domingo, 14 de setembro de 2014

O teatrinho da correção política

Estado laico e estado lésbico – Incendiando o CTGay

Milton Pires

Depois da saída do Grêmio da Copa do Brasil por causa da torcedora que chamou o goleiro do Santos de “macaco”, o Rio Grande do Sul volta hoje às manchetes – incendiaram o CTG (Centro de Tradições Gaúchas) em que duas lésbicas se casariam: conseguimos! Novamente vamos ser, para todo Brasil, o teatrinho da correção política...do ativismo judiciário e do pensamente “engajado”.

A notícia está na primeira capa do principal jornal: “Homofobia!” “Incendiaram o CTG do Casamento Gay!.” Que nojo, meus amigos, que coisa asquerosa conviver com uma imprensa assim..com uma ralé de imbecis que deveria estar, 25 horas por dia, divulgando o genocídio no Brasil, os mortos nessas imundícies que são os hospitais brasileiros e as tentativas de golpe de estado pelo Partido-Religião marionete do Foro de São Paulo.

Quem agora está lendo deve estar se perguntando: “não entendi..ele é contra ou a favor do casamento gay?” “Ele defende que sejam ou não incendiados os CTG's ??” Ora, por favor! Tenham (para não escrever aqui outra coisa) a santa paciência! Não tenho (e nem vocês deveriam ter) tempo para escrever sobre isso. Deixo o tema para os “colunistas” de Zero Hora...Alguns tiveram inclusive a audácia de, considerando que hoje é dia 11 de setembro, comparar as motivações dos incendiários do galpãozinho com a dos terroristas que atacaram as Torres Gêmeas. Em certo sentido esse tipo de colunista tem razão: a histeria, a necessidade de ser politicamente correto da parte dele e do seu jornaleco é tanta que as ideologias se tornam parecidas e só faltou terem escrito: “do incêndio do CTG ao ataque de 11 de setembro é só uma questão de proporções”...Uma figurinha carimbada da New Left do jornalismo dos pampas disparou - “é impossível ignorar o simbolismo da data. Os tolos incendiários de Santana do Livramento, fundamentalistas a seu modo, talvez acreditassem que estavam defendendo alguma coisa - uma tradição histórica em boa parte inventada ou aquela vaga sensação de pertencimento que parece justificar uma existência vazia de outros significados -, mas estavam apenas manifestando o próprio desespero diante de um mundo complexo em que parecem não encontrar lugar ou sentido” e eu, Milton Pires, quase precisei de uma caixa de lenços de papel inteira de tanto que chorei (de rir) ao ler uma asneira dessas...

Deixo a questão do casamento gay de lado e afasto também discorrer sobre o crime de incendiar coisas, mas uma “coisa” não vou deixar a passar: a manifestação da Doutora (juíza de Direito) Carine Labres na imprensa pedindo “ajuda da população” para reconstruir o CTG em tempo record afim de que, nesse sábado, seja realizado como estava previsto o casamento gay naquele local.

Vou direto ao ponto: um juiz que, fazendo uso da sua condição profissional, invoca por meio da imprensa a mobilização da sociedade em nome de uma causa polêmica (tão polêmica que terminou em crime) deveria deixar de exercer a magistratura ! Sua vocação é a Política; não o Direito. Pouco importa o tema em questão – não pode fazê-lo por que deve (ou deveria) colocar-se acima e não como parte daquilo sobre o que pretende arbitrar. Pergunto eu o seguinte: se não é verdade o que acabei de escrever, por que não poderia o juiz ou juíza que, após ter condenado através de sentença a torcedora do Grêmio, iniciar campanha pela imprensa para que eles se encontrem e se abracem na televisão? Ninguém percebe a diferença entre aplicar justiça e fazer ativismo judicial? Ninguém vê o perigo de se substituir, aos poucos, toda Ordem Constitucional pelo número de curtidas no Facebook ou pelo número de jornais vendidos com essa atitude de “Sininho do Judiciário” que a tal magistrada adotou ?

Meus amigos, dia após dia, ano após ano...tudo que é formal, tudo que está escrito e que pode ser previsto está em declínio. Ninguém acredita em verdade alguma..só no eventual “consenso democrático dentro da sociedade” (seja lá o que uma besteira dessas signifique) e é esse tipo de coisa, esse tipo de relativismo, o terreno fértil para o Decreto 8243. Gostaria de saber, caso pensem que sou mais um “teórico da conspiração”, se a Dra. Carine Labres convocaria júri popular em Santana do Livramento para decidir a sentença dos incendiários com a mesma presteza que convocou a sociedade para reconstruir o CTGay – o CTG do casamento gay. Enquanto fico esperando resposta não posso deixar de perceber a gigantesca diferença entre minha opinião e a dela sobre isso que chamamos de “Estado” - Eu sou a favor do Estado Laico. Ela; do Estado Lésbico.

6 comentários:

  1. A boneca Milton Pires ficou indignada por que não foi convidada para o casamento ou por que não foi convidada para incendiar o CTG?

    Esse retardado mostra-se indignado por que a impressa noticiou um ato criminoso, ao mesmo tempo que critica a imprensa por não estar noticiando atos criminosos 25 (?) horas por dia.

    Usaram o termo HOMOFOBIA? Nossa!!!... o mundo da boneca deslumbrada deve ter caído.

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  2. (argento) o Perigo do Políticamente Correto é que Induz a troca do Concreto pelo Abstraro, disfarça a inverção de valores - um Juiz não advoga pelas causas, arbitera entre; deveria casar gays no forum ... o resto é papo "politicamente correto"

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    1. (argento) ... juíz que toma para si uma causa é incompetennte ou mal intencionado, palpite duplo? ... (argento)

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    2. (argento) ... o Perigo do Políticamente Correto é que Induz a troca do Concreto pelo Abstraro: "só é gay depois que entra tudo, enquanto não, é só brincadeira de g0y" ...

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    3. Os registros civis dos (no plural) pares foram realizados no fórum. Havia apenas UM para de homossexuais (lésbicas). O ato é permitido por lei e pode ser realizado no fórum ou em qualquer outro lugar.

      http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/casamento-gay-e-realizado-sob-forte-seguranca-no-rs,f6e6c4044f078410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html

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  3. Eu quero ver como ficará o ego do Sr. Milton Pires, caso os homossexuais resolvam criar um CTGay. Sem dúvida o Milton Pires merecerá uma estátua como patrono da instituição, pois a sugestão foi dele.

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