segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Retorno ao medievo

Adonis Oliveira: Ne sutor ultra crepidam judicare (parte)

“Sapateiro, não julgue além das sandálias” – Apeles (Século IV a.c.), citado por Plínio, o Velho, em sua História Natural.

Sempre que eu vejo um pretenso “Paladino da Justiça”, ou “Salvador da Pátria”, que faz dessa atividade seu meio de vida, tenho a certeza absoluta de que estou diante de um canalha. Podem ser líderes políticos, religiosos, profissionais, movimentos “sociais”, ONGs, o que for. Todos, sem sombra de dúvida, grandessíssimos hipócritas. Verdadeiros abutres! Vivem das misérias de seus semelhantes.

Como desgraça nunca vem desacompanhada, a tendência dessa imensa multidão de parasitas é ter uma personalidade autoritária. Tal ânsia de mandar, assim como de definir o destino dos outros, foi bem estudada e explicada pelo psiquiatra Wilhelm Reich. Segundo o mesmo, esta tara seria decorrente de um direcionamento inadequado da energia libidinosa. Assim, toda personalidade de cunho autoritário apresentaria inexoravelmente problemas e disfunções de origem sexual.

Vivemos um arremedo de democracia em que multidões de semi-humanos, devido sua hegemonia numérica, possuem a prerrogativa de definir nossos destinos através da escolha de lideranças oriundas de seu meio. Temos assim preparado o desastre na liderança do nosso país. Somos conduzidos por personas ignorantes, autoritárias, com gravíssimas deformações morais, absolutamente inescrupulosas quando se trata de atingir seus objetivos de dominação e de perpetuação no poder, seja de que forma for: mentiras, manipulações, fraudes, extorsões, etc., e cujos projetos e execução são ridículos.

Em paralelo, e como consequência deste quadro de horrores, temos uma população de semianalfabetos, reduzidos a uma condição de meros ruminantes, altamente infantilizados e cuja capacidade de crítica é nula. São assim facilmente catequizados por ideologias que já se mostraram totalmente desastrosas em outras plagas, mas que por aqui insistem em se mostrar como sendo condutoras ao “Paraíso na Terra”, segundo seus arautos. Para muitos, mesmo possuindo algumas luzes, a intoxicação ideológica já é de tal magnitude que não deixam jamais os fatos abalar suas crenças.

As manifestações deste quadro de miséria mental, em que o horizonte temporal da maioria é a cervejinha do final de semana, são abundantes: Nossa população não produz arte. Produz artesanato! Quando fala de cultura, trata-se na realidade de folclore. Não tem multinacionais. Tem micro empresas! Todas voltadas para vender sanduíches, perfumes e cosméticos ou muamba chinesa. Em vez de agronegócios, a ênfase é na “Agricultura Familiar”! Como se a volta ao modelo de produção medieval fosse a solução para nosso país. Para estes projetos de retorno ao medievo, fruto de mentes micro maníacas, montam-se estruturas burocráticas imensas e custosas, bancadas pelos otários de sempre: os contribuintes! Este é o resultado decorrente de se dar a esta multidão de picaretas messiânicos, sempre amamentados pelo Estado, a missão de decidir os destinos de nossa nação. Seria muito melhor para todos que limitassem seus julgamentos apenas às sandálias.

Um comentário:

  1. "Vivemos um arremedo de democracia em que multidões de semi-humanos, devido sua hegemonia numérica, possuem a prerrogativa de definir nossos destinos através da escolha de lideranças oriundas de seu meio. Temos assim preparado o desastre na liderança do nosso país. Somos conduzidos por personas ignorantes, autoritárias, com gravíssimas deformações morais, absolutamente inescrupulosas quando se trata de atingir seus objetivos de dominação e de perpetuação no poder, seja de que forma for: mentiras, manipulações, fraudes, extorsões, etc., e cujos projetos e execução são ridículos".

    Não fui eu quem escreveu, mas se conferirem alguns dos comentários que já fiz aqui no TMU, e em outros lugares, bem que eu poderia ser o autor desse parágrafo.

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