terça-feira, 19 de novembro de 2013

Impressionante! De unha encravada a gonorreia pré-agônica, a maconha cura tudo!

Renato Cinco, vereador do Rio pelo PSOL e Marcelo Yuka, músico, assinam hoje um artigo no Globo fazendo apologia à maconha como maravilha curativa.

Leiam uma parte. Depois comento:

Questão de saúde

O uso medicinal da maconha não é uma descoberta da ciência moderna. A cannabis aparece como medicamento no Pen-Ts’ao Ching, considerada a primeira farmacopeia conhecida do mundo, em 2.723 a.C. Nela é descrito o efeito analgésico, anticonvulsivante e tranquilizante desta erva.

No fim do século XIX a articulação proibicionista de setores puritanos dos Estados Unidos iniciou um processo de demonização do uso da maconha. A ação resultou nas primeiras leis proibicionistas na década de 30 do século 20.

Em 1961, a Convenção Única de Entorpecentes da ONU classificou a maconha na lista de drogas mais perigosas e sem nenhum valor medicinal. Mesmo com a limitação para realização de estudos, a comunidade científica conseguiu publicar pesquisas apontando o sucesso de tratamento com a maconha em doenças como câncer, Aids e glaucoma.

Nas doenças citadas acima, a maconha tem como principal função aliviar dores e desconfortos causados pela enfermidade. Para pacientes com câncer, seu uso contribui para amenizar as dores e náuseas da quimioterapia. No caso da Aids o efeito mais importante é o de estimular o apetite. No tratamento do glaucoma, o THC, princípio ativo da cannabis, ajuda a controlar a pressão intraocular. (...)”

Tá certo! Faz de conta que eu acredito que a maconha é uma panaceia, um remédio milagroso que cura de unha encravada até gonorreia pré-agônica, mas será que Renato Cinco e Marcelo Yuka estão fazendo esse esforço todo catando informações no Google porque precisam ser “medicados” ou porque estão realmente preocupados com a saúde dos brasileiros?

Além de tudo, os caras têm o desplante de dizer o tratamento com a maconha é um sucesso em doenças como a Aids. E sabem por quê? Porque ela estimula o apetite... larica braba! E só.

E quanto às reações adversas da maconha - que eles “esqueceram” de mencionar - como os efeitos sobre a inteligência, a memória, as funções respiratórias? E os transtornos mentais, como a esquizofrenia, a psicose, o transtorno de despersonalização e a depressão?

E a irreversibilidade dos danos neurológicos (inteligência, atenção e memória) resultantes do uso persistente da maconha antes dos 18 anos de idade?

De mais a mais, já existe uma quantidade de remédios mais que suficiente, que são muito mais eficazes que a canabis para toda e qualquer moléstia que esta possa vir a "curar".

Mas nada disso é o ponto, porque cada um é dono do seu corpo e faz dele o que quiser. Esse é o argumento mais forte que tem à disposição quem pugna pela liberação da maconha e não usar essa dissimulação ridícula do seu uso como medicamento quando todo mundo sabe que o que essa gente quer mesmo é se empapuçar de fumo.

Diga-se de passagem, Renato Cinco, como vereador, em vez de querer legislar em causa própria e em matérias tão irrelevantes, deveria esquecer um pouco seu fuminho e tomar um chá de vergonha na cara para aprender a respeitar os contribuintes - seus patrões -, cuidando do que realmente deve ser cuidado, e não ficar gastando tempo e dinheiro fazendo apologia a uma droga fedorenta.

Um comentário:

  1. Possuímos o Sistema Endocanabinoide em nosso organismo. A maconha possui dezenas de fitocanabinoides, daí suas propriedades enquanto droga, remédio. Como droga, tem, sim, grupos de risco, normal. Trata dezenas de doenças, é inegável, tem até uso veterinário. Não se usa só fumando, tem o óleo, tem uso tópico, come-se. Enfim, não à toa é geneticamente domesticada pela humanidade há milênios. Pesquise mais sobre. Ou vá numa associação canábica e diga lá aos pacientes e aos médicos prescritores que a cannabis não trata doenças...

    ResponderExcluir