A grande suruba

Fala sério! R$ 1,55 em 12 vezes?

Eu não cheguei a comentar sobre a distribuição pelo Ministério da Saúde de 104 milhões de camisinhas no Carnaval, até porque ando de saco cheio de tanta estupidez desse governo que não acaba nunca! Estão no “pudê” há mais de onze anos e a única coisa que conseguiram criar foi um formidável acervo de crimes contra a população e contra a Nação, que o confrade Anhangüera lista em seu post  (109 maracutaias) e eu, em comentário, completo (com mais 190). Achei que a distribuição de camisinhas, por errada que fosse, era até irrelevante para merecer um post, perto dessa coleção de crimes.

Chioro e Chinhora.

Mas eis que um dado importante virou notícia e o caso virou de polícia: o próprio ministro Arthur Chioro resolveu fazer o serviço e pegou um jatinho da FAB para ir a São Paulo, Salvador, Recife e Rio durante o Carnaval, com sua mulher a tiracolo, e ele mesmo distribuir os preservativos. Como diria o comunista, perdão, colunista Ancelmo Gois: não é um fofo?

Para começo de conversa, esse negócio de distribuir camisinha no Carnaval nada mais faz do que reforçar a ideia nojenta que esses quatro dias são, forçosamente, dedicados à putaria e à viadagem. Ou seja, a curra é inevitável, portanto, relaxe e goze, com camisinha. Nada contra uma boa trepada, mas isso não pode virar o foco principal de uma festa pública. No entanto, a cada ano os governos fazem de tudo para orientar os cidadãos para que transformem o Carnaval em uma grande suruba nacional ao ar livre.

Quanto ao passeio de Chioro, ele simplesmente fez o que todo petralha faz: mandou o povo se foder, só que de maneira sutil...

Perna de pau também precisa camisinha?