Fala sério!
Rubens Naves, que divide os comentários do jornal da TV
Cultura com Marco Antonio Villa, ontem me saiu com um “intransparência”. Quiuspariu!
Isso é horroroso!
Mas vejam como são as coisas. Consultei o Houaiss e a
palavra realmente não existe. Acontece que também procurei em “transparência” e a
opção “antônimos” diz o seguinte: “intransparência, opacidade; ver tb.
sinonímia de consistência”.
E agora?
Por um questão de lógica, a palavra "intransparência" deveria existir, mas a gramática não é baseada em lógica, mas sim em regras próprias. No dicionário do livro "1984" a lógica é utilizada para aperfeiçoar o dicionário, usam exatamente esse "princípio lógico", onde o antônimo de amor não seria ódio, mas INamor.
ResponderExcluirO antônimo de transparência é opacidade, portanto o sinônimo de "intransparência" deve ser "inopacidade". Legal, não! Mas não vamos esquecer o "imexível", que seria tão válido quanto a "intransparência", ou seja, todo mundo entendeu o que o Magri quis dizer, mas não deixou de ser uma bobagem que virou piada.
O dicionário Aulete apresenta a palavra intransparência como sinônimo de opacidade, mas não encontrei a palavra "inopaciadade". Eu realmente gostaria de saber quem decide quais palavras devem ou não existir e quais são os critérios usados.
ExcluirCachaça...
ResponderExcluirO meu dicionário de português que comprei na cidade do Porto em 1985 não consta a existência da palavra "intransparencia". No dicionário de português online Priberam também não consta.
ResponderExcluirDeve ser intransparecer
ExcluirPois é. O erro é que tanto em Portugal como aqui, a maioria dos filólogos é composta de velhos gagás que já não conseguem nem mais raciocinar direito, que dirá usar a lógica e coerência. Isso sem contar que muitos dos caquéticos são extremamente politizados, tanto à esquerda quanto à direita, e costumam usar suas ideologias para determinar quais palavras e definições devem ser adotadas.
ResponderExcluirOs lusos, por exemplo, à época do Salazar, fizeram uma verdadeira caça às bruxas com as palavras estrangeiras, como, por exemplo, chamar futebol de balípodo ou ludopédio, abajur de quebra-luz e sutiã de porta-seio.
Já aqui, a encrenca foi da esquerda com as palavras "americanas", que representavam o imperialismo ianque. Aliás, há pouco tempo, o comunista que reza novenas, Aldo Rebelo, andou tentando emplacar uma quantidade de besteiras nesse sentido.
Desse jeito a coisa fica difícil.