Embotamento: falta de nicotina ou de esperança?

Faz um mês que eu deixei de fumar. Aliás, cinco semanas hoje, desde o dia 19 de agosto. Até aí morreu Neves (que não tenha sido o Aécio!). Acontece que, coincidentemente, faz um mês que ando meio embotado. É verdade! Ando com uma preguiça mental meio estranha. Mas lembrei também que quem morreu não foi o Aécio, foi o Eduardo, que quer, por força levar o mineiro junto, pelo menos em termos de morte de candidatura.

Agora eu não sei se é a falta da nicotina que anda me provocando panes cerebrais ou se foi a pane no avião Caixa 2 do Eduardo que continua fazendo estragos nos meus miolos. O fato é que ando mais para meditabundo do que para furibundo. Nem Dilma mais me inspira reação. Nem junto com a Rainha do Mogno Roubado. É tudo tão previsível que há 12 anos eu, que não tenho dons divinatórios, já anunciava o caos que vivemos hoje como próximo e irreversível, caso o povo caísse no logro petralha e não mudasse o rumo logo em 2006. Mas caiu, caiu de novo em 2010 e periga cair mais uma vez. Tanta previsibilidade me tirou qualquer capacidade de reação. A gente se indigna, mas não mais se surpreende.

Já que voltar a fumar eu não pretendo - se for o caso de falta de nicotina mesmo -, indignado, sigo à espera de um alento, uma boa notícia, como por exemplo a prisão do Lula pela morte de Celso Daniel - só para começar a fieira de crimes aos quais esse canalha está associado -, para sacudir meus miolos.

E, que a minha mansa gente brasileira - que desmente nosso Hino e segue pari passu com o temor servil e com a burrice petista - vá tomar nos entrefolhos da peida, para ver se cria vergonha!