Numa auditoria inédita do Tribunal de Contas da União (TCU),
aprovada nesta quarta-feira pelo plenário do tribunal, depois de visitarem 116
hospitais-gerais e prontos-socorros em todas as unidades da federação, os
auditores do TCU concluíram que:
O fantástico desempenho do governo |
A falta de equipamentos mínimos, como monitores e
ventiladores pulmonares, leva ao bloqueio de leitos em 77% das unidades
visitadas. Na gestão da presidente Dilma Rousseff, a quantidade de leitos ofertados
pelo SUS diminuiu 3,2%. São 11,5 mil leitos a menos de 2010 para 2013, como
cita a auditoria aprovada em plenário. A redução ocorreu em basicamente todo
tipo de internação. No ano passado, a média no Brasil era de 2,51 leitos por
mil habitantes. A média dos países-membros da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) foi de 4,8 leitos. Na União Europeia, chegou a
5,3. A auditoria aponta que, segundo a OCDE, nos últimos dez anos, foi
registrada queda média de 2% ao ano no número de leitos nos países da União
Europeia.
O TCU também fiscalizou a Câmara de Regulação do Mercado de
Medicamentos, cujo conselho é formado por quatro ministros – da Saúde, Casa
Civil, Justiça e Fazenda. No relatório votado pelos ministros, são reproduzidas
as últimas auditorias feitas no colegiado, responsável por definir o preço
máximo de comercialização de medicamentos no país.
Numa comparação com outros nove países que também têm esse
tipo de regulação, os auditores constataram que o Brasil tem 23 remédios – de
um grupo de 50 mais comercializados – com o maior preço de mercado. Destes 50
princípios ativos, 43 têm preço acima da média internacional. Somente dois têm
o menor preço no Brasil.
Os hospitais visitados têm um agudo quadro de superlotação
das alas de emergência. A frequência com que a ocupação desses leitos excede a
capacidade máxima é de 64%, conforme questionários respondidos pelos gestores
das unidades. De cada dez hospitais, oito têm como principal motivo para o
bloqueio de leitos a falta de médicos, enfermeiros e outros profissionais de
saúde. Já em seis, dentre dez unidades, o atendimento é inadequado por conta de
equipamentos antigos ou desatualizados.
No caso da atenção básica em saúde, as unidades têm
dificuldades de atrair ou fixar os profissionais de saúde e também falta
dinheiro para custear o Programa Saúde da Família. Esta é a realidade em 65%
dos hospitais visitados.
O TCU ainda vai aprofundar o estudo para, então, fazer
determinações e recomendações ao Ministério da Saúde. Os próximos relatórios
vão detalhar o impacto das políticas públicas adotadas pelo ministério. A pasta
ainda não se pronunciou sobre a auditoria aprovada nesta quarta.
Do Globo.
. . . e, como "solução", para este quadro de Péssima Administração", Zero de Planejamento, Zero de Investimento, Fiscalização, ..., nos empurram goela abaixo o "programa mais médicos"
ResponderExcluirOnde está a "oposição"???