Morrer em Paris
Carlos Brickmann
Há pouco menos de 80 anos, o primeiro-ministro britânico
Neville Chamberlain procurou compreender as reivindicações nazistas por mais
territórios. Para acalmar Adolf Hitler, deu-lhe de presente 30% da
Tchecoslováquia. E voltou à Inglaterra orgulhoso de sua façanha, prometendo
“paz para nossos tempos”. Winston Churchill, seu companheiro de partido, mas
não de fraqueza moral, comentou: “Entre a guerra e a desonra, escolheram a
desonra. E terão a guerra”.
A Segunda Guerra Mundial veio um ano depois. Ficou a lição:
não há o que compreender quando do outro lado há fanáticos adoradores da morte.
Pode-se (e deve-se) negociar quando possível, mas estando pronto para lutar.
Assassinos que matam quem expõe opiniões diferentes das suas têm de ser
contidos. Ponto. Quem os compreende e justifica pode ter ótimas intenções. Mas
é cúmplice.
Há horas em que é inaceitável ser mal informado. E uma
professora universitária especializada em Oriente Médio não é mal informada.
Quando diz que exercer a liberdade de expressão, legalmente garantida, é algo
que não se faz, é atrair problema, põe-se ao lado da barbárie. Outro professor
universitário vai mais longe: os culpados são as vítimas. “Qual a graça de se
fazer charges com Maomé? (…) Quem faz uma provocação dessas não poderia esperar
coisa muito diferente”. É como quem acha que a vítima é culpada pelo estupro,
por ser atraente.
Chega de compreender os coitadinhos dos assassinos. Que se
cumpra a lei; que, na forma da lei, sejam julgados.
Contra a barbárie, sejamos todos Charlie.
http://www.youtube.com/watch?v=YpPFBjaAzF4
ResponderExcluirEntao a famosa marichinha de carnaval "Olha a cabeleira do Zezé" é uma grande ofensa aos islamistas. Como ficamos?
O governo petista tao ligado culturalmente com os párias violentos internacionais deveria tomar providencias, afinal ofender os bárbaros assassinos é um dos objetivos da caterva petista.