“O carnaval de hoje parece uma calamidade pública, disputada
pelo narcisismo oportunista de burgueses se despindo para aparecer na TV. O
carnaval foi deixando de ser dos ‘foliões’ para ser um espetáculo para os
outros; o carnaval deixou de ser vivido para ser olhado.”
Arnaldo Jabor, evidenciando que não perdeu o ranço da esquerdopatia, onde “burguês” é um termo desvirtuado e corresponde a um xingamento
genérico de um ser desprezível, causador de todos os males do mundo.
Mas eu pergunto: e Jabor, o que será? Um nobre? Um membro da
burocracia governamental? Um operário? Um camponês? Não será ele mesmo um indivíduo
pertencente à classe média, cujo mister não é manual, e que goza de situação
social e economicamente confortável, ou seja, o protótipo do burguês?
Tirando a parte que faz referência à "burguesia", eu concordo com o comentário do Jabor. Veja como ficaria:
ResponderExcluir“O carnaval de hoje parece uma calamidade pública, disputada por narcisistas oportunistas se despindo para aparecer na TV. O carnaval foi deixando de ser dos ‘foliões’ para ser um espetáculo para os outros; o carnaval deixou de ser vivido para ser olhado.”
Eu realmente não entendi por que o Jabor usou a expressão "burguesia", mas não tenho dúvidas de que o significado das palavras devem ser resgatados.
http://otambosi.blogspot.com.br/2014/02/a-deturpacao-das-palavras-pelas.html