Da Tribuna na Internet:
O ex-governador José Serra (PSDB) não compareceu na tarde de
quinta-feira 13, para depor como testemunha no inquérito civil do Ministério
Público Estadual que investiga a compra de 320 carros da CPTM em 2008. Os
advogados de Serra argumentaram que ainda não tiveram acesso aos autos e que
Serra não foi notificado a tempo para comparecer ao Ministério Público.
O promotor Cesar Dario Mariano, que conduz o inquérito
civil, ressaltou que “não está investigando” o ex-governador. “Serra é
testemunha no inquérito”, disse o promotor.
O inquérito de Mariano é uma das investigações do MP sobre o
suposto cartel de multinacionais do setor metroferroviário que teria atuado em
São Paulo, entre 1998 e 2008, nos governos Mário Covas, José Serra e Geraldo
Alckmin, todos do PSDB.
A compra dos 320 carros da CPTM é alvo das investigações da
promotoria porque um executivo da multinacional alemã Siemens declarou à PF que
foi pressionado pelo Governo Serra para que a empresa não recorresse à Justiça
contra a contratação da CAF, que venceu o certame com o preço 15% menor em
relação ao oferecido pela Siemens.
O promotor informou que vai notificar novamente o
ex-governador para depor como testemunha.
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Todo cidadão tem o dever de
prestigiar as investigações e colaborar nos inquéritos e processos. A atitude
de Serra é altamente negativa e demonstra menosprezo pela Justiça. Seu
currículo também está sujo, com o caso dos precatórios do Parque Villa Lobos,
com pagamento irregular de juros de mora, denunciados com absoluta exclusividade
aqui na Tribuna da Internet. E estamos falando em prejuízos de R$ 500 milhões,
muito pior do que o metrô.
Políticos, em sua maioria, não se consideram cidadãos. Situam-se em uma categoria acima: a de larápios impunes.
Políticos, em sua maioria, não se consideram cidadãos. Situam-se em uma categoria acima: a de larápios impunes.
Há uma questão jurídica relevante: Serra exerceu cargo administrativo relacionado com a investigação, dizer que ele não está sendo investigado é inconsistente, não como investigar um contrato onde ele pode ser responsabilizado e dizer que ele não está sendo investigado. No entanto a situação é simples, basta convocá-lo com a devida autorização para acessar os autos e com o tempo adequado para analisa-los.
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