Quer dizer que além da roubalheira dos 1.800% em
superfaturamento, esse canalha ainda teve o desplante dizer que tomou uma “decisão
ideológica” junto com os outros três ministros calhordas que votaram pela escolha
da China?
Mas eu pergunto: desde quando o cérebro do Lula - ou sabe-se
lá o que ocupa o seu espaço intracraniano - tem capacidade para abrigar ideologias?
No máximo aquilo é movido pelos instintos mais primitivos de um animal - fome,
sede, sono, sexo, necessidades excretoras - e se caracteriza pela total falta de
moral, não fazendo distinção entre certo e errado, entre o que é seu e o que é
dos outros.
Globo
Apesar de a Petrobras defender oficialmente que se manteve
dissociada da empresa criada para construir a rede de gasodutos Gasene, foi o
próprio governo do ex-presidente Lula que escolheu os chineses como parceiros
nas obras dos quase mil quilômetros de dutos entre Cacimbas (ES) e Catu (BA). A
decisão a favor dos chineses foi tomada dentro da Granja do Torto (residência
presidencial), e, segundo afirmou o próprio Lula, teve viés “ideológico”.
Ao discursar na inauguração do trecho baiano do gasoduto, em
26 de março de 2010, Lula revelou que a escolha se deu por meio de uma votação
entre ministros, e com a ciência da então ministra de Minas e Energia, Dilma
Rousseff. Já havia uma negociação em andamento com parceiros japoneses, mas o
governo agiu diretamente na definição do projeto.
Lula disse no discurso: “Sabe o companheiro José Sergio
Gabrielli (ex-presidente da Petrobras), sabe a ministra Dilma (...) que a
decisão de fazer este gasoduto com a China foi uma decisão ideológica. Nós já
tínhamos um estudo e um trabalho avançado com o banco japonês - o JBIC - para
financiar a obra, quando, em 2004, lá na Granja do Torto, eu e alguns ministros
fomos discutir se a gente ia fazer parceria com a China ou com o Japão. (...) E
foi a primeira e última vez em que eu fiz uma votação no Ministério. (...) A
China ganhou por quatro a dois, e nós fizemos a parceria com a China”.
Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) reproduziram
em auditoria de dezembro que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) considerou
como “empresas de papel” os empreendimentos criados. Trechos das obras entre
Cacimbas e Catu foram superfaturados em mais de 1.800%, segundo o relatório
técnico.
“A SPE não tem qualquer ligação societária com a Petrobras”,
argumentou a direção da estatal, em nota divulgada após a publicação da
reportagem. O arranjo financeiro para a Gasene foi estruturado pela área
financeira da Petrobras entre 2004 e 2005, segundo a estatal.
A escolha feita dentro da Granja do Torto resultou em
problemas posteriores, como consta na auditoria do TCU. Os auditores citam que
a contratação da chinesa Sinopec International Petroleum pela Transportadora
Gasene, a um custo de R$ 266,2 milhões, foi “condição preestabelecida pelas
autoridades chinesas para financiamento ao projeto”. O banco de desenvolvimento
da China financiou parte do projeto.
A área técnica do TCU considerou que a dispensa de licitação
para a contratação da Sinopec feriu a Constituição brasileira. O relatório pede
a responsabilização de Gabrielli e do ex-presidente da Transportadora Gasene
Antônio Carlos Pinto de Azeredo, que diz ter sido apenas um “preposto” na
função. Gabrielli e Azeredo já encaminharam defesas ao TCU, mas o tribunal não
viu motivos para dispensa de licitação e rejeitou as justificativas.
Eu não sabia que estava discursando, eu nem sei que estou escrevendo, como posso saber de alguma coisa que não seja o que os inimigos vão fazer?
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