quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Enfim, uma luz no fim do túnel no caso do assassinato de Celso Daniel

A prisão do amiguinho do Barba, José Carlos Bumlai, ressuscitou uma denúncia de chantagem que começou a ser apurada na época do mensalão e acabou arquivada por falta de provas. Suspeitava-se de que Lula estava sendo vítima de chantagem em 2004 e que parte do empréstimo de R$ 12 milhões levantado por Bumlai no banco Schahim, em setembro daquele ano, teria sido usada para pagar o suposto chantagista, o empresário de transportes de Santo André, Ronan Maria Pinto.

A ligação entre o empréstimo e a suposta chantagem foi feita pelo juiz Sérgio Moro no despacho em que ele mandou prender Bumlai. Há dois meses, o lobista Fernando Baiano contou, em depoimento de delação premiada, que ouviu de terceiros que o empréstimo “teria sido tomado para pagar uma chantagem que o presidente Lula estaria sofrendo”. Baiano não disse quem passou a ele tal informação.

Há três anos Marcos Valério tentou obter uma delação premiada dando detalhes sobre o empréstimo contando à Procuradoria-Geral da República que o ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira o havia procurado em 2004 pedindo ajuda porque Lula, Dirceu e Gilberto Carvalho estavam sendo chantageados por Ronan, que teria pedido R$ 6 milhões em uma reunião com Pereira e Valério para comprar um jornal no ABC. Segundo Valério, Pereira disse que o valor havia sido obtido por Bumlai junto ao Schahim e repassado ao empresário.

A Lava-Jato investiga se uma parte do empréstimo foi parar nas mãos de Ronan. Valério nunca esclareceu o que seria a chantagem. A suspeita é que ela teria relação com o assassinato do prefeito petista de Santo André, Celso Daniel.

Que isso não se perca pelo caminho.


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