sábado, 15 de março de 2014

Serra não dá bola para a Justiça e falta à convocação

Da Tribuna na Internet:

O ex-governador José Serra (PSDB) não compareceu na tarde de quinta-feira 13, para depor como testemunha no inquérito civil do Ministério Público Estadual que investiga a compra de 320 carros da CPTM em 2008. Os advogados de Serra argumentaram que ainda não tiveram acesso aos autos e que Serra não foi notificado a tempo para comparecer ao Ministério Público.

O promotor Cesar Dario Mariano, que conduz o inquérito civil, ressaltou que “não está investigando” o ex-governador. “Serra é testemunha no inquérito”, disse o promotor.

O inquérito de Mariano é uma das investigações do MP sobre o suposto cartel de multinacionais do setor metroferroviário que teria atuado em São Paulo, entre 1998 e 2008, nos governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB.

A compra dos 320 carros da CPTM é alvo das investigações da promotoria porque um executivo da multinacional alemã Siemens declarou à PF que foi pressionado pelo Governo Serra para que a empresa não recorresse à Justiça contra a contratação da CAF, que venceu o certame com o preço 15% menor em relação ao oferecido pela Siemens.

O promotor informou que vai notificar novamente o ex-governador para depor como testemunha.

NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Todo cidadão tem o dever de prestigiar as investigações e colaborar nos inquéritos e processos. A atitude de Serra é altamente negativa e demonstra menosprezo pela Justiça. Seu currículo também está sujo, com o caso dos precatórios do Parque Villa Lobos, com pagamento irregular de juros de mora, denunciados com absoluta exclusividade aqui na Tribuna da Internet. E estamos falando em prejuízos de R$ 500 milhões, muito pior do que o metrô.

Políticos, em sua maioria, não se consideram cidadãos. Situam-se em uma categoria acima: a de larápios impunes.

Um comentário:

  1. Há uma questão jurídica relevante: Serra exerceu cargo administrativo relacionado com a investigação, dizer que ele não está sendo investigado é inconsistente, não como investigar um contrato onde ele pode ser responsabilizado e dizer que ele não está sendo investigado. No entanto a situação é simples, basta convocá-lo com a devida autorização para acessar os autos e com o tempo adequado para analisa-los.

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