Quinta-feira, em seu artigo no Globo, aquele comunistazinho
bobalhão, o Verissimo, pitaqueou sobre John Kennedy, não perdendo o embalo dos
50 anos do seu assassinato, dizendo, entre outras coisas que ele “devia sua
presidência ao dinheiro e ao poder do seu pai, que tinha ligações notórias com
o submundo do crime organizado”, que ele perdeu o “lustre com o tempo” porque “livros
sobre ‘o verdadeiro’ Kennedy se tornaram comuns”, que “seus atos heroicos na
guerra e sua experiência diplomática eram forjados”, que “ele não tinha feito
tanto pelos direitos civis dos negros quanto dizia o mito” e que “sua atitude
firme na crise dos mísseis russos em Cuba, segundo muitos o seu melhor momento,
é criticada pelo novo revisionismo” porque “ele teria cedido mais do que o
necessário aos russos”.
Não vou contestar uma vírgula do que esse pastel falou, até
porque meu pouco conhecimento sobre a vida desse homem simpático e carismático
não me permite grandes conclusões, e, como não sou chegado a especulações, fico na
minha, mas eu duvido que Veríssimo tenha a certeza do que diz, ou melhor, que tenha
a hombridade de confessar que, entre as coisas que deve ter lido sobre Kennedy,
obviamente optou pelas versões esquerdopáticas.
Quando eu li esse artigo me veio logo à cabeça Zumbi.
Estranho? Explico. Li recentemente a história da sua história. Até 1950, mais
ou menos, Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, era tido pelos historiadores como
um um sujeito que mandava seus guerreiros capturarem os escravos das fazendas
vizinhas para executarem trabalhos forçados, sequestrava mulheres, raras no Brasil
no Século XVII, e executava quem tentasse fugir do quilombo.
Não cabe aqui fazer mau juízo desse tipo de comportamento
porque, à época, isso era a regra.
Não sei por que cargas d’água, a partir desses anos 50,
alguns historiadores marxistas resolveram “limpar a barra” de Zumbi e desandaram
a inventar um monte de mentiras sobre ele. Como o comunismo era o ‘ó do
borogodó’ da hora, com Stalin e Mao promovendo “milagres” e com nove entre dez
sartres da vida difundindo o marxismo, os ‘intelequituais’ tupiniquins, por
puro macaquismo (não confundir com macartismo), também adotaram a criança vermelhinha
e passaram a ser as referências da ‘intelligentzia’ por aqui, principalmente no
que diz respeito a “adequar” a história de modo que ela coubesse nas cabecinhas
limitadíssimas dos seus seguidores e divulgadores.
Parêntesis (esse troço está ficando mais comprido do que eu
previa): Dia 27 de novembro, a Intentona Comunista faz 78 anos. Em 1935 já
tinha neguinho com um monte de merda na cabeça aqui no Brasil.
Mas, voltando ao Zumbi, de negão macho e brabo, os marxistas
fizeram dele um doce de candura amarrado pela cintura. Aliás, desconfio que o
boato, atualmente muito difundido, que ele era uma bichona foi obra desses
mesmos caras, em uma avant-première do “politicamente correto”. A desfaçatez
foi tanta que chegaram a citar documentos que nunca existiram como provas, nos
quais Décio Freitas, Clóvis Moura e Joel Rufino supostamente se basearam para
transformar Zumbi em um líder comunista de uma sociedade igualitária.
Décio Freitas, afirma em seu livro “Palmares: A Guerra dos
Escravos” ter encontrado cartas mostrando que Zumbi cresceu em um convento,
onde recebeu o nome de Francisco, aprendeu português e latim, e lá viveu até os
15 anos, quando - que momento épico! - recebeu um chamado de seu povo e partiu
para o quilombo. Só que ele nunca mostrou as cartas para os outros historiadores
que insistiam em ver o material e, um deles, o historiador Cláudio Pereira
Elmir procurou sem sucesso durante cinco anos algum vestígio dos documentos
citados por Décio nesse e em outro livro (“O maior Crime da Terra”) e concluiu
que as fontes foram inventadas.
A história forjada Zumbi é apenas um exemplo pontual de como
é fácil criar um mito, tendo o marxismo um público cativo e suficientemente
idiota para acreditar e divulgar tais mentiras, principalmente em se tratando
de uma figura que viveu há quase quatro séculos e cuja escassez de evidências é
campo fértil para embustes como este. Felizmente, no caso de Kennedy - recente,
se compararmos a Zumbi - há provas palpáveis em número e confiabilidade
suficientes para desmascarar sujeitinhos como Verissimo e as fontes que ele
bebe. Mas que fique bem claro que eu não estou indo contra as “verdades” do
escritor nesse caso e sim pondo em dúvida a sua capacidade de julgamento, notoriamente
corroída por uma ideologia política que o obriga a usar antolhos.
Na verdade essa prática de reescrever a história não é apenas do marxismo, o conservadorismo também pratica intensamente. O revisionismo na biografia de John Kennedy é mais por iniciativa do conservadorismo do que do marxismo. Os conservadores estão fazendo o mesmo com John Lennon, Gandhi e outros que nunca foram aquilo que se chama de esquerda, mas agora estão sendo enquadrados como esquerdistas. Entre os conservadores que estão fazendo isso está o Rodrigo Tolentino, que já entrou para a minha lista de mistificadores.
ResponderExcluirKennedy foi um dos maiores e mais importantes políticos da história da humanidade, no entanto os mistificadores vivem inventando bobagens para diminuí-lo ao mesmo tempo que idolatram um fanfarrão chamado Ronald Reagan, que encontrou o urso morto (URSS) e disse que foi ele quem matou.
Corrigindo, não é Rodrigo Tolentino, mas Rodrigo Constantino.
ExcluirIinfelizmente nao sao todos que merecem um lula da silva ou um outro petista qualquer.
ResponderExcluirOs americanos coitados tiveram aguentar um Kennedy. Tadinhos.
Pois é, o Verissimo deve saber tudinho sobre os Kennedys melhor que qualquer outro americano ou historiador.
Parabéns para ele, eu se fosse o Verissimo até me ofereceria ao governo americano para dar uma ajuda para resolver os problemas raciais, já que no Brasil nao ha necessidade, todos se amam e se veneram.
O Verissimo que vá cavar batatas para comer com nabos.
A inveja salta aos olhos, pois daqui 50 anos somente os militantes miliantes petistas irao lembrar do "filho do Brasil", os Kennedys sao e serao sempre lembrados.
O Lyndon Johsson continuou a luta dos Kennedys para acabar com a segregacao racial, como o JF Kennedy foi assassinado o Lyndon nao teve outra saida que assumir e teve sempre oBob Kennedy nos calcanhares, se odiavam mutuamente, questoes politicas. O Bob Kennedy teria sido eleito presidente se nao tivesse sido tambem assassinado.
Que tragédia, nao entendo como a mae dos Kennedys sobreviveu as tantas trageidas, morreu com 104 anos. Perdeu 4 filhos, uma filha que foi lobotomizada e virou uma couve-flor, um filho na War Two, dois assassinados, um marido preso a uma cadeira de rodas e sem poder falar.
O Bob Kennedy foi o braco direito e o esquerdo do irmao. Juntos eram poderosos.
Tive a oportunidade de ver uma serie canadense mostrada pela BBC 2 esta semana: The Kennedys, muita bem feita, tambem na TV italiana mostraram um otimo documentario.
A inveja petista e dos lefttards é conhecida. O muso do Verissimo é tudo aquilo que nos conhecemos.
Coitado.
A serie esta passando aqui. É pena que, para variar, as repetidoras daqui são geridas por bucefalos, e hoje, por exemplo, estão passando 4 episódios seguidos. Ninguém aguenta!
ExcluirSempre podemos tomar conhecimento de algo vendo uma serie historica e nao abobrinhas, eu por exemplo nao sabia que o Martin Luther King disse publicamente que nunca votaria num Kennedy, nao confiava nos católicos.
ResponderExcluirExato, podemos observar que a discriminacao nao é nunca foi somente de um lado.
Aconteceu que o King mudou de opiniao sobre um presdiente católico e abriu a carteira de votos a favor do Kennedy.
Nao importa a cor das pessoas o que realmente conta sao as atitudes e a atitude do King nao foi nada inteligente.
Presumi que fosse.
ResponderExcluirA atitude de dizer publicamente que nao confiava em um catolico, mostrou que tambem segregava. Nada inteligente. Arrebanhando votos para o JF Kennedy nao lavou o que disse.
ResponderExcluirNao somos imunes a nada.