Pelo menos 90% das coisas que rolam na internet são de uma
idiotice enternecedora. No Facebook, então, as barbaridades beiram os 100%.
Infelizmente, nesse rolo estão incluídos assuntos que deveriam ser sérios, ter
um mínimo compromisso com a lógica e com a verdade, e que nos dizem respeito,
como a política no Brasil, ou seja, o nosso presente e, principalmente, o nosso
futuro.
Eu nem vou comentar sobre o que a esquerda divulga, por motivos
óbvios. O problema é que quem é oposição também anda pisando feio na bola. Tem
um “banner” (será que a definição é essa mesmo?) muito divulgado ultimamente
que recomenda não votarmos em branco, não anularmos o voto e não nos abstermos
de votar, porque o sistema usado pelas urnas eletrônicas está hackeado (essa
foi a palavra usada) para reverter esse tipo de “não voto”, mesmo a ausência,
em votos para o governo.
Ora, se o sistema está adulterado mesmo, o que o impede de “transferir”
qualquer tipo de voto - e não só os citados anteriormente - para o governo? É
claro que nada!
Esse tipo de coisa preocupa. Quem é da oposição não precisa
lançar mão de mentiras e teorias conspiratórias furadas sobre o governo porque
as verdades são tão contundentes e estão tão evidentes que a sua simples
divulgação já é suficiente como campanha. Deixemos a prerrogativa da mentira
para quem entende do assunto: o PT e seus sequazes.
Eu sou um dos precursores da campanha contrária ao voto branco/nulo e da abstenção. Em 2006 cordenei a campanha de um candidato à Deputado Federal em alguns bairros da cidade onde morava (Chapecó-SC), que incluía as campanhas do Alckmin (Presidente), do Luiz H. Silveira (Governador), Raimundo Colombo (Senador) e mais um candidato à Assembleia Legislativa. Só o Alckmin não se elegeu. Antes de iniciar a campanha apresentei uma sugestão ao partido, que foi acolhida pelo candidato à Câmara dos Deputados, a equipe que eu coordenava procurava mostrar aos eleitores a importância de votar nos bons candidatos, que mesmo não votando no nosso candidato eles poderiam ajudar a eleger outro bom deputado, que isso era importante para nosso candidato poder fazer um bom trabalho na Câmara. O próprio candidato falava isso nas reuniões/comícios, procurava mostrar que a eleição de outros bons candidatos era tão importante quanto conseguir os votos para ele se eleger.
ResponderExcluirJá critiquei as campanhas do "não votar" em alguns blogs, afastar os eleitores das urnas é uma estratégia do PT, que tem um eleitorado fixo e uma militância ativa, a estratégia é simples, se não consigo lhe convencer a votar no PT então procuro lhe convencer a não votar nos outros.
Concordo plenamente contigo (Ricardo), esse tipo de coisa preocupa, estão oferecendo um "pretexto" para votar ao invés de oferecer um RAZÃO, além de desestimular o voto, pois se vão manipular o voto, que diferença faz votar em A ou B?