Uma excelente visão sobre os dois grandes males do PSDB,
sendo que o primeiro vem sido combatido por mim há pelo menos dez anos, aqui
mesmo no TMU.
Por Rubem Novaes, publicado no Instituto Liberal
1- A vaidade incontrolável dos tucanos de alto coturno, ou
pavões.
Eles nunca se apoiam de verdade. Alckmin tem quase 50% dos
votos em São Paulo, Serra já tem uma vantagem confortável sobre Suplicy na
disputa pelo Senado, mas Aécio está num terceiro lugar longe de Marina e Dilma.
O mesmo aconteceu quando Serra e Alckmin precisaram do prestígio de Aécio para
desempenhar bem em Minas. Deu PT na cabeça e ficou famosa a dobradinha
Dilmasia, folgada na dianteira. Mais recentemente, um novo fenômeno corroborou
a tese: Aécio escolheu para seu vice um candidato ligado a Serra, esperançoso
de de obter seu apoio entusiasmado. E o que vemos? Marina dá a entender que
Serra poderá vir a compor sua equipe de governo e Serra deixa o boato correr
esperando dele tirar vantagens eleitorais. É cada um por si e ninguém por
todos. FHC parece querer ficar na história como o único do Partido a bater Lula
e seu PT. E por duas vezes. Serra e Alckmin, por seu lado nunca defenderam os
governos de FHC. Os líderes que se seguiram a FHC muito pouco ou nada fazem uns
pelos outros. Parecem estar contentes em ver que os outros também não ganharam
nem ganharão o cetro presidencial.
2- O complexo de rejeição pela esquerda.
Os tucanos não se conformam de terem perdido o voto da
esquerda e estão sempre sonhando em reconquistá-lo. Em diversos momentos, como
agora, tiveram a chance de engrossar substancialmente suas fileiras com o voto
conservador/liberal e não o fizeram. Toda a direita torcia para que Aécio
escolhesse para ser seu vice alguém com o perfil de um Ronaldo Caiado, capaz de
bater duro nas teses da esquerda. Mas Aécio foi buscar como companhia Aloísio
Nunes, um ex militante da esquerda armada, sem qualquer charme e possibilidade
de agregar votos. A verdade é que o espaço à esquerda no espectro político já
está plenamente ocupado: PT, PSD, PDS, PDT, PSOL, PCO, PSTU etc. se bastam. É
no espaço a sua direita que o PSDB pode crescer, mas resiste. O país já mostrou
com Carlos Lacerda, Jânio Quadros, Collor e Maluf que, com candidatos
assertivos, a direita pode ter força eleitoral capaz de ganhar eleições
majoritárias. Mas, o que fazer com o complexo? O que pensarão os professores da
USP e os jornalistas ainda simpáticos ao Partido? No way.
Conclusão: O PSDB
prefere manter a sua pose de Partido Social Democrata europeu a correr atrás de
um voto que seus líderes intelectuais desprezam. Teve, nestas eleições, a
grande chance de vencer, considerada a crise econômica e a fraqueza da
candidata petista, mas preferiu vestir as luvas de pelica que o caracterizam e
contentar-se com os aplausos minguados de um segmento da população que talvez
nunca mais lhe permita voos mais altos.
(argento) ... he he he, no fundo, no fundo mesmo, é tudo igual, uns Merdas!, porém, mais Vaidosos ...
ResponderExcluirNo Observador Político eu fiz o seguinte comentário em 2011, sobre o Aécio estar ou não preparado para ser candidato, o Aécio está preparado, resta saber se o PSDB está preparado para apoiá-lo. A dúvida agora é a seguinte: será que ALGUM DIA o PSDB estará preparado para uma candidatura à presidência?
ResponderExcluirO Brasil precisa urgentemente de um partido que se proponha a ser partido.
Pessoas inteligentes se afastam da direita! O que é a direita mesmo? Quem sabe o eleitor da direita possa votar no Pastor ou no Fidelix? Pode? rs.
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