domingo, 31 de agosto de 2014
“Comunista, cristão, maranhense e brasileiro” e - pasmem - professor de Direito, Flavio Dino
Lucas Berlanza Corrêa: Entendendo o ininteligível - Com o
Professor Flavio Dino
Uma ocorrência curiosa chamou a atenção na corrida pelo
governo do Maranhão. Na sexta-feira, 22 de agosto, a afiliada da Rede Globo, TV
Mirante, promoveu uma curta entrevista com o candidato do PCdoB, Flavio Dino,
professor de Direito na Universidade Federal do Maranhão. O repórter Sidney
Pereira foi o condutor. O evento seria muito mais propriamente do interesse dos
maranhenses, não fosse por alguns detalhes bastante pitorescos do “interrogatório”.
Pereira perguntou a Flavio Dino, baseando-se no que diz o
estatuto de seu partido, o maoísta PCdoB – o mesmo representado pela já
conhecida hipocrisia de Jandira Feghali, e que defendeu a luta armada nos
moldes chineses durante o regime militar -, se ele deseja implantar o comunismo
no Maranhão. Sim, a pergunta foi exatamente essa: “se o senhor for eleito, vai
implantar o comunismo no Maranhão?”
A inesperada questão foi manchete e motivo de troça na
página virtual da revista Carta Capital – conhecida por seu endosso crônico a
qualquer esquisitice esquerdista. O texto associa a atuação do repórter aos
interesses de José Sarney, cujo candidato seria o principal adversário de Dino,
Lobão Filho. Pouco nos importam as motivações ou os adversários; muito menos
nosso alvo é o surpreendente repórter. O fato é que as respostas do candidato
oferecem demonstração cabal das maiores bizarrices típicas de nossas esquerdas
e, por extensão, de nosso próprio meio de fazer política.
À questão chave que acabamos de mencionar, insana ou não,
ele responde: “Sidney, isso implicaria em revogar a Constituição e todas as
leis brasileiras. Nenhum governo pode fazer isso. Realmente a pergunta parte de
uma premissa segundo a qual o Maranhão seria algo contrário à Constituição e ás
leis”.
Brada a Carta Capital, em concordância: pergunta idiota! É
óbvio que implantar a receita marxista e comunista da ditadura do proletariado
em um estado brasileiro é uma impossibilidade jurídica! O repórter obviamente
age por má fé; outros diriam que por uma injustificável ingenuidade. Confesso
que não sei o que moveu Sidney Pereira em sua opção pelo modo como encaminharia
a entrevista. Porém, a resposta é uma preciosidade para quem deseja desmascarar
as incoerências dessa gente. Ele complementa:
“O meu compromisso, a minha vida toda, é cumprir a
Constituição e as leis e assim vai ser feito. Eu sou um democrata. O meu
partido defendeu a democracia e eu não entendo, Sidney, porque tanta
perseguição que tem um, inclusive, um sabor de ditadura militar. Eu acho que
esse tempo passou.” Perguntaríamos a Flavio Dino se o tempo do PCdoB não terá
passado também… Passaremos ao largo da evidente mentira de que o PCdoB lutou
pela democracia contra a ditadura dos generais, o que já está mais que
suficientemente desmentido.
O que podemos tentar fazer, diante dessas declarações, é
entender o ininteligível. O político fica indignado, e rebate afirmando ser
óbvio que sua plataforma não poderia defender uma causa ilegal. Notemos; o
candidato do Partido COMUNISTA do Brasil afirma que NÃO implantará o comunismo
no estado do Maranhão, porque isso seria contra as leis. Mais; ele se apressa
em dizer que é um democrata, em oposição ao que poderia sugerir a pergunta. O
que isso quer dizer? Quer dizer que seguir à risca a agenda do comunismo seria
solapar a democracia e desrespeitar a Constituição; portanto, impensável!
É preciso perceber o tiro no pé representado por essa
conclusão verdadeira, mas que acaba sendo grotesca para os propósitos do
sujeito. Frisemos: Flavio Dino está descrevendo, sem perceber, o quanto o
comunismo é absurdo, antidemocrático e ilegal e, portanto, seria
proporcionalmente indigna a sugestão do repórter de que ele o implantaria no
Maranhão. O candidato não explica então o que o tal do comunismo faz no nome e
no estatuto de sua agremiação! Se eu desaprovo esse tal de comunismo e sei que
ele é um erro, por que diabos me filiaria justamente a um Partido Comunista e
ainda concorreria a cargos eletivos por ele? Qual a lógica, qual a coerência
disso?
Afirma a Carta Capital que “quem acompanha a política
brasileira sabe que os estatutos dos partidos são, em geral, manifestos
ideológicos com pouca ou nenhuma conexão com a realidade, até porque costumam
ser desatualizados”. Está na hora de ver em noções como essa o que elas
verdadeiramente são: sintomas das
enfermidades agudas de nossa democracia representativa. A revista Carta Capital
nada mais faz que declarar seu apreço pela incoerência! Afinal, essa história
de que os partidos dão voz a um segmento do pensar da nação, têm uma filiação
de princípios, apresentam um documento que estabelece seus valores e pontos de
vista, um núcleo duro de diretrizes – tudo isso é balela. Os estatutos não
servem para nada. Os políticos podem ignorar tudo isso completamente e sair
pregando o que lhes vier à cabeça. Ora, se o estatuto de um partido se comprova
desatualizado e inaceitável e, na mesma toada, o próprio NOME do partido, não
seria dever moral de coerência extinguir ambos? Se não, então não seria o
mínimo esperável que o candidato filiado àquela legenda se esforçasse por
traduzir aqueles princípios? Se a resposta for não a ambas as perguntas, onde a
credibilidade institucional do referido partido?
Depois de se auto-sabotar e se lançar em uma evidente sinuca
de bico (para qualquer um com dois neurônios e livre da idiotia útil que
acomete tantos “militontos” por aí), Flavio Dino ainda se diz religioso.
Encerra dizendo que tem a alegria de ser “comunista, cristão, maranhense e
brasileiro”. Esse negócio de que a Igreja Católica condena o comunismo é uma
besteira, claro… Coisa mais medieval! Eu posso ser o que eu quiser: nazista
judeu, tricolor flamenguista, conservador revolucionário… Posso ser um
democrata, num partido de estatuto antidemocrático! A união de contrários,
mesmo em um país tão caracterizado culturalmente pelos sincretismos e pela
miscigenação como o Brasil, há de ter seus limites de sanidade!
Este show de horrores é uma amostra peculiar do que
caracteriza muitos dos socialistas do Brasil e do mundo: o total desprezo pela
lógica e pelos fatos, em favor de um vício incessante em sofismas. A mera
existência de candidaturas como esta (e outras, como a da presidenciável
Luciana Genro, do PSOL, cuja gritaria contra o capitalismo se fez ouvir em rede
nacional no debate da Band), demonstra a nossa face mais miserável – uma
miséria que não é material, mas cultural. Inevitável rir dessa comédia;
igualmente inevitável prantear a realidade de que esse espetáculo não está num
circo, e sim nas corridas eleitorais de um dos maiores países do mundo.
sábado, 30 de agosto de 2014
Marina Silva, quem não te conhece que te compre! Eu não compro!
Marina Silva foi
derrotada por José Serra em todos os municípios do Acre. E venceu Dilma apenas
na capital: Rio Branco. Como todos sabem, Marina Silva nasceu no Acre. Obteve
os seus mandatos de deputada e senadora pelo Acre. Quanto mais conhecida, mais
perdeu votos. Quem é da aldeia conhece os seus caboclos, diz o ditado. O Acre
conhece Marina Silva. No Jornal Nacional, inquirida a respeito deste fenômeno
jamais visto na história política do Brasil, de um candidato ser derrotado na
cidade onde nasceu e em todas as outras do seu estado, Marina Silva mentiu que
tinha enfrentado adversários poderosos. O único adversário poderoso que
enfrentou foi o eleitor acriano.
Do CoroneLeaks
Do CoroneLeaks
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Wyllys propõe que viadinhos que queiram virar mulher contra vontade dos pais possam recorrer à Defensoria Pública
Vagabundo não satisfeito em disseminar a viadagem para
tentar convencer a gente decente que dar a bunda é tão natural quanto comer
cocô, e pior, que o fato de alguém fazê-lo dá privilégios legais a essa pessoa,
mesmo a Constituição dizendo que somos todos iguais perante a lei, agora quer
destruir a família de vez, tirando poderes de pais e responsáveis por motivos
absolutamente sem propósito.
Vejam aqui o projeto de lei que esse sem-vergonha elaborou.
Acho que mamãe vai ser eleita
Resolvi fazer uma pesquisa telefônica espontânea sobre a
Presidência da República. Como a hora mais segura para encontrar as pessoas em
casa é entre duas e quatro da madrugada, assim o fiz e, nos 5.834 telefonemas que
dei com a pergunta “em quem o(a) senhor(a) vai votar para presidente”, a
resposta foi única:
“Na puta que o
pariu!”
Onze dias sem cigarro
Onze dias merecem uma gozação, já que até agora não matei ninguém, não chutei meu cachorro, não me separei da minha mulher e, para ser sincero, nem falta de cigarro senti.
Eletrodomésticos, fraldas e remédios: a campanha de Garotinho na mira da Justiça
Eu não entendo como é que um cara condenado a dois anos e
meio de cana, solto apenas por força de uma liminar, dono de uma coleção de
processos contra si de dar inveja a qualquer grande marginal, e que a cada dia
comete mais crimes - eleitorais ou não -, pode ser candidato a alguma coisa. Só
nesta merda chamada Brasil do PT.
Por Daniel Haidar, na VEJA.com:
E não morrem engasgados... |
Na primeira incursão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) no
Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, fiscais encontraram nesta
quarta-feira material de campanha do candidato ao governo do estado pelo PR,
Anthony Garotinho, junto de cem caixas de remédios e 200 formulários do
programa Cheque Cidadão. A ação encontrou indícios de que o projeto – mantido
pela prefeita de Campos dos Goytacazes e mulher de Garotinho, Rosinha Matheus –
é usado com finalidade eleitoral pela campanha dele. Mas esse não é o único
problema de Garotinho com a Justiça Eleitoral nestas eleições. O ex-governador
é investigado pela Polícia Federal por distribuir, em uma semana, quase 60.000
reais em eletrodoméstico no programa “Fala Garotinho”, da Rádio Manchete.
Técnicos coordenados pela juíza Daniela Barbosa, chefe de fiscalização do TRE,
monitoraram o programa de rádio de Garotinho e se espantaram com os vultosos
valores gastos para distribuir máquinas de lavar, fogões, geladeiras e
smarphones.
O valor foi estimado pelo tribunal a partir dos preços
desses produtos em duas grandes redes varejistas. A tabela (reproduzida acima)
foi anexada à decisão judicial. A magistrada ordenou que a distribuição de
brindes fosse interrompida e questionou como o candidato conseguiu distribuir
tantos produtos sem patrocínio. Garotinho declarou à Justiça Eleitoral
patrimônio de 303.538,65 reais e gastou o equivalente a 16% desse patrimônio em
apenas uma semana. Hoje, Rosinha é a apresentadora do programa.
“Neste embalo, a cada semana o candidato distribui, no
mínimo, 1/6 do valor de seu patrimônio declarado. É preciso analisar se a
distribuição desmesurada de brindes e vantagens ao eleitor em potencial não é
mero disfarce para aliciar o eleitor mais humilde e, assim, angariar votos. O
programa não tem contrapartida financeira nem por meio de patrocinadores,
tampouco por meio de intervalos comerciais”, afirma a juíza na decisão.
Outra conduta ilegal do candidato foi detectada em Campos
dos Goytacazes, onde fiscais fizeram uma vistoria no Centro Cultural Anthony
Garotinho. No local, foram apreendidas cerca de cem fraldas, 350 calendários
com a foto do candidato, pastas, cartões de visita e um caderno com um cadastro
de grávidas e data provável do parto.
Em entrevista ao site de VEJA, a juíza Daniela Barbosa
destacou a importância de ser investigada pelo Ministério Público Eleitoral a
origem dos recursos em casos como o de Garotinho. “O assistencialismo vai
cooptando as pessoas. Centros sociais começaram a ser muito reprimidos, então
candidatos criaram outras práticas assistencialistas. Tem que ser investigado
se há origem ilícita nessas verbas”, afirmou.
Garotinho é líder na disputa pelo Palácio Guanabara, com 28%
das intenções de voto na última pesquisa Ibope. Com uma ampla rede de
distribuição de benesses a eleitores, o Ministério Público Eleitoral investiga
quanto desse apoio é legítimo. A juíza Daniela Barbosa menciona indícios de
“propaganda eleitoral irregular, abuso do poder econômico e/ou político,
captação ilícita de sufrágio (compra de votos), captação e emprego indevidos de
recursos de campanha (uso de caixa dois), condutas vedadas a agentes públicos e
improbidade administrativa”.
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Imprensa de oposição virou barata tonta
Sinceramente, a imprensa da oposição anda mais desesperada com
a ascensão de Marina que o próprio PSDB. Essa insistência no caso da
propriedade do avião - que já até virou pó - é sintomática. Parece até que
Marina não tem nada mais importante para ser criticada.
Para começo de conversa, nem sei se Marina entrou nesse avião
alguma vez. Em segundo lugar, se entrou, obviamente não pediu nota fiscal de
compra da aeronave, certificado de propriedade, certidão negativa de impostos
ou coisas semelhantes, porque, simplesmente ela tem mais o que fazer, assim
como Eduardo tinha. Se há alguma falcatrua quanto ao Citation - o que tudo
indica - o responsável é o partido.
Ou será que quem pega carona em um táxi pago por um amigo
vai pedir documentos ao taxista? Não é por aí que vão pegar Marina. Reinaldos,
Coroneis e Aluizios da vida têm mais é que desconstruir esse mito desmascarando
as mentiras sobre as quais ele foi construído e não se apegando a perfumarias.
Parece coisa de petralha...
Aécio dançou
Faz tempo, Dilma já andava de braços dados com a campanha
para sua reeleição, Serra tratava de atrapalhar Aécio o mais que podia, e este,
por sua vez, nada fazia, e muitas vezes até sumia de cena enquanto eu estava aqui
a me esgoelar criticando esse bate-boca no PSDB, avisando que já tinha passado
da hora de parar com as picuinhas e assumir posições.
Pois é. O resultado da brincadeirinha e da falta de
seriedade de Aécio, da vaidade, teimosia e irresponsabilidade de Serra taí, nas
fuças dos dândis desse partidinho que até hoje não rasgaram os punhos rendados das
suas camisas de seda, achando que a qualquer hora seus diplomas e títulos podem
reverter qualquer situação. Parece que não aprenderam, nem depois de três
escovadas seguidas nas urnas.
O quadro é irreversível: Aécio, como um ilustre desconhecido
da maioria dos brasileiros exatamente por não ter começado a trabalhar sua
candidatura quando devia, não vai superar Marina e nem chegar perto de Dilma,
nem que baixe o nível a ponto de se sintonizar corretamente com o povo. Não há
tempo.
Infelizmente, por
paradoxal que pareça, o único político que perdeu com a morte de Campos foi
Aécio, um concorrente.
E Aécio dançou mesmo.
Lembram da “Cigarra e a Formiga”, fábula de Esopo, recontada
por La Fontaine? Uma cigarra canta durante o verão, enquanto a formiga trabalha
acumulando provisões em seu formigueiro. Ao chegar o inverno, desamparada, a
cigarra vai pedir abrigo à formiga, que lhe pergunta o que fizera durante todo
o verão?
“Eu cantei”, responde a cigarra.
“Então dance agora!”, rebate a formiga, deixando-a do lado
de fora.
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
E Marina deitou e rolou no debate...
Lamentavelmente sou obrigado a reconhecer que ontem, no
debate entre os candidatos à Presidência da República, Marina sobrou na turma,
mesmo fugindo dos assuntos algumas vezes e cometendo alguns erros gramaticais imperdoáveis,
como “reinterar” no lugar de “reiterar” e “que a gente ‘perda’” em vez de “perca”
(duas vezes). Mas nada disso pesou para ela, que esbanjou segurança e
tranquilidade, ao contrário de Aécio, um poço de visível tensão e Dilma, com a
costumeira antipatia defensiva e tergiversante, sem falar na sua insistência em
querer medir as pessoas - ela sempre quer “comprimentá-las” em vez de
cumprimentar.
Aliás, o que aconteceu ontem na Band, a rigor, nem pode ser
chamado de debate. A presença (obrigatória?) de quatro nanicos eleitorais obrigatoriamente
falantes acabou com qualquer possibilidade de coerência entre os assuntos, até
porque, dos quatro, dois são totalmente despreparados - Pastor Everaldo e
Emayel - e os outros dois, além disso, são completamente birutas - Luciana
Genro e Eduardo Jorge. Aí fica difícil mesmo...
De qualquer forma,
Marina surfou em marolas, Aécio não disse a que veio e Dilma fez o que se
esperava dela: nada.
P.S.: Esses nanicos são tão insignificantes que eu troquei as bolas, não era Emayel o de ontem no debate, mas sim Levy Fidelix. Conhecem?
P.S.: Esses nanicos são tão insignificantes que eu troquei as bolas, não era Emayel o de ontem no debate, mas sim Levy Fidelix. Conhecem?
terça-feira, 26 de agosto de 2014
Debate com os candidatos a presidente, hoje na Band às dez da noite
Dilma, Marina, Aécio e o tal pastor cupincha do Garotinho, que não só engana trouxas, como também supostos luminares do tipo Azevedo e Constantino, hoje debatem na Band.
Eu acho uma covardia do Aécio. Mil furos acima desse lixo.
Mas covardia pior vem de quem se diz preparado, mas faz questão de fingir que não ouve o que Aécio tem a dizer, enganar que não sabe o que ele fez por Minas Gerais e não reconhecer que, de longe, ele é o melhor entre os presidenciáveis.
Decapitação de Foley (assista até o final)
Quem resiste a isto sem se indignar?
Quem, em sã consciência, pode inocentar o islamismo por isto?
Quem pode ser contra Israel em sua luta contra o Hamas, farinha do mesmo saco?
Por que Foley foi covarde, culpando os EUA, mesmo sabendo que ia morrer?
Quanto vale a fé islâmica, já que os assassinos pediram resgate por Foley?
Você teria algum escrúpulo em matar um inglês escroto desses?
SOCORRO!
Deu no Lauro Jardim:
O aguardadíssimo
resultado da pesquisa Ibope que o Jornal Nacional divulgará hoje vai mostrar um
novo avanço de Marina Silva. Pela pesquisa, Marina está empatada tecnicamente
com Dilma Rousseff no primeiro turno, considerando a margem de erro de 2%.
A pesquisa mostrará Dilma Rousseff entre 31% e 32%, Marina
entre 27% e 28% e Aécio Neves entre 18% e 20%.
No segundo turno, Marina aparecerá com dois dígitos à frente
de Dilma.
A pesquisa foi feita pelo Ibope entre 23 e hoje. Foram
entrevistados 2506 eleitores.
Marina, explicando-se(?) em dilmês
“Queremos que sejam dadas as explicações de acordo com a
materialidade dos fatos, e, para termos a materialidade dos fatos, é preciso
que haja tempo necessário para que essas explicações tenham as devidas bases
legais”.
Marina Silva
explicando, em dilmês castiço, de quem era o raio do avião que caiu com Eduardo
Campos.
Você entendeu? Nem ela...
Você entendeu? Nem ela...
João Pereira Coutinho: Nós, os vermes
Que beleza, leitor: um grupo intitulado Estado Islâmico do
Iraque e do Levante (EIIL) agora domina partes da Síria e do Iraque. Melhor: já
faz vídeos. Com decapitações de ocidentais. E proclamações: existe um novo
Califado, dizem os assassinos, renascido das cinzas otomanas que a Primeira
Guerra provocou.
Essa utopia terrena está atraindo jihadistas do mundo
inteiro. Do mundo inteiro, vírgula: do Reino Unido em especial. O premiê David
Cameron está pasmo. Membros do seu governo, “idem”. E a “inteligência”
britânica quer saber como é possível que cidadãos britânicos, que nasceram e
cresceram à sombra do Estado de bem-estar social, viram as costas ao Ocidente
para lutarem contra o Ocidente.
Boas perguntas. Nenhuma delas é especialmente misteriosa.
Qualquer pessoa com dois neurônios compreende que, no caso do Reino Unido, a
produção de jihadistas explica-se pela belíssima cultura de “tolerância” que,
durante duas gerações, permitiu que muitas mesquitas locais fossem antros de
ódio e extremismo.
Só Deus sabe - ou Alá, já agora, para não ferir certas
sensibilidades ecumênicas - a extrema dificuldade legal que Londres teve para
extraditar Hamza al-Masri, o famoso “Capitão Gancho” da mesquita de Finsbury
Park, em Londres, para os Estados Unidos, onde era acusado de vários complôs. O
Tribunal Europeu dos Direitos do Homem estava preocupado com os “direitos
humanos” de um terrorista, mas não com os direitos das vítimas que ele
potencialmente causava com as suas palavras de loucura e morte.
E só agora a ministra do Interior britânica, a conservadora
Theresa May, promete legislação pesada para o extremismo e as incitações ao
ódio - em espaços públicos, escolas, mesquitas etc. Até os trabalhistas
aplaudem a “coragem” da senhora.
Não admira: como informa o “Daily Telegraph”, existem mais
cidadãos britânicos de origem muçulmana marchando nas fileiras do EIIL do que
no exército de Sua Majestade. Eis um retrato da pátria de Churchill.
Mas há outro. Porque não existem apenas fanáticos islamitas
que, dentro do Ocidente, pregam a morte do Ocidente. É preciso relembrar os
fanáticos revisionistas e multiculturalistas que, na mídia e nas universidades,
foram oferecendo as doces pastagens da retórica antiocidental.
Caso clássico: anos atrás, Ian Buruma e Avishai Margalit
escreverem um livro que inverte o título (e a tese) do celebrado “Orientalismo”
de Edward Said. Chama-se “Ocidentalismo” e é um estudo sobre a visão deturpada
e grotesca do Ocidente produzida pelos seus inimigos.
E, no topo da lista, está um longo rol de intelectuais
ocidentais - de Spengler a Heidegger, sem esquecer o demencial Sartre - para quem o Ocidente era um antro de
decadência/declínio/corrupção/brutalidade/desumanidade/exploração (pode
escolher à vontade). Essa retórica, escreviam os autores, acabou por emigrar
para o mundo inteiro, Oriente Médio em especial. E é hoje repetida, “ipsis
verbis”, pela turma do EIIL.
No livro, há até um episódio pícaro (e grotesco; atenção,
famílias) que ilustra bem como as más ideias viajam depressa. Acontece quando o
Taleban tomou Cabul em 1996, pendurou o presidente afegão Najibullah no poste,
encheu os seus bolsos de dólares e colocou cigarros entre os dedos quebrados do
cadáver.
Mensagem: esse aí é um produto degenerado do Ocidente em
seus vícios e ganâncias.
(Curioso, lembrei agora: as campanhas antifumo poderiam usar
a imagem do antigo presidente afegão enforcado e com cigarros entre os dedos. E
o lema: “Fumar prejudica a saúde.” Mas divago.)
Porque a questão é glacial: se nós, ocidentais, não
respeitamos o que somos ou temos, independentemente de todos os erros cometidos
(e corrigidos: será preciso lembrar a escravatura, abolida por aqui e praticada
ainda no resto do mundo?), por que motivo devem os outros respeitar-nos?
Gostamos tanto de nos apresentar como vermes que os outros
acabam olhando para nós como vermes.
Soluções?
Deixemos isso para os líderes do mundo, como Barack Obama,
que tipicamente não sabe o que fazer. (Uma sugestão: que tal reduzir à Idade da
Pedra quem tem a mentalidade de homens das cavernas, senhor presidente?)
Mas já seria um grande contributo se o Ocidente fosse um
pouco mais intolerante com a intolerância daqueles que recebemos, alimentamos,
sustentamos - e enlouquecemos de ódio com o ódio que sentimos por nós próprios.
Da Folha de S. Paulo desta terça-feira
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Os burros de Dilma e de Marina
Fumem bastante |
Bom, vamos tentar retomar o embalo perdido na semana que
passou, quando eu, entre asmas, tosses, nebulizações, molhos na cama e mortes
em família, andei deixando a peteca cair. Não gosto de perder tempo e já perdi
demais com a minha ziquizira. Parece até que essa porcaria que eu tive afetou
meu cérebro.
Falando em cérebro, até pode ser que o meu ande ruinzinho
mesmo, já que estou há exatos sete dias sem fumar. Dizem que a falta da
nicotina dá uma certa alteração. Sei lá. Em todo caso vamos lá.
Além de tudo, agora aumentou o problema. Não bastasse termos
que convencer os despirocados a não votar em uma idiota, agora o trabalho é dobrado por causa do destino, que quis que outra idiota fosse candidata e
outros despirocados, baseados em nada com porra nenhuma, a considerassem a
salvadora da Pátria.
Trabalho árduo esse, de tentar argumentar contra a fé. Sim,
porque só a fé cega pode explicar que alguém que utilize só um pouquinho de seus
miolos declare voto em um troço chamado Marina. É claro que o mesmo raciocínio
é aplicável aos fãs da Dilma, com a diferença da certeza que todos temos que os
possíveis votos que ela terá, são 80% comprados - com bolsas isto ou aquilo -,
e os da Marina, 80% são de porrasloucas que não têm a mais vaga ideia de quem
ela seja, do que ela pretende, de sobre o que ela tenta falar, mas se acham inteligentes. Esse é o problema.
O eleitor de Dilma é um
burro assumido e o de Marina um burro enganado.
domingo, 24 de agosto de 2014
Ah, esses acadêmicos e suas “abóbodas”...
Há coisas que, por mais que eu me esforce, não consigo
deixar passar sem recibo. Uma delas é qualquer cidadão que se comunique através
de órgãos de imprensa cometer erros grosseiros de linguagem, e ontem, quando
fiquei meio de “molho” por causa desse resto de bronquite que ainda me incomoda,
três absurdos me chamaram atenção.
O primeiro do dia foi de um narrador de uma prova de
triatlo, Band Sports, dizendo que os triatletas estavam pedalando em uma pista
de “paralepípedos”. Devia estar cheia de buracos, bem de acordo com a sílaba
faltante. O segundo foi de um narrador da Sportv, dizendo que um carro de
Formula Um havia passado sobre vários “quebras-molas”. Beleza, como estava
chovendo, eu acredito que todos os espectadores estavam sob seus “guardas-chuvas”.
Mas o terceiro estava assinado por Demetrio Magnoli,
publicado na Folha de São Paulo de ontem e falava sobre “sopas de letrinhas da
maravilhosa ‘abóboda’ política brasileira”... “Abóboda”???
Mas eis que eu já havia escrito o texto acima, quando me dei
conta que o corretor ortográfico do blogger não indicava “abóboda” como erro, e
fui ao Houaiss, para me espantar mais uma vez com a capacidade desse dicionário
em assimilar coisas erradas: lá estava o “abóboda”, apenas com a indicação de
que é preferível se usar abóbada. Como eu não me dou por satisfeito com
besteira, resolvi ir aos léxicos tradicionais - em formato de livro mesmo -,
Aurélio e Melhoramentos, e me dei por satisfeito: realmente, “abóboda” não
existe. Ou por outra, não existia até uns trinta anos atrás, antes da Academia
Brasileira de Letras - responsável pelo Vocabulário Ortográfico - ser invadida
por alienígenas gramaticais do tipo de Paulo Coelho e Zé Sarney.
Nem nisso o Brasil
escapa de ser o pior...
Voto em Marina: sonháticos e burráticos
Brasileiro é muito gozado: o cara tinha partido, programa de
governo, até certo ponto dizia coisa com coisa, mas se arrastava com 8% de intenções
de voto; aí ele morre, entra a sua vice, sem partido, sem programa de governo,
sem dizer nada e muito menos coisa com coisa, e vira a favorita para levar o
cargo, ganhando até de Dilma no segundo turno.
Sabem como se chama isso? Imaturidade política - para não
dizer idiotia -, falta de costume de usar a cabeça para algo mais que só separar
as orelhas e preguiça mental (a mãe da burrice). Não, não precisa nem conhecer
política para ter maturidade. Basta o óbvio de ter um conhecimento mínimo sobre
quem são seus escolhidos.
Ah!, poderão dizer os
marineiros, “nós já conhecemos Marina e seus programas!”. Conhecem mesmo? Então
que digam o que ela vai fazer da segurança, por exemplo. Sabem coisa nenhuma! Na
verdade, a única coisa que se sabe de Marina é que ela é evangélica e contra o
agronegócio, ambos os casos com as graves implicações que tais posições tacanhas
representam. Sem contar com a hipocrisia que é se posicionar contra os nossos
agricultores para defender os interesses protecionistas dos estrangeiros, que
chegam a Marina camuflados por ONGs do mundo inteiro.
sábado, 23 de agosto de 2014
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
71 mil novos funcionários públicos só em Brasília em 2013 - É com nosso dinheiro que o governo cria empregos
FP admitidos em 2013 |
O Distrito Federal foi a unidade federativa do Brasil que
mais engordou o corpo de funcionários públicos em 2013. Nada menos que 71 mil
novos servidores desembarcaram por lá no ano passado, uma alta de 16,73%,
segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do
Trabalho. É um ritmo bem superior ao crescimento em todo o País, de 4,5%. No ano
passado, a criação de vagas com carteira assinada foi ajudada pelo setor
público.
Com isso, hoje há quase 500 mil pessoas trabalhando na
administração pública no DF. Como abriga Brasília, a capital brasileira, sede
do governo e de boa parte dos órgãos federais, é natural que exista uma
concentração do emprego público no DF. Para quem está tentando uma vaga em
concursos públicos, é bom ter em mente que isso significa, em muitos casos,
mudar para a capital brasileira.
Em termos absolutos, 5,3% de todos os servidores brasileiros
estão localizados no DF, o quinto maior porcentual. Mas, em comparação com a
população, não é exagero chamar o Distrito Federal de terra do emprego público.
Lá, praticamente uma em cada cinco pessoas trabalha na administração federal.
Isso numa análise bruta, sem analisar em relação à população economicamente
ativa (PEA), que desconsidera aqueles que não estão dentro do mercado de
trabalho ou já saíram, como idosos e crianças.
FP por Habitante |
Renda. Tal concentração ainda explica como a renda média do
Distrito Federal é praticamente o dobro da brasileira – R$ 4.217,61 contra R$
2.199,07. Costumeiramente, os funcionários públicos recebem uma remuneração
superior à do setor privado. Além disso, a população do Distrito Federal é
menor que a maioria das demais unidades federativas, o que puxa a média para
cima.
O Pará também apresentou crescimento expressivo no número de
servidores em 2013. Quase 41 mil novos servidores foram incluídos na folha de
pagamento público, uma alta de 12,32%. Isoladamente, contudo, o Estado de São
Paulo continua a abrigar o maior número de servidores – o contingente passou de
1,67 milhão para 1,69 milhão entre 2012 e 2013, um aumento de 1,39%.
Ano eleitoral. Em 2014, o Ministério do Planejamento já
autorizou, até julho, o provimento (contratação) de 14.262 funcionários nos
órgãos subordinados à administração federal – isto é, sem considerar os Estados
e municípios.
Na mesma análise, 11.303 vagas em novos concursos federais
foram liberadas pelo Planejamento. A lei não proíbe a realização de concursos,
mas impede a nomeação de aprovados para os concursos que não forem homologados
até 5 de julho. Para estes, os atos de nomeação só poderão ocorrer após a posse
dos eleitos. (Estadão)
Vocês sabiam que água mineral não contém glúten?
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
Motivos
Amigos, desculpem pela escassez de posts, mas é que, como se não bastasse minha ziquizira, um tio querido morreu hoje. Bicho do mato, morava com a esposa em um sítio perto de São Lourenço, sem luz ou telefone.
Figuraça, forte feito um gorila, dotado de memória de elefante, que sempre lhe proporcionou um nível cultural fantástico, mas, cuja personalidade, por ter sido sempre incompatível com a civilização, fez dos animais e das plantas seus maiores amigos. Gozado que, quis o destino que sua paixão correspondida fosse uma professora, que abandonou tudo para viver com ele no meio do mato.
Estou tentando comunicação até agora, coisa que detesto em uma situação como esta, quando nada mais depende de ninguém, mas, noblesse oblige, fazer o quê?
Quem é Álvaro Lins, que faz questão da volta de Garotinho?
Álvaro Lins começou sua carreira na Polícia Militar do
Estado do Rio de Janeiro e, no governo de Marcello Alencar, quando ainda major,
esteve envolvido em denúncias de ligação com o jogo do bicho, durante a chamada
“Operação Mãos Limpas Tupiniquim”, promovida pelo Ministério Público estadual,
em 1994. Mais tarde, fez concurso para a polícia civil. Foi aprovado com uma
boa colocação nas provas intelectuais, mas foi reprovado na fase de
investigação social, realizada na Academia de Polícia em 1996, por não ter sido
considerado com uma boa vida pregressa, justamente porque tramitava ainda o
processo contra ele. Recorrendo ao Poder Judiciário, obteve medida liminar que
determinou a sua nomeação para o cargo inicial da carreira de delegado de
polícia.
Não havia perfil mais perfeito e nem currículo mais completo
que o de Álvaro na seleção de nomes indicados para a chefia da polícia civil em
1999 - claro que estou me referindo aos parâmetros de um governo de Garotinho
-, e assim ele foi feito chefe até 2006, quando terminou o governo de Rosinha, mulher de
Garotinho, e foi candidato a deputado estadual em 2006, sendo eleito
com cerca de 108.000 votos, mesmo após denúncias de compra de votos.
Em 2008 foi preso em flagrante pela polícia federal, acusado
de crime continuado pois, segundo esta, teria recebido suborno do crime
organizado e, com este dinheiro, comprou um apartamento onde vivia. Um dia depois,
a ALERJ, após consulta a seus membros, revogou a sua prisão - como se fosse um
caso de política e não de polícia -, em uma afronta ao Judiciário.
Ainda em 2008, a mesma ALERJ, decidiu, em votação secreta do
plenário, pelo seu afastamento definitivo da Casa Legislativa, por quebra do
decoro parlamentar.
Ainda pendem contra o ex-deputado processos criminais. Um
processo administrativo disciplinar na Comissão de Inquérito Administrativo da
Polícia Civil, resultou na sua demissão “a bem do serviço público” do cargo de
Delegado de Polícia, em 11 de março de 2009. Ficou recolhido ao presídio de
segurança máxima Bangu 8, em RDD - Regime Disciplinar Diferenciado, aguardando
a decisão nos processos criminais a que responde.7 Em 27 de maio 2009 conseguiu
liberdade provisória, passando a responder em liberdade. Ou seja, um condenado
a 28 anos de prisão por ter chefiado uma quadrilha enquanto esteve à frente da
Polícia Civil, passou dois meses na cadeia e só!
Não satisfeito apenas com a liberdade, o bandido agora
resolveu soltar o verbo em defesa da candidatura de Garotinho à sucessão
estadual. Numa gravação divulgada a centenas de policiais civis da ativa por
meio do aplicativo de mensagens por celular WhatsApp, Lins conclama a categoria
a pedir votos para garantir a vitória do ex-governador no primeiro turno e, por
consequência, a reintegração de seu grupo aos quadros da corporação.
O áudio foi divulgado
pelo ex-inspetor Fábio Leão, o Fabinho, também ligado à quadrilha e expulso da
Polícia Civil após ter sido condenado a 18 anos de prisão. Integrante do “grupo
dos inhos” - como eram conhecidos os aliados do então chefe da Polícia Civil
devido aos apelidos no diminutivo -, Fabinho postou a gravação no último dia
15, logo após a divulgação de uma pesquisa de intenção de votos. Escutem:
Pois é, é claro que, se eleito, Garotinho ainda em liberdade, apesar de também estar condenado a mais de dois anos de cana, vai arrumar a vida de Álvaro, quem sabe até nomeando-o de novo para a chefia da polícia? E que se danem condenações e escrúpulos! Até porque há uma certa ligação afetuosa entre Álvaro e membros da família Garotinho que não ficou bem explicada anos atrás. Tudo boa gente...
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
Vamos organizar um perdão coletivo dos ex-comunas que acordaram a tempo, mas se esqueceram do mea-culpa
Logo depois que eu postei que Jabor deve um pedido de
desculpas por apoiar o PT, Rodrigo Constantino também cobrou em post as
desculpas de Miriam Leitão por motivos semelhantes. Só não sei que mea-culpa foi esse do Jabor que Rodrigo cita.
Miriam Leitão fala da tortura que sofreu na ditadura e quer
pedido de desculpas. Legítimo, mas e o seu pedido de desculpas?
A jornalista Miriam Leitão decidiu revelar as supostas
(aprendi com os jornalistas a usar o termo quando não há provas) torturas que
teria sofrido durante o regime militar, incluindo ficar numa cela escura com
uma jiboia e quase ser estuprada por vários soldados. São relatos chocantes, e
não tenho motivos para duvidar de sua veracidade. Diz ela:
“Minha vingança foi sobreviver e vencer. Por meus filhos e
netos, ainda aguardo um pedido de desculpas das Forças Armadas. Não cultivo
nenhum ódio. Não sinto nada disso. Mas, esse gesto me daria segurança no futuro
democrático do país. ”
Uma postura decente. Miriam tem direito a um pedido de
desculpas formal, e não resta a menor dúvida de que houve vários abusos e
torturas por parte dos militares, o que é inadmissível. Segundo ela, seu único
crime era integrar o PCdoB e fazer proselitismo entre os estudantes, além de
ser namorada de outro militante, de quem estava grávida de um mês quando foi
presa. Sendo verdade, isso não configura crime algum.
Infelizmente, o debate sobre nosso passado está tomado por
emoções fortes e muitos interesses, tudo isso turvando a razão. A postura
maniqueísta precisa ser abandonada. Compreender o contexto daquela época de
Guerra Fria e ameaça comunista não é o mesmo que transformar os militares em
santos, tampouco poupar aqueles que realmente praticaram tortura. Estes
deveriam ter sido punidos pelos próprios militares decentes – grupo em maioria.
Por outro lado, a vitimização dos antigos comunistas, que
tentam se pintar como legítimos democratas que do nada foram atacados por
militares autoritários, não se sustenta por um segundo. Aquela turma jovem
sonhava com o modelo cubano ou soviético, nada parecido com uma democracia.
Alguns, como Fernando Gabeira, Arnaldo Jabor e Ferreira Gullar, fizeram uma
dolorosa mea culpa de suas lutas juvenis equivocadas. Outros não. Querem
pedidos de desculpas, mas não querem pedir desculpas.
Miriam Leitão, que gosta de um discurso de vítima em outras
áreas (cartada sexual, racial, indígena etc), aproximou-se dos tucanos e passou
a defender uma social-democracia nos moldes europeus, afastando-se assim do
velho comunismo do passado. Com isso, passou a ser “acusada”, junto com os
próprios tucanos, de “neoliberal” pela antiga esquerda mais radical. Não se
conforma com isso.
Tanto é verdade que faz de tudo para ser “perdoada” pelos
antigos companheiros. Mesmo quando precisa bater nos mais caricatos, nos “petralhas”,
acaba atacando os conservadores e liberais também, como Reinaldo Azevedo e eu
mesmo, para ficar bem na foto, posar de “neutra”. É um problema geral do
tucanato: a lógica e a experiência os levaram mais para a direita, mas seus
corações permanecem na esquerda. São prisioneiros emocionais do passado.
Acho, como já disse, que Miriam tem todo direito ao seu pedido
de desculpas. Se sofreu o que diz mesmo, nada justifica isso. É uma postura
covarde daqueles militares envolvidos. Mas ela não era uma heroína. Não era uma
jovem democrata que defendia a liberdade. Era uma comunista, do PCdoB, entoando
hinos marxistas e usando como símbolo a foice e o martelo.
Se essa turma tivesse logrado sucesso naquela época, o
Brasil hoje seria uma imensa Cuba, algo que ainda não nos livramos justamente
porque os comunistas ainda existem, sob o manto de bolivarianismo ou socialismo
do século 21. Portanto, cabe perguntar: e o seu pedido de desculpas, Miriam,
não teremos?
Parando de fumar - Até quando?
Uma pequena linha do tempo sobre alguns dos efeitos mais
imediatos de parar de fumar e como isso vai afetar o seu corpo:
- Em 20 minutos a pressão arterial vai cair de volta ao normal.
- Em oito horas os níveis de monóxido de carbono (um gás tóxico) em sua corrente sanguínea vai cair pela metade, e os níveis de oxigênio voltarão ao normal.
- Em 48 horas a sua chance de ter um ataque cardíaco terá diminuído. Toda nicotina terá deixado seu corpo. Os seus paladar e olfato vão voltar a um nível normal.
- Em 72 horas os brônquios vão relaxar, e seus níveis de energia irão aumentar.
- Em duas semanas a sua circulação vai aumentar e vai continuar a melhorar para as próximas semanas.
- Em três a nove meses, tosse, sibilância e problemas respiratórios se dissiparão e seu pulmão melhorará a capacidade em 10%.
- Em um ano o risco de ter um ataque cardíaco terá caído pela metade.
- Em cinco anos o risco de ter um acidente vascular cerebral retorna ao de um não-fumante.
- Em dez anos o risco de câncer de pulmão terá retornado ao de um não-fumante
- Em quinze anos, o risco de ataque cardíaco terá retornado ao de um não-fumante.
Malafaia: só otário para acreditar
Para quem acha que Malafaia às vezes diz coisa com coisa, algo que se aproveite, como Reinaldo Azevedo acredita, se Marina
Silva for para o segundo turno, ele decidiu que irá apoiá-la. A propósito,
Malafaia gravou vídeos para Everaldo usar no programa eleitoral. Em um deles,
chamará o governo petista de responsável pela “maior corrupção da história do
país”.
Trata-se de mais um safardana da ala dos crentes, que picha
o PT, mas é capaz de apoiar uma calhorda que, de coração, nunca saiu de lá, só
porque ela é da sua seita.
Jabor deve desculpas a todos por ter apoiado o que hoje critica
“Os petistas têm uma visão de mundo deturpada por conceitos compartimentados e acusatórios: luta de classes, vitimização, culpados e inocentes, traidores e traídos. Acham que a complexidade é um complô contra eles, acham a circularidade inevitável da vida uma armação do neoliberalismo internacional. Confundem simplicidade com simplismo. Nunca fazem parte do erro do mundo; sentem-se superiores a nós, tocados pelo dedo de Deus.”
Arnaldo Jabor: O califado petista
Tudo muito bonito, Jabor escreve bem, diz que não aguenta
mais “tentar ser ‘sensato’ sobre a insensatez”, tem um discursinho que
deslumbra aqueles dondocos e dondocas da classe média que costumam dizer,
estufando os peitos, que anulam seus votos porque político é tudo igual, mas só
que ele sempre se “esquece” de dizer quantas cinco vezes votou em Lula para
presidente, sendo, portanto, como formador de opinião, um dos responsáveis por
isso que aí está, de que hoje tanto reclama para aparecer bem na foto.
Hipócrita como tantos outros oportunistas, Jabor jamais
pediu desculpas ou nunca fez um mea culpa que legitimasse essas suas
reclamações de hoje. O getulista, brizolista, stalinista e leninista de vinte
ou trinta anos atrás hoje se dá o direito de ironizar e criticar essa gente que
um dia foi a luz que justificou seu apoio incondicional ao petralhismo.
Em resumo: vai enganar
o cacete, Jabor!
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Lembram do candidato a deputado federal que eu estava de olho? Esqueçam!
Diógenes de Sinope, também conhecido como Diógenes, o
Cínico, nascido em 412 AC e morto em 323 AC, foi um filósofo da Grécia Antiga. Exilado
de sua cidade natal, Sinope, mudou para Atenas, onde se tornou um discípulo
de Antístenes, antigo pupilo de Sócrates. Diz-se que teria vivido num grande
barril, no lugar de uma casa, e perambulava pelas ruas carregando uma
lamparina, durante o dia, alegando estar em busca de um homem honesto.
Como eleitor registrado na cidade do Rio de Janeiro, sinto-me
o próprio, guardadas as diferenças compatíveis com mais de 2.300 anos de
distância cronológica. As semelhanças param na busca de um homem honesto, já que não pretendo me
transformar em mendigo ou fazer da pobreza extrema uma virtude.
De qualquer forma, por causa do caos político reinante na
minha cidade e no meu estado - maldita fusão - estou procurando um político
honesto, seja para qual cargo for como nunca antes tive que procurar, excetuando o da Presidência da República. Para governador, nem adianta: o menos desonesto
nunca foi preso à toa; para senador, o cruel dilema entre um maluco e um
analfabeto que nunca foram exemplos de honestidade; para deputado federal,
cheguei a falar aqui em Rodrigo Mezzomo como um sujeito a ser observado, por
indicação do Rodrigo Constantino, coisa que fiz atentamente e, exatamente por
isso, hoje tenho o desprazer de atestar minha grande decepção com um candidato
a político que alterna suas aparições em propagandas entre a gravatinha
borboleta e a fantasia de Rambo, coisa que, obviamente inviabiliza qualquer
credibilidade e confiança quanto à sua sanidade mental.
De mais a mais, apesar de Mezzomo pregar ideias liberais com
as quais me identifico, o cara tem um quê de megalomania - que
acompanha bem sua histrionice - e pega forte demais em temas polêmicos, achando
que vai se criar com essa radicalização, sendo apenas um desconhecido entre 513 deputados, cuja maioria, provavelmente, vai ser composta por cobras criadas.
Portanto, voltei à
estaca zero. E, para mim, continua não bastando ser honesto ou parecer honesto:
também não pode ter comido cocô quando era criança.
Pesquisa de boca-de-velório dá Marina na cabeça e Folha de São Paulo dá um tiro no pé
O Datafolha resolveu fazer uma pesquisa funérea, na eterna esperança de que Aécio agora fosse para as cucuias com a ainda nem decidida candidatura
da Marina, e se deu mal. A inclusão nas pesquisas da evangélico-clorofilocrática provável candidata não tirou votos de ninguém, mas em compensação ganharia de
Dilma em um segundo turno, agora uma realidade.
Aliás foi Lobão quem advertiu para eventual a eleição de
Marina Silva presidente, criando o termo: “Teremos uma clorofilocracia
evangélica!”
Da próxima vez que sequestrarem um carola, não chamem a Polícia, deixem que Deus resolve.
Sequestrado |
“Só pedia a Deus pela minha vida e pela vida dele [do autor
do sequestro]. Ele achou que eu era o padre, ele me escolheu.” Eduardo Amaral,
ministro da eucaristia da paróquia Nossa Senhora da Paz, orgulhosíssimo com a
escolha feita pelo sequestrador.
Mais ou menos às cinco horas da tarde de ontem, toca o
interfone. Era o porteiro comunicando que tinham feito um padre de refém na
igreja aqui ao lado, a Nossa Senhora da Paz. Sou curioso, mas fiquei com preguiça
de descer e comecei a procurar alguma notícia na TV, já que os helicópteros que
faziam uma zoeira danada indicavam a presença de reportagens. Mas nada
aparecia, já que o enterro de Campos monopolizava todos os canais informativos.
Sequestrador |
Só bem depois é que fiquei sabendo que Carlos Alberto de
Souza Júnior, que fez um ajudante de padre refém durante uma missa, entregou-se
por volta das sete. O sequestro começou aproximadamente às 16h30 no altar do
santuário, que fica nas esquinas das ruas Visconde de Pirajá e Joana Angélica, em
Ipanema, após a fuga de um assalto a uma drogaria, a dois quarteirões dali. Com
o sequestrador, que se declarou esquizofrênico, foram encontrados três relógios
e o dinheiro do roubo da drogaria.
O refém chama-se Eduardo Amaral, ministro da eucaristia da
paróquia que, após ser libertado após duas horas e meia de negociações entre a
polícia e o bandido, deu um abraço forte no dito cujo e declarou a um repórter
da TV Globo que só queria “agradecer a Deus e ao sequestrador”.
Então tá, fazer o quê? Da próxima vez que acontecer alguma
coisa com esses carolas, ninguém precisa mais chamar a polícia: deixem que o
deus deles negocie diretamente com os bandidos e poupem a polícia para
trabalhos mais relevantes do que salvar vidas que há muito já foram “salvas”
pelas suas divindades preferidas.
Sugiro também que
poupem os médicos, já que qualquer cura, por mais complexo que seja o trabalho
deles, serão sempre os deuses a merecerem agradecimentos e a serem responsabilizados
pelos “milagres”. Pouparia até o dinheiro gasto com o programa Mais Médicos.
Agradecimentos aos profissionais que realmente salvam vidas não constam no vocabulário dos catecismos dos crentes de todas as espécies.
domingo, 17 de agosto de 2014
Enterro de Eduardo Campos: Se cobrissem o cemitério com lona, virava circo!
Sepultamento foi acompanhado de aplausos, gritos de guerra e
queima de fogos. E muitos selfies.
Que vergonha!
Na África tem o ebola e aqui a Dilma contagia o povo com o “éruimdabola”
Manchete no Globo.Com sobre lutador de MMA que perdeu a
memória:
“Polonês relembra tempos de luta e danos no cérebro: ‘Não
lembro das coisas’”
Agora me explica: ele relembrou de não lembrar ou lembrou de
não relembrar?
Eu acho que essa
coisa petralhística e dilmática de dizer coisas sem sentido é contagiosa!
Absurdos, um privilégio do governo
Segundo o Radar Online, em julho, o Diário Oficial da União
publicou a nomeação de uma servidora do Ministério da Micro e Pequena Empresa
para ocupar o cargo de Coordenadora da
Coordenação da Coordenação-Geral de Serviços de Registro do Departamento de
Registro Empresarial e Integração da Secretaria de Racionalização e
Simplificação.
O nome do cargo é tão idiota e absurdo que faz referência a “racionalização
e simplificação”, quando tudo que esse troço não pode ser considerado, é
racional ou simplificado.
Pedaços de jumentos!
Entrevista do Aécio no JN. Houve exagero do Bonner?
Tem gente que anda vendo fantasmas demais ou então ficando muito sensível. Há comentários por todo o canto dizendo que Bonner foi muito duro com Aécio na entrevista do Jornal Nacional porque a Globo é comprada pelo PT e por aí afora. Coisas que até podem ser verdade, mas que não fizeram a menor diferença. Afinal, o que é que queriam que Bonner fizesse, perguntar qual sua cor preferida para cuecas?
O vídeo taí, pra quem quiser julgar.
A campanha promete momentos lamentáveis
Desta vez eu concordo.
Da “mortalha” ao abadá.
Do CoroneLeaks
As campanhas eleitorais pararam para prantear Eduardo
Campos, mas o PSB não parou um minuto de fazer política desde o dia do
acidente. Inclusive já definiu que o slogan da campanha, agora com Marina Silva
como a candidata presidencial, será “ não vamos desistir do Brasil”, proferida
por Campos em sua entrevista ao Jornal Nacional. Ontem, os filhos de Campos, ao
receber o corpo na Base Aérea, ostentavam camisetas com a frase no peito. Sim,
é uma homenagem, mas também é uma ação de marketing político. Fatura a
tragédia, dá boas imagens para os programas eleitorais. A viúva Renata Campos e
a própria Marina Silva guardaram o devido decoro e não usaram a peça
promocional. Aliás, a camiseta é uma peça muito usada nas festas de rua, para
andar atrás de trios e cordões. Hoje são chamadas de abadás. Antigamente, eram
chamadas de “mortalhas”. Não há como não associar.
O @LuisPereiraUm manda esta foto abaixo, que também mostra
os filhos de Campos, na madrugada do Recife, erguendo o punho cerrado da luta
de classes e a grande faixa com o slogan emoldurando o carro dos bombeiros... A
campanha promete momentos lamentáveis.
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