quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Milton Valdameri fala sobre a nova configuração eleitoral

Na verdade a votação de 2010 não é uma referência segura, Marina não conseguiu as 500 mil assinaturas, aproximadamente 2,5% da votação obtida, com muito mais tempo de campanha e com significativo apoio financeiro.

Mas tem um fator que está sendo esquecido (até agora) pelos comentaristas mais conhecidos: o efeito religião. Marina é evangélica e a "intervenção de Deus" para ela ser candidata pode trazer mais votos do que a "luta pela natureza".

Outro fator que está sendo esquecido, é que o agronegócio ficará mais ameaçado, se nesse ramo eram poucos os que apoiavam Eduardo Campos, com Marina não sobrará nenhum que esteja com plena sanidade mental.

A reação na coligação que apoiava Eduardo Campos é outra questão imprevisível. Se Marina fosse a candidata desde o início, certamente a coligação seria menor, então é possível que o impacto emocional da tragédia mantenha a coligação por algum tempo, mas a possibilidade de se desagregar após 15 ou 20 dias é grande.

É difícil avaliar quanto tempo o impacto emocional vai ajudar Marina na conquista de votos, mas a campanha não poderá ficar apenas baseada na continuidade do Eduardo Campos. Conforme Marina vai se transformando na candidata de fato, as intenções de voto também vão se transformando em intenção de fato, ou seja, deixarão de ser intenção de votar em defunto para serem intenção de votar em candidato(a). Na coligação o processo será mais acelerado.

Meu palpite: Marina poderá atingir 20% até setembro, depois começará a cair e terminará com 10%. A situação da economia atualmente não permite repetir o discurso nem resgatar os votos de 2010, as posições de Marina não conseguirão manter os votos do Eduardo nem a unidade da coligação.

Digo: eu não me arrisco a dar palpites. O eleitorado brasileiro é caótico e, talvez, só aquele nosso matemático que ganhou o equivalente ao Nobel do seu ramo pelo desenvolvimento da “Teoria do Caos” possa dar alguma luz. Aliás, nem falei dele, um orgulho, já que por causa da morte do Eduardo houve uma pane geral que acabou me atingindo por tabela.

19 comentários:

  1. Não se estranhem se o irmão de Eduardo Campos,Antonio Campos entre como vice!
    Pedro Gorrochotegui.

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    1. Já virou noticia, tudo "ao natural", ninguém estranhou nada.

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  2. O corpo de Eduardo Campos ainda nem foi enterrado. Acho melhor esperar mais alguns dias antes de qualquer um analisar quem perde e quem ganha com a morte dele.

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    1. Esperar para que, se o irmão dele já está se colocando como vice? Se o Datafolha já incluir Marina na pesquisa?

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  3. No primeiro dia, o Blog do Coronel apresentou uma "análise" do que seria a candidatura da Marina, onde ela causaria uma mudança extrema no processo eleitoral. Hoje apresentou nova análise, desta vez sobre o PSB e muda completamente o ponto de vista. Isso mostra o quando é difícil avaliar a situação, as possibilidades vão de mudar tudo até mudar nada.

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  4. Houve (existiu) sim uma pane geral. Ou duas!
    1 - Um avião a jato com duas turbinas e combustível suficiente, precipitou-se "de bico" em direção ao solo.
    2 - O gravador de bordo continha gravações (as últimas), de um período de reabastecimento cuja data e horário não puderam ser identificados.
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    Lamento Froes, que o morador de uma das muitas ilhas de tranquilidade existentes no Brasil tenha sido atingido "por tabela". Isso ocorre diariamente com 95% da população Brasileira (estou incluindo a classe média).
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    Mire-se no exemplo do outros "acidentes" ocorridos em território nacional: O primeiro na base de Alcântara e outro, quando caiu um Boeing vindo de Manaus! Identifique a quantidade de cientistas que morreu em cada episódio e, as consequências da continuidade do trabalho dos mesmos! É assim que funciona!

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    1. Não entendi a ironia do "morador de uma das muitas ilhas de tranquilidade existentes no Brasil", até porque se eu realmente o fosse, não teria tido o pai morto em um assalto e nem teria sido assaltados três vezes.

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    2. (argento) ... acho que entendi, pos, a minha "zona de tranquilidade" está sendo perturbada pelo "progresso" - o asfalto está chegando perto, as construções, antes baixas, estão ganhando andares (verticalização)

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    3. (argento) ... a favelização está crescendo, já há tráfico ralativamente organizado ... coisas do "Progresso"

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    4. Zona de tranquilidade é a Centaurus. Pena que anda muito cara. Umazinha básica com umas três cervejas, deve estar por volta de R$ 600...

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    5. (argento) ... Centaurus?, nunca vi nem ouvi falar, o espartano aqui bebe Antártica, Brama, Skol, Itaipava, às vezes um destilado de cana, depende do acompanhante do momento pra refrescar a cuca e o corpo do trabalho.

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    6. (argento) ... ou do churrasquinho, que ninguém é de ferro ...

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    7. É que na Centaurus tem as primas mais bonitas que eu conheço...

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    8. (argento) ... ah, Centaurus!, tive que consultar o "pai dos burros" - a NET ... (argento)

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  5. O Argento gosta da Antartica? Eu também gosto, é a minha favorita no Brasil, mas eu amo a pretinha.

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    1. (argento) ... gosto de cerveja (pão líquido) e não me atenho à marca - peço, se o paladar não agrada pede-se de outra marca - aqui no Braziu as cervejas variam muito; a única que mantém um padrão, por contrato é a SKOL

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Deu no Coronel Leaks:
    "Foi providência divina, eu, Renata, Miguel e (Rodrigo) Molina, não estarmos naquele avião", disse Marina em referência aos familiares que costumavam viajar com o presidenciável. (Marina Silva)

    Então foi providência divina retirar o Eduardo para Marina ser candidata, não é mesmo?

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