Vejam só: há menos de um mês, em levantamento realizado
entre os dias 12 e 13 de agosto pelo Datafolha, o afilhado de Eduardo Campos, Paulo
Câmara (PSB), tinha apenas 13% das intenções de voto, contra esmagadores 47% do
adversário apoiado por Lula e Dilma, o senador Armando Monteiro Neto (PTB).
Agora, o aliado da presidenciável Marina Silva, lidera sozinho, com 39% das
preferências, enquanto Monteiro tem 33%, ou seja, em menos de quatro semanas,
Câmara pulou 26 pontos percentuais, enquanto Monteiro desabou 14 pontos.
O Datafolha simulou um segundo turno, no qual Câmara
venceria com 43% dos votos, contra 37% do candidato de Monteiro. Isso se houver
segundo turno porque do jeito que a coisa vai, Câmara deve liquidar a fatura
logo no dia 5 de outubro.
Não vou entrar em méritos de que fulano é melhor que sicrano
porque não conheço as figuras, mas essa reviravolta é a maior prova que o
eleitor é uma barata tonta que não está nem aí para as qualidades ou defeitos
dos candidatos e vota por impulsos emocionais - isso quando não é comprado por
um bolsa alguma coisa. Estimo que, entre os não-comprados, 80% aja dessa
maneira, senão como explicar até mesmo a queda de Aécio e, que dirá, esse “fenômeno”
pernambucano?
Estou começando a pensar em cometer o sacrilégio de
discordar de Churchill quando disse que “a democracia é a pior forma de governo
imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas”. Ele não conheceu o Brasil...
Nenhum comentário:
Postar um comentário