quarta-feira, 23 de março de 2016

Para as feministas de Lula, “mulher de grelo duro” vira elogio e “cinco homens na casa de uma mulher” vira fantasia sexual

Já imaginaram se fosse o Bolsonaro a dizer o que o Jararaca disse nas conversas telefônicas interceptadas?

“Onde estão as mulheres de grelo duro do nosso partido?”, perguntou o Jararaca ao ex-ministro Paulo Vannuchi.

A escritora e ativista feminista Daniela Lima frisou o aspecto regional da fala. “Essa expressão é muito utilizada no Nordeste e é sinônimo de mulher forte. Se Lula dissesse que um homem é ‘pica grossa’, por exemplo, não causaria nenhum espanto. Isso reflete o lugar destinado ao corpo feminino em nossa sociedade e quais são as qualidades impostas a esse corpo, tais como fragilidade e docilidade.”

O raciocínio de Daniela se estende também para a fala de Lula com Jaques Wagner sobre Rosa Weber, ministra do STF: “Se homem não tem saco, quem sabe uma mulher corajosa possa fazer o que os homens não fizeram?”

Para Daniela, “a coragem, assim como a força, não é uma característica masculina”. “Dizer que Rosa Weber é corajosa não é, em hipótese alguma, masculinizá-la. A tentativa de naturalizar características supostamente femininas faz parte de um perverso esquema de dominação de gênero.”

Ou seja, “pica grossa”, “grelo duro” e “homem sem saco” são expressões corriqueiras e próprias para um diálogo político entre um ex-presidente e um ex-ministro, mesmo que reduzam as pessoas nominadas como tais a um pênis, um saco escrotal, uma vagina e um clitóris.

E ainda teve a conversa com Dilma sobre como Clara Ant, diretora do Instituto Lula, que teria recebido a Polícia Federal, que cumpriu mandado de busca e apreensão em sua residência, em São Paulo, também no dia 4: “Foram na casa da Clara Ant. A Clara estava dormindo sozinha quando entraram cinco homens lá dentro. Ela pensou que era um presente de Deus, e era a Polícia Federal.”

Maíra Liguori, diretora da ONG Think Olga, pergunta: “Por que uma mulher não pode achar ‘um presente de Deus’ cinco caras entrando no quarto dela? Se isso representa uma ameaça à vida dela, uma situação de estupro ou violência,é machista, mas uma mulher ter fantasia, pensar em sexo, falar em sexo, isso deveria ser normal. Machista é quem vê machismo nessa fala.”

Sei não, mas achar que cinco homens perderiam seu tempo com Clara Ant é licença poética demais...
Fala sério! Essa mulher, Maíra, não merece crédito. Primeiro que essa ONG Think Olga, da qual a dita senhora é diretora, é um absurdo em si mesma. Ter como lema a “missão” de “empoderar mulheres” é um despropósito total. Depois, se essa senhora acha normal ter fantasias sexuais com cinco homens, o que lhe falta é um bom psiquiatra!

A própria Clara Ant se manifestou publicamente, em sua página no Facebook, após a repercussão da fala de Lula a seu respeito, agradecendo às “pessoas que de boa-fé se perfilaram” em sua defesa, mas observa que “isso não é necessário”, pois, em décadas de convívio, Lula nunca lhe “faltou ao respeito.” E ainda emendou: “O compromisso de Lula com as reivindicações das mulheres, cujo símbolo maior é a sanção da Lei Maria da Penha e demais instrumentos criados em decorrência dela, como o disque 180, central de atendimento à mulher. Será que não estão apenas aproveitando a oportunidade para criticar Lula?”.

Clara está certa. Lula sempre teve compromissos com as mulheres. Desde que era líder sindical, quando não apenas uma ou duas vezes foi a “palestras” com “movimentos sociais” e, frequentemente bêbado, não fazia nada além de ficar de olho nas mulheres da plateia para depois sair para um “compromisso” com elas. Pergunte ao Ziraldo, que o acompanhou várias vezes. Aliás, foi assim mesmo que ele “ganhou” Marisa Leticia (“vou pegar essa galega...”), revelado por ele mesmo.

Sei não, mas acho que essas todas, as “feministas do Lula”, precisam mesmo é de uma rola, um pingo de caráter e muita vergonha nas fuças.

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