Como já era de se esperar, ontem e hoje, o Globo veio
entupido de reminiscências de 50 anos atrás. Uma delas, um editorial
quilométrico - “Para nunca mais se repetir” - reafirmando a nova vocação do
jornal para a tendenciosidade. Em outra, Ricardo Noblat usa sua coluna para listar
os supostos “362 mortos e desaparecidos políticos da ditadura de 64”. E não é
que eu encontro nessa lista o nome de Gustavo Buarque Schiller?
Explico meu espanto. Gustavo era sobrinho da amante de
Adhemar de Barros, Ana Benchimol Capriglioni, cujo cofre foi roubado por
indicação dele, pela quadrilha a qual pertencia, junto com Dilma Rousseff e
Carlos Minc, a Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares e que rendeu exatos US$
2,598 milhões.
O problema é que Gustavo, meu colega de classe no Colégio
Andrews por dois ou três anos, não foi exatamente uma vítima da ditadura, já
que suicidou-se em 1985, jogando-se da janela do apartamento dos pais de uma
amiga, Regina Xexéo, em Copacabana, após beber muito, segundo a própria Regina.
Detalhe meu: como não houve testemunhas, já Regina afirmou
que quando entrou no quarto, só viu a cortina balançando - “ele já tinha
pulado” -, do quarto onde dormiam Joana, filha de Gustavo, então com um ano e
oito meses, e as filhas de Regina, o que impede supor que ele tenha apenas
caído, já que estava sob os efeitos do álcool?
Mesmo que minha suposição não esteja correta, é absurdo que
o suicídio de Schiller seja classificado como uma “morte pela ditadura”. E
quantos nomes mais há nessa mesma situação de vítimas, mas que morreram e
desapareceram por outros motivos completamente dissociados da parte política da
coisa?
Pois é, amigos, é assim que eles fazem as contas...
Perguntar não ofende?! - onde está a "Lista-dos-Desaparecidos-pelo-Movimento"?
ResponderExcluirMortos pela esquerda (a lista pode ser bem maior - militares têm por hábito listar as baixas, amigas e inimigas); ao terrorismo não interessa tal precisão pois sua "propaganda" pode aumentar, abaixar, de acordo com seu interesse mediato ou imediato.
Excluir"Mortos pela Esquerda" pode ser consultado em qualquer navegador (tag).