sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Cotas para candidatos negros - Uma aberração

Raquel Ayres em “O Tempo” escreveu o artigo “Partidos políticos nada fazem contra exclusão racial em suas legendas”, que reproduzo, em parte, abaixo:

O último senso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 50,7% dos brasileiros são negros ou pardos. No entanto, no Congresso Nacional, apenas 8,5% das cadeiras são ocupadas por essa parcela da população. Na opinião de especialistas, essa razão inversamente proporcional evidencia a falta de interesse dos partidos políticos em promover candidaturas dos negros.

“Existe um fosso que separa brancos e negros no que se refere à representação parlamentar. Somos 43 deputados federais e três senadores diante de um universo de 513 parlamentares brancos e 81 senadores também brancos”, afirma o presidente da ONG União de Negros pela Igualdade (Unegro), Alexandre Braga. Segundo ele, diferentemente dos evangélicos e ruralistas, a bancada negra, por ser pouco numerosa, encontra obstáculos para aprovar leis que favoreçam a raça. A Lei das Cotas, que levou mais de dez anos para ser aprovada, e o Estatuto da Igualdade Racial são exemplos.

Em Minas, a maior parte de candidatos que se declararam pretos ou pardos pertence ao PT. São 13 concorrentes a deputado federal. A ala negra do partido, formada por 11 membros, reúne-se uma vez por mês para debater questões relativas às políticas de promoção racial e inclusão socioeconômica.

Faço algumas considerações.

Para começo de conversa, apenas 9% da população do Brasil é de negros. Em segundo lugar a classificação “parda” - como todas as outras - além de vaga, é estúpida, porque se baseia em critérios subjetivos e, pior, pessoais. Um sujeito pode muito bem se considerar um pardo quando todos que o cercam dizem que ele é branco, ou idem o inverso. A própria articulista citou isso ao comentar sobre os “candidatos [do PT] que se declararam pretos ou pardos”.

Nem que o critério fosse um rigoroso exame de DNA - aquele mesmo que revelou que o Neguinho da Beija Flor é 70% europeu -, essa aberração chamada Lei das Cotas se justificaria, pelo simples motivo de não se poder obrigar ninguém a ser candidato.

Se, por motivos que não vêm ao caso agora, não há negros, pardos, azuis ou amarelos que estejam dispostos a se candidatar, como fazer para obedecer a lei? Vão laçar gente no meio da rua?

Ou seja, essa é mais uma daquelas leis que “não pegaram”, não por falta de empenho uns e condescendência de outros, mas pela sua absoluta falta de lógica. Ela é absurda e vai morrer absurda.

Aliás, absurda também é a colocação do presidente da Unegro, Alexandre Braga, onde ele diz: “diferentemente dos evangélicos e ruralistas, a bancada negra, por ser pouco numerosa, encontra obstáculos para aprovar leis que favoreçam a raça”. Leis que favoreçam a raça, meu caro? Isso é querer nos impingir o racismo legal!

Desde que descobriram que o homem primordial saiu da África e dele se originaram todos os humanos, não faz o menor sentido catalogar cores ou raças. Aos que insistem na ideia, com o claro propósito de crescer e aparecer, aconselho escolherem outra maquinação. Essa não colou e nem vai colar. É burra demais.

2 comentários:

  1. (argento) ... uma curiosidade: nunca vi, nenhum representante do reino Animal, com duas ou quatro Patas, com sangue de Cor diferente da Vermelha - essa "raça" humana é mesmo Risível !!! (argento)

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  2. (argento) ... um pouco mais sobre "Curiosidades":

    https://padrepauloricardo.org/aulas/a-infiltracao-do-marxismo-cultural-no-brasil

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