Por Iba Mendes
Já havia discorrido sobre o assunto em muitas outras
ocasiões. Ou seja, sobre a nova modalidade ateísta, cujas características
remetem - paradoxalmente - ao legado religioso e sectário ao longos das épocas.
Fazendo uso das mesmas estratégias e com a mesma intolerância de muitos grupos
religiosos de outrora, a nova vertente ateísta, aos poucos, vai revelando sua
verdadeira face.
Agora, para coroar suas reais aspirações, fundou em Londres,
na terra de Richard Dawkins, uma congregação, espécie de ordem religiosa às
avessas, com o pomposo nome de “The Sunday Assembly”, já apelidada de “Igreja
Sem Deus”.
Aos domingos reúnem-se para cantar, para testemunhar suas
descrenças e para pregar suas crenças na ciência, tudo aos moldes da religião,
inclusive com direito à “sacolinha”, na qual generosas ofertas são depositadas
com o intuito de expandir a outros horizontes a nova doutrina do “não-deus”.
A crítica obviamente não recai sobre os direitos dessas
pessoas em exercerem com total liberdade suas descrenças e rebeldias contra o
sistema religioso tradicional. A questão, na minha concepção, e aí reside a
incongruência, está no fato de usarem das mesmas armas da religião para
combatê-la, dentre as quais a intolerância e o ódio. No fundo é uma religião
tomando o lugar de outra.
É isso!
Eu não sou ateu, sou deísta, minha concepção de Deus é semelhante (mas não idêntica) a do Espinosa. Recentemente assisti a um vídeo, apenas 10 minutos das 2 horas, onde o “teólogo” apresentou várias formas de ateísmo, entre elas estava o deísmo, portanto eu sou um ateu que acredita na existência de Deus.
ResponderExcluirMais recentemente assisti algumas entrevistas do Luiz Felipe Pondé, onde não faltaram bobagens para que ele fosse incluído na minha lista de pseudos intelectuais. Pondé disse que deixou de ser ateu por que é muito fácil ser ateu, entre outras asneiras.
Onde quero chegar? Simples... religião e ateísmo são temas com muitos palpiteiros e pouquíssimos argumentadores. Sobre religião não há como simplificar, existem mais de 30 (trinta) mil interpretações do cristianismo, mas sobre o ateísmo eu uso uma fórmula simples: ser ateu é não acreditar na existência de Deus, ser ateísta é acreditar que, para não acreditar na existência de Deus é necessário seguir uma doutrina.
Várias vezes encontrei comentários de ateus dizendo que, as vezes sentem vergonha de dizer que são ateus por causa do comportamento de outros ateus. Minha sugestão é dizer que é ateu mas não é ateísta.
Foi o que eu sempre disse.
ExcluirSou ateu, mas como a não existência de deuses é um troço tão difícil de provar quanto as suas existências, eu fico na minha, desde que não me venham querer impor baboseiras.
Exatamente, é dificil acreditar em Deus, assim como é dificil não acreditar.
ExcluirO Ricardo escreveu: "usarem das mesmas armas da religião para combatê-la, dentre as quais a intolerância e o ódio. No fundo é uma religião tomando o lugar de outra.
O Ricardo esta a referir-se ao islão? Ao cristianismo? Nem todas as religiões cristas são intolerantes ou incentivam ódio, até o catolicismo depois do Papa Chico esta tomando o caminho certo e deixando a intolerância um pouco de lado, nunca incentivaram a violência ou ódio, não em tempos modernos.
Para mim o ateísmo sempre foi uma religião. Estao sempre tentando provar a não existência de Deus, assim como os crentes estao sempre querendo provar o contrario.
Há católicos que não vao a missa e ha ateístas que não necessitam de um templo.