quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Vá se entender o descaso que o brasileiro tem com seu próprio futuro

Vejam só: há menos de um mês, em levantamento realizado entre os dias 12 e 13 de agosto pelo Datafolha, o afilhado de Eduardo Campos, Paulo Câmara (PSB), tinha apenas 13% das intenções de voto, contra esmagadores 47% do adversário apoiado por Lula e Dilma, o senador Armando Monteiro Neto (PTB). Agora, o aliado da presidenciável Marina Silva, lidera sozinho, com 39% das preferências, enquanto Monteiro tem 33%, ou seja, em menos de quatro semanas, Câmara pulou 26 pontos percentuais, enquanto Monteiro desabou 14 pontos.

O Datafolha simulou um segundo turno, no qual Câmara venceria com 43% dos votos, contra 37% do candidato de Monteiro. Isso se houver segundo turno porque do jeito que a coisa vai, Câmara deve liquidar a fatura logo no dia 5 de outubro.

Não vou entrar em méritos de que fulano é melhor que sicrano porque não conheço as figuras, mas essa reviravolta é a maior prova que o eleitor é uma barata tonta que não está nem aí para as qualidades ou defeitos dos candidatos e vota por impulsos emocionais - isso quando não é comprado por um bolsa alguma coisa. Estimo que, entre os não-comprados, 80% aja dessa maneira, senão como explicar até mesmo a queda de Aécio e, que dirá, esse “fenômeno” pernambucano?

Estou começando a pensar em cometer o sacrilégio de discordar de Churchill quando disse que “a democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas”. Ele não conheceu o Brasil...

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