Com apenas um reparo - o ateísmo militante de Dawkins não se
assemelha a uma seita religiosa: ele é uma seita religiosa - esse artigo do
Constantino é muito bom.
O ateísmo militante de Richard Dawkins é um tanto cansativo,
assemelhando-se a um tipo quase dogmático de uma seita religiosa também. Mas é
preciso reconhecer que ele sabe criar uma boa polêmica. Na verdade, não é
grande mérito, se pensarmos como o mundo moderno anda “sensível” demais sob a
ditadura velada do politicamente correto.
Dawkins escreveu no Twitter (http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/08/1324550-tuite-de-ativista-ateu-causa-revolta-entre-muculmanos.shtml)
um comentário que despertou a fúria do mundo islâmico. Ele afirmou que há menos
prêmios Nobel entre muçulmanos do que no Trinity College, de Cambridge. Há 32
prêmios Nobel no Trinity College, em comparação com os 10 recebidos por
muçulmanos (e vamos lembrar que o Brasil não tem premiados).
O cientista foi acusado, naturalmente, de “racista” e
“islamofóbico” (qualquer crítica ao mundo islâmico hoje é “islamofobia”). Mas
qual o sentido disso? Como o próprio Dawkins rebateu: “Muçulmanos não são uma
raça”; ele ainda provocou mais um pouco: “O que eles têm em comum é a religião.
Vocês preferem que eu compare com os judeus?”
Seria, de fato, covardia. Como lembra o colunista Helio
Schwartsman na Folha (http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2013/08/1324396-demografia-do-nobel.shtml)
:
Os números impressionam: os muçulmanos receberam 10 láureas
(1,2% do total); o Trinity College, 32 (3,8%); e judeus, nas contas da
“Encyclopaedia Judaica”, 187 (22%). A comparação fica mais gritante quando se considera
que os muçulmanos representam 23% da população mundial e os judeus, apenas
0,2%.
Não sabemos exatamente o motivo disso, mas sem dúvida não é
ignorando os fatos que vamos descobrir. O próprio colunista ataca a mentalidade
de “tabula rasa”:
O problema aqui é o mito da “tabula rasa”, segundo o qual os
homens nascem como uma folha em branco e as diferenças que acabam por
desenvolver são fruto de condições externas. A ideia fez carreira entre
pensadores de esquerda. Em vez de defender que todos devem ter os mesmos
direitos, resolveram que a igualdade precisaria ser um dado da natureza. Só que
não é. Se não existissem diferenças biológicas entre indivíduos e grupos de
indivíduos, não haveria espécies nem evolução e não estaríamos aqui para
discutir essas coisas.
Não sou biólogo, mas não acredito muito em uma profunda
diferença inata, atrelada ao genótipo. Em minha opinião, os fatores culturais
são bem mais relevantes. Como o próprio Dawkins disse, o Islã deu sua
contribuição científica… na Idade Média! Mas ficou preso no tempo, a religião
impediu o avanço do questionamento científico, e os países islâmicos ficaram
estagnados.
Fingir que isso não aconteceu, em nome do multiculturalismo,
é condenar esses povos ao atraso, só para alimentar a covarde necessidade de se
sentir “legal” do lado ocidental. Os muçulmanos não conseguem produzir
conhecimento científico atualmente, esse é o fato.
E isso, para mim, deve-se aos entraves criados por uma
sociedade teocrática e coletivista, que enfia goela abaixo de todos, dogmas
extraídos da “revelação” do Profeta, lá no século VII, em meio ao deserto.
Está na hora do Islã passar por seu Iluminismo, de
preferência da vertente escocesa, mais cética, e não da francesa, que
substituiu a fé religiosa pela fé na Razão arrogante. O Islã precisa de um
David Hume, um Adam Smith, urgentemente!
Minha divergência com Dawkins é a seguinte: ele deseja eliminar a religião, eu desejo compreendê-la. Dawkins é considerado extremista por muitos ateus, no entanto eu considero o “extremismo” de Dawkins um mérito, pois é retórico e explícito, desta forma ele consegue promover um debate que não haveria agindo de outra forma.
ResponderExcluirO Constantino não tem a fama de “extremista” que o Dawkins tem, no entanto comentou algo que considerou correto iniciando com um “Ad Hominem”, diz que Dawkins (o ateísmo militante dele) é uma seita. O comentário do Constantino mostra o mérito de Dawkins, pois sem o “extremismo” não haveria referência à posição religiosa do argumentador, algo que não aconteceria com um padre, pastor ou qualquer líder religioso. Constantino poderia simplesmente dizer: o ateu Dawkins escreveu isso ou aquilo e argumentar sobre o tema, mas usou um “Ad Hominem” sobra a capa do “não extremismo”.
Nao gosto de todos os livros do Dawkins. Adorei a polemica que lancou. Ja passou da hora de parar de dar colinho a esta gente. Todos ja sabiamos que o desenvolvimento dos paises muculmanos é pifio, alias, desenvolvimento nao existe.
ResponderExcluirViva o Dawkins. Vai ser perseguido como foi o autor dos "versos satanicos". Os iranianos adorariam coloca-lo na ponta de uma grua.
Daqui 15-20 anos os USA estarao completamente auto-suficientes em petroleo e produzindo muito mais que a Arabia Saudita, isso vai mudar o retrato do mundo tal como o conhecemos.
Gostei do texto do Constantino.
A autossuficiência dos EUA não será com petróleo somente, mas também e principalmente com gás, de retirado do xisto por um processo secreto da indústria americana. Vai necessitar muita água, e por isso, mesmo que a China aconsiga um batalhão de Edward Snowdens, terá problemas para igualar a produtividade americana, mesmo usando a sua melhor e mais farta tecnologia: o trabalho escravo; o solo ela já tem. Além disso, o processo é, por enquanto, bastante poluente, o que não será problema para a China.
ExcluirUm dos resultados dessa mudança da matriz energética mundial será, sim, esse mesmo que você falou, Theresa de Gent: a economia dos exportadores de petróleo sofrerá bastante. Benessuela do finado Hubo Tchavez que se cuide.
Em 20 anos, a revolução: a previsão é que as indústrias que se encontram na China retornem aos EUA com a nova energia extremanete barata, produzida em casa. Já pensou?
Os sheiks - que de bobos têm nada - tentam diversificar: a companhia de aviação Emirates já é "the best"; há o paraíso de Dubai; há investimentos vários em vários setores etc. Habib bai dendar mander o cabeça bora de água.
A vinda do Papa Francisco ao Brasil fez milagre na cabeça de R.Constantino: hoje, falta menos que antes para ele aceitar que capiltalismo e livre mercado não são princípios, necessitam base prévia de valores éticos e cristãos, principalmente, para funcionar e trazer reais benefícios à sociedade. Sem esse "detalhe", livre mercado é quase barbárie; em outras palavras: Laissez faire, laissez aller, laissez-passer et la vache tourne mal (para o brejo).
ResponderExcluirFora Keynes!
Porra, cara! Desde quando os valores éticos são privilégio dos cristãos?
ExcluirDesde quando só eles trazem benefícios à sociedade?
Bicho, os romanos - e, nem estou falando dos bárbaros, hunos, godos etc., dos quais o êis-prinzimdento Lula é o mais direto descendente que se tem notíssa na estóra, comiam criancinhas(carninha tenra) - achavam normal ter escravos; exterminar povos inimigos, passando a fio mulheres, velhos e crianças das cidades saqueadas com grande facilidade e tranquilidade; colocavam os indesejáveis em contato imediato com leões e tigres; a tortura - bárbara - era aceita como normal, sendo a mais famosa delas a prática da crucificação. Seus inúmeros deuses, semideuses e simpatizantes eram todos calhordas, semi-calhordas ou, então, enfant-gatées.
ExcluirAí veio o cristianismo, sacou, bicho?
Se a ética e os valores que nos servem como modelo, e que resistem bravamente aozataque duz cumpahêru e duz pulitcament, nao começaran com o cristianismo, então devem ter começado em algum outro lugar do planeta em alguma época anterior. Na África? Não, não; na Ázia? Não; na América, com os costumes astecas ou dozíndio brasilêru, que até hoje dão seus recém-nascidos indesejados para almoço e janta dos macacos?
Onde será que começou ece negósso? É mistério?
Que cristão é você que não conhece a Bíblia ou se esquece dela?
ExcluirVou te refrescar um pouco:
Êxodo 32:
Três mil Israelitas mortos por Moisés por adorar o bezerro dourado.
Números 31:
Depois de matar todos os homens, meninos e mulheres casadas entre o Midianitas, 32 mil virgens permaneceram como despojo para Moisés e os Israelitas.
Se as meninas solteiras são um quarto da população, então foram mortas 96 mil pessoas.
Josué 8:
Doze mil homens e mulheres, todas as pessoas de Ai, mortos por Josué.
Josué 10:
Josué destrói completamente Gibeon, Maqueda, Libna, Laquis, Eglon, Hebron e Debir (não deixou nenhum sobrevivente).
Josué 11:
Destruiu Hazor.
Juízes 1:
Dez mil cananeus mortos na Batalha de Bezemortos
Juízes 3:
Cerca de 10,000 Moabitas mortos em no rio Jordão.
Juízes 8:
120,000 soldados Midianitas mortos por Gideão
Juízes 20:
Benjamim ataca outras tribos. 25,000 mortos.
Samuel 4:
4,000 Israalites mortos na 1ª Batalha de Ebenezer. 30,000 israelitas mortos no 2ª batalha.
David:
Samuel 8:
22,000 Arameus de Damasco e 18,000 Edomitas mortos em 2 batalhas.
2 Samuel 10:
40,000 soldadeos Arameus e 7,000 cocheiros mortos em Helam.
2 Samuel 18:
20,000 Israelitas súditos de Absalom mortos por Ephraim.
1 reis 20:
100,000 Arameus mortos por Israelitas a Batalha de Aphemortos. Outros 27,000 mortos se desmoronando parede.
2 Chron 25:
Amaziah, rei de Judah, matou 10,000 habitantes Seir. Os soldados de Judah saquearam e mataram mais 3,000.
2 Chron 28:
Pekah, rei de Israel, matou 120,000 Judeus
São esses os valores judaico-cristãos que você fala? Não me parecem diferentes em nada dos romanos...
Velho Testamento: Exodus, cap.21, vers.
Excluir23.Mas se houver morte, então darás vida por vida,
24.olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé,
25.queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe.
Novo Testamento: Mateus, cap.5, vers.
38.Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente.
39.Eu porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra.
40.E, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa.
41.Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas.