Ninguém aguenta mais. Nem Lula com sua “terra quadrada”
falava tanta asneira!
Do Augusto Nunes:
Neste 15 de março, depois de sobrevoar as áreas castigadas
pela grande cheia do Rio Madeira, Dilma Rousseff concedeu em Rio Branco uma das
piores entrevistas coletivas concedidas por um governante desde o
Descobrimento. Num trecho do palavrório transcrito sem retoques nem correções
pelo Blog do Planalto, a presidente caprichou na pose de detetive e identificou
a responsável pela catástrofe: é a Bolívia. Desta vez, deixou Nelson Rodrigues
em paz. Sobrou para Esopo, autor da fábula reescrita pela torturadora de textos
alheios para transformar Evo Morales em lobo e garantir que o Brasil não é
cordeiro. Seguem-se quatro dos piores momentos do palavrório em dilmês
amazônico:
1. Se a gente não souber direitinho porque o desastre ocorreu,
a gente não sabe enfrentar. Então, eu quero dizer para vocês que, do ponto de
visto do governo federal e das informações que nós temos, que integram todo o
combate, enfrentamento e monitoramento de desastres naturais no Brasil, integra
o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE. O INPE monitora o clima no
Brasil, o INPE, nos melhores padrões internacionais, com contatos com todos os
órgãos internacionais. A avaliação nossa é que houve, de dezembro a fevereiro,
um fenômeno em cima da Bolívia, entre a parte sul, se eu não me engano, centro
e a parte norte ou sul – a centro eu tenho certeza, a sul eu esqueci, se é sul
ou se é norte. Bom, mas o que ocorreu ali? Ocorreu uma imensa concentração de
chuvas. Nós temos dados de 30 anos, de 30 anos. Nesses 30 anos, não houve
nenhum momento, nenhuma situação tão grave quanto essa, em termos de
precipitação pluviométrica num só lugar. Portanto, é um absurdo atribuir às
duas hidrelétricas do Madeira a quantidade de água que veio pelo rio.
2. E aí eu até disse aqui uma fábula, que vocês conhecem a
fábula do lobo e do cordeiro. O lobo, na parte de cima do rio, olhou para o
cordeiro e disse: “Você está sujando a minha água”. O cordeiro respondeu: “Não
estou, não, eu estou abaixo de você, no rio”. A mesma coisa é a Bolívia em
relação ao Brasil. A Bolívia está acima do Brasil, em relação à água. Nós não
temos essa quantidade de água devido a nós, mas devido ao fato que os rios que
formam o Madeira se formam nos Andes, ou em regiões altas, se eu não me engano,
o Madre de Dios e o Beni, em regiões… em região eu acho que de altiplano um
pouco mais baixo, o Mamoré. Então, não é possível que seja devido à Usina de
Santo Antônio e a de Jirau a quantidade de água que tem no rio. A não ser que
nós nos tomemos por cordeiro e nós não somos cordeiros. Ou seja, ninguém pode
dizer para nós, que estamos embaixo, que a culpa da quantidade de água que está
embaixo não é de quem está em cima, onde a água passa primeiro. É isso que eu
estou dizendo.
3. Este país é um imenso país, não é? Vocês vejam só, eu
fiquei olhando o rio Madeira, fiquei olhando… estive lá no Nordeste, o Nordeste
está também na pior seca, tem gente que diz que é dos últimos 50, e tem lugares
que dizem que é dos últimos 100 anos. Nós temos tido fenômenos naturais bem
sérios no Brasil. O fenômeno natural, a gente tem sempre de lembrar, é possível
conviver com ele, não é combater ele, nós não queremos combater chuva, nós
queremos conviver com a chuva. Então, vamos discutir, sim, porque além disso
aqui, nos reservatórios aqui, do Madeira, é tudo a fio d’água. O que significa
a fio d’água? Significa que a água passa, a água passa, ela não armazena. Todos
os reservatórios do Brasil que não são a fio d’água, que eram os grandes
reservatórios do Brasil, onde está a chamada “caixa d’água” do Brasil, são
grandes reservatórios de água, grandes, imensos, como é o reservatório de
Itaipu, o de Furnas, o de Sobradinho, o de Três Marias, enfim, nesses
reservatórios, você regulariza duas coisas. É a tecnologia que nós adotamos
para a hidrelétrica, é a seguinte: a gente reserva a água, quando você reserva
a água, você está reservando energia.
4. Como aqui é rio de planície, aqui, nessa região, é rio de
planície, o rio de planície tem pouco desnível, e você só gera muita energia em
reservatório quando tem desnível. Nada impede que em algum lugar ou outro, em
rio de planície, você faça um reservatório. Mas você só consegue fazer gerar
energia em rio que tem desnível. Estava me dizendo o Ministro da Integração,
para a gente ter uma ideia: rio São Francisco, de Sobradinho até o mar, vocês
sabem quantos metros tem? Tem 300 metros de desnível. Do rio Madeira – eles
fizeram um cálculo, foi um cálculo… é aproximado, viu, gente? Depois ninguém
vai me perguntar assim: “Presidente, é trezentos e tanto?” Por favor, é
aproximado, em torno de 300 metros. E do Madeira, daqui de Porto Velho, até o
mar, o mar, é 60 metros. É essa a diferença. Então, eu quero explicar o
seguinte: não é possível olhar para essas duas usinas e acharem que elas são
responsáveis pela quantidade de água que entra no Madeira, a não ser a que a
gente acredite na fábula, na história do lobo e na fábula do lobo e do
cordeiro.
Grogues, os jornalistas tentavam decifrar pelo menos cinco
ou seis linhas quando Dilma encerrou o furioso ataque contra a língua
portuguesa, a lógica e o bom senso:
Muito obrigada a todos vocês e um beijo.
. . . cada vez me "convensso" mais que a presidência da Rés Pública e demais instituições braZileiras são Meras Figuras Decorativas - haja Lexotan!!!
ResponderExcluirE plasil!
ExcluirÉ necessário lembrar que o ministro da energia é o Lobão, que é do norte, então a identificação do lobo, e a questão do norte ou sul, já foram resolvidas.
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