O Comitê de Ciência e Tecnologia do Congresso dos Estados
Unidos abriu um painel para investigar se pesquisadores da agência oficial
encarregada dos estudos sobre o clima manipularam dados para chegar à conclusão
de que a temperatura da atmosfera continua subindo, contrariando outras
pesquisas recentes nas quais foi identificada uma estabilização no chamado
aquecimento global.
Lamar Smith, congressista republicano e chefe do comitê,
quer averiguar se os técnicos da National Oceanic and Atmospheric Administration
(NOAA) omitiram informações e escolheram dados de maneira deliberada, em vez de
trabalhar com isenção científica absoluta.
Outros estudos climáticos realizados nos últimos quinze
anos, citados inclusive pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas
(IPCC), apontam para uma pausa no fenômeno de aquecimento do planeta. Tais
estudos são frequentemente usados por Smith para criticar as políticas de
Barack Obama para reduzir a emissão de gás de estufa.
A controvérsia diz respeito a um artigo produzido por um
time do NOAA e publicado em junho pela revista Science. Nele, os autores
argumentam que o aquecimento prosseguiu nos últimos quinze anos de maneira tão
intensa quanto à observada no século passado. Mas existe a suspeita de que
algumas estimativas foram aplicadas sem a consideração da margem de erro. Além
disso, as boias de coleta de dados teriam sido criteriosamente escolhidas para
fabricar o resultado esperado.
Além da contestação científica dos dados, a investigação do
Congresso pretende questionar a politização da discussão técnica sobre o clima.
Estudos recentes, feitos com a ajuda inclusive de psicólogos, indicam que,
frequentemente, as conclusões de pesquisas alarmistas sobre o clima são
diretamente influenciadas pelo próprio alarmismo de leigos vocalizado
diariamente pela imprensa mundial. É como querer comprovar o que se deseja, no
lugar de concluir cientificamente a partir de dados colhidos da maneira o mais
isenta possível.
Se confirmada, a suposta manipulação de dados pela NOAA
seria uma das mais graves da história da climatologia. A última, de 2009, foi
descoberta depois do vazamento de e-mails de pesquisadores do IPCC. Phil Jones,
então um respeitado cientista da entidade, dizia que havia aplicado um modelo
de cálculo que “escondia o declínio” das temperaturas globais. Os estudos
produzidos pelo IPCC apontavam também para o aumento do aquecimento global e
faziam uma relação direta do fenômeno com as ações do homem. Na época, Jones
foi a público para se retratar e reconheceu que não havia nenhum indicador
concreto de que o globo estava esquentando de forma relevante desde 1995.
Não se pode ignorar que as emissões de dióxido de carbono
aumentaram por causa da queima dos combustíveis fósseis, nem que a ação humana
afeta o ambiente. No entanto, não é possível ainda ter certeza sobre quais são
as reais dimensões das consequências desse fenômeno nas temperaturas do
planeta. O papel fundamental de órgãos como o IPCC e a NOAA é estudar os dados
técnicos e tratar as considerações de maneira isolada à da opinião pública ou
das correntes ideológicas já existentes para dar respostas contundentes a essas
incertezas.
(argento) ... é muita babaquice produzida para justificar a atuação e interesses políticos (geopolítica). Quem regula o clima do planeta é a imensa massa de água dos mares; o resto é conversa pra boi dormir e continuar dormindo até que a massa de terra se torne estéril; isto sim, depende do bicho homem.
ResponderExcluirLá pelo ano 2000 ou 2001 publicaram uma "pesquisa científica" dizendo que o nível do mar subiria 30 cm (trinta centímetros) até 2007. Agora estou esperando uma pesquisa científica para mostrar quando anos faltam para chegarmos ao ano de 2007.
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