico prevê hipóteses de pena
de morte por crimes de incesto ou desrespeito à família.
Invocação de mortos
“Qualquer homem ou mulher que evocar os espíritos ou fizer
adivinhações, será morto. Serão apedrejados, e levarão sua culpa”.
Blasfêmia
“10 O filho de uma mulher israelita, tendo por pai um
egípcio, veio entre os israelitas. E, discutindo no acampamento com um deles,
11 o filho da mulher israelita blasfemou contra o santo nome e o amaldiçoou.
Sua mãe chamava-se Salumite, filha de Dabri, da tribo de Dã. 12 Puseram-no em
prisão até que Moisés tomasse uma decisão, segundo a ordem do Senhor.” 13 Então
o Senhor disse a Moisés: 14 “Faze sair do acampamento o blasfemo, e todos
aqueles que o ouviram ponham a mão sobre a sua cabeça, e toda a assembléia o
apedreje. 15Dirás aos israelitas: todo aquele que amaldiçoar o seu Deus levará
o seu pecado. 16 Quem blasfemar o nome do Senhor será punido de morte: toda a
assembléia o apedrejará. Quer seja ele estrangeiro ou natural, se blasfemar
contra o santo nome, será punido de morte.”
Rebeldia dos filhos
“18 Se alguém tiver um filho rebelde e incorrigível, que não
obedece ao pai e à mãe e não os ouve, nem quando o corrigem, 19 o pai e a mãe o
pegarão e o levarão aos anciãos da cidade para ser julgado. 20 E dirão aos
anciãos da cidade: ‘Este nosso filho é rebelde e incorrigível: não nos obedece,
é devasso e beberrão’. 21 E todos os homens da cidade o apedrejarão até que
morra. Desse modo, você eliminará o mal do seu meio, e todo o Israel ouvirá e
ficará com medo.”
No Novo Testamento é revista o uso da pena capital, deixando
ela de ser aplicada pelas doutrina cristã. Existe uma passagem do Novo
Testamento onde Jesus teria rejeitado o apedrejamento de uma mulher tomada em
adultério. A passagem conhecida como Perícopa da Adúltera é, no entanto,
considerada uma interpolação posterior ao evangelho de João .
Em outra passagem da
Bíblia, acusado de blasfêmia, Jesus é ameaçado de apedrejamento:
31 “As autoridades
dos judeus pegaram pedras outra vez para apedrejar Jesus. 32 Então Jesus disse:
“Por ordem do meu Pai, tenho feito muitas coisas boas na presença de vocês. Por
qual delas vocês me querem apedrejar?” 33 As autoridades dos judeus
responderam: “Não queremos te apedrejar por causa de boas obras, e sim por causa
de uma blasfêmia: tu és apenas um homem, e te fazes passar por Deus.”
ResponderExcluirUm homem estava sendo apedrejado, então que apareceu um padre e disse:
– Quem nunca errou, que atire a primeira pedra!!!
Então veio o português, e acertou uma pedra bem no meio da testa do homem que estava sendo apedrejado.
O padre, já meio chateado, virou e disse-lhe:
– Mais filho! Você nunca errou?
O português responde:
– Dessa distancia não!
(argento) ... o problema é que, embora "UNICO(s)", admitiam a existência de outros "deuses" ...
ResponderExcluir(argento) ... a Grande Evolução, da-se aqui: "Não pensem que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada - a "Espada", um Corte à "tradição brutal" Mosaica ...
ResponderExcluirSó de passagem (a R$3,40):
ResponderExcluirÉ mais fácil apontar defeitos na bondade imperfeita do que na maldade perfeita.
Bondade imperfeita? Aonde raios você descobriu bondade - ainda que imperfeita - neste post? Diga-se de passagem, eu botei esse texto para servir de comparação entre os islâmicos e os judeus e cristãos, que, com o tempo e raríssimas exceções, souberam digerir o monte de asneiras e anacronismos da Lei Mosaica - principalmente na aplicação das penas.
Excluir