segunda-feira, 7 de março de 2016

Porranca do Jararaca compreende 99 caixas de bebidas furtadas da Presidência da República

Folha e Tribuna da Internet

A empresa Granero Transportes admitiu, em nota divulgada nesta sexta (4), que o pagamento dos serviços de armazenagem do acervo museológico do Instituto Lula foi feito pela construtora OAS, como apoiadora do Instituto. O contrato durou cinco anos, com valor mensal de mais de R$ 21 mil e teve fim no começo de janeiro deste ano, quando o Instituto retirou os bens.

A adega de Lula, que incluía 99 caixas de bebida, com um custo mensal de mais de R$ 4 mil para armazenagem, também ficou na empresa, por um período mais curto, e foi entregue pela empresa, em junho de 2012, em um sítio em Atibaia (SP). Documentos que integram a 24ª fase da Operação Lava Jato, mostram que o inventário incluía principalmente vinhos.

A empresa entregou ao Ministério Público Federal do Paraná toda a documentação referente à mudança de Lula para o interior de SP, a pedido dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato. Dentre a papelada está a lista de bebidas de três adegas em Brasília: da Granja do Torto e do Palácio da Alvorada, ambos residências da Presidência, e também do “escritório da primeira-dama [Marisa Letícia]”.

A lista é extensa e inclui vinhos, champagnes e espumantes de diversas origens – desde bebidas do Brasil até da Argentina, França, Espanha e Itália, por exemplo. Custam uma média de R$ 100 a R$ 300, em preços atuais do mercado.

A relação também inclui cachaças e destilados, como as cachaças A Locomotiva e Triumpho, destilado chinês, vodca Stolichnaya e rum El Dorado (deste último foram registrados 29 exemplares na lista).

De acordo com o ofício da empresa Granero Transportes, o inventário das bebidas foi elaborado pela própria Presidência da República e elas foram entregues no dia 13 de junho de 2012.

“A adega do ex-presidente da República foi transportada para sítio localizado na região de Atibaia/SP. Por orientação do cliente, o veículo da empresa transportadora seguiu o recebedor Rogério Aurélio Pimentel até o local da entrega”, diz trecho do documento.

A Granero cuidou do armazenamento climatizado das bebidas, entre o início de 2011 e junho de 2012, até sua entrega em Atibaia. Pelo serviço, cobrou R$ 4.726,11 mensais. O contrato é assinado pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.

A informação que circulou anteriormente estava incompleta. Na mudança, foram entregues apenas 37 caixas de bebida no Sítio, enquanto outras caixas seguiam para o Instituto Lula e para o apartamento de São Bernardo. Estas restantes 99 caixas ficaram aguardando a construção da adega climatizada de Lula no sítio em Atibaia. Na mudança, era um número tão grande de caixas de bebida que elas ocuparam um caminhão climatizado da Granero, fato bastante divulgado na época, inclusive aqui na Tribuna da Internet. O espantoso foi que Lula e família levaram as caixas que ganharam e também o resto da adega normal da Presidência (Planalto, Alvorada e Torto), fato facilmente comprovável, se quiserem investigar.


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