Embora Felipe Moura Brasil seja um olavete daqueles que se julgam incriticáveis, bem a exemplo do mestre, tenho que reconhecer que o cara é atento.
O golpe anunciado: Dilma nomeia para STJ ‘afilhado’ do ministro que aparece nas anotações de Odebrecht
No fim de julho, o site de VEJA revelou o seguinte:
– o atual presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ),
ministro Francisco Falcão, apareceu nas anotações de Marcelo Odebrecht “como
uma das autoridades que, no limite, podiam atuar em seu benefício em caso de
problemas judiciais”;
– o pedido de habeas corpus do empreiteiro no STJ foi
estrategicamente calculado para cair no turno de Falcão;
– “um despacho de Falcão favorável à liberdade de Marcelo
Odebrecht seria devidamente recompensado com a indicação de Navarro Dantas
[foto] para o STJ”.
Escrevi aqui no blog:
“O nome disso seria golpe. Mais um golpe no Poder Judiciário
para blindar Lula e Dilma Rousseff, com a cumplicidade da petista.”
O juiz Sergio Moro, felizmente, melou o golpe imediato ao
decretar nova prisão de Marcelo Odebrecht.
Mas, conforme o esperado, Dilma acaba de cumprir sua parte
do golpe.
Ela decidiu indicar o desembargador Marcelo Navarro Ribeiro
Dantas para o STJ, na vaga do ministro Ari Pargendler, que se aposentou em
setembro do ano passado.
Com 20 votos, Navarro Dantas foi o segundo – repito: o
segundo – colocado na lista tríplice encaminhada à petista, que sempre indica o
primeiro da lista tríplice no caso do procurador-geral da República, como fez
duas vezes com Rodrigo Janot.
Com 21 votos, o vencedor renegado dessa vez foi Joel
Paciornik, que era dado como certo em primeiro pois já havia figurado na lista
anterior, quando foi nomeado o ministro Reynaldo Soares da Fonseca. Mas pesaram
os apoios de Falcão e do cúmplice do PT Renan Calheiros.
Dantas ainda será sabatinado na Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado e terá seu nome submetido à aprovação do
plenário da Casa comandada por Renan.
O escolhido deverá relatar os próximos inquéritos da
Lava-Jato que chegarem ao tribunal.
Estaremos de olho nas decisões de afilhado e padrinho.
No Brasil existem "intelectuais" que exigem o cumprimento de regras que não existem, ao mesmo tempo que dizem, quando o cumprimento da regra desagrada, que a tal regra não é uma regra. Explico:
ResponderExcluirNão existe a regra de nomear o mais votado, a regra diz para nomear (INDICAR) um dos três mais votados, independente da votação que tiveram. Argumentar que nos outros casos o primeiro foi indicado é o mesmo que dizer que a indicação não existe, o que existe é a eleição do mais votado.
O Senado costuma aprovar os indicados para o STF, mas quando o Fachin foi indicado, a manifestação foi justamente no sentido de que não precisa aprovar nesse caso apenas por ter aprovado nos outros. Resumindo, a regra é clara, diria o Arnaldo, a decisão não é dos jornalistas.
O Meritíssimo é pernambucano; só.
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