Eu nem sabia, mas ontem houve debate dos presidenciáveis na
TV do Macedo. Por não saber, peguei os dois blocos finais por acaso, ao procurar
algo que prestasse para assistir e algumas coisas me chamaram atenção. A que
mais saltou aos olhos é a absoluta impossibilidade de um programa com sete candidatos
debatendo dar certo. Se não me engano foram cinco blocos e, em cada um, cada
presidenciável tinha direito a dois minutos e meio, picados, e mais meio para
perguntar, quando fosse o caso.
Depois, os candidatos nanicos nunca fogem à regra de serem
meras atrações circenses, justificando plenamente suas posições nas pesquisas,
e dedicam seus tempos a atrapalhar o debate com colocações e propostas
estapafúrdias. Juntando os anões de circo com o problema do excesso de
debatedores, a coisa vira um manicômio.
Fora isso, o que deu para notar é que Dilma fala demais, mas
não responde a nada, é burra, agressiva e antipática ao extremo; que Aécio é
seguro, preparado, inteligente, mas ainda não rasgou os punhos de seda comuns
aos tucanos - falta agressividade, e muita - e, quanto a Marina, coitada, esquálida
e com aquele ar de recém-saída de alguma foto do Sebastião Salgado, uma voz
monocórdia, fraca e cansativa, dá pena, mas irrita, porque tal e qual Dilma,
fala, fala, mas não diz nada, muito provavelmente por não ter nada mesmo a
dizer - não tem estatura e nem estrutura para ser coisa nenhuma: um zero à
esquerda.
Em suma, perdi meu
tempo, até porque não vou mudar meu voto nem por decreto.
Minha sugestão para os debates:
ResponderExcluir1) Apenas dois candidatos em cada debate. Nestas eleições as televisões fariam três debates: Aécio x Dilma, Aécio x Marina e Dilma Marina.
2) Os debates seriam com dois blocos, um onde candidato pergunta para candidato e outro os os dois candidatos responderiam as mesmas perguntas feitas por convidados.
3) Não haveria tempo pré determinado para perguntar ou responder, a moderação ficaria encarregada de exigir objetividade dos participantes.
4) A moderação ficaria encarregada de arbitrar quando a questão terminou de ser debatida, se ficou ou não devidamente abordada, sem ficar restrito às réplicas e tréplicas. Ou seja, a moderação poderá passar para a próxima questão quando considerar atingido o objetivo ou por considerar que a questão não estava sendo devidamente abordada pelos participantes.
5) Os debates substituiriam o horário eleitoral na rede ou emissora que o promovesse. Os candidatos que não participassem do debate seriam compensados com um tempo maior nos outros dias onde o horário eleitoral fosse apresentado.
Parece que há uma lei ou, pelo menos, um entendimento tácito que obriga a essa suruba político-televisiva.
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